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Crítica | Paixão Obsessiva

Gabriel Danius Gabriel Danius
In Catálogo, Cinema, Críticas•20 de abril de 2017•8 Minutes

Bons tempos aqueles em que filmes thrillers de suspense eram lançados a rodo no mercado, com roteiro muitas vezes previsíveis, mas com uma trama envolvente e um vilão que fazia tanta maldade contra a mocinha ou mocinho que você ficava com raiva dele. Sem contar as reviravoltas que te deixavam com o olho na tela.

Nesse século (2000 em diante) poucas produções conseguiram passar esse ar angustiante das produções das décadas de 80/90. As histórias rodavam geralmente entre alguém que você conhecesse e estava por trás de toda maldade imposta ao personagem principal, ou o medo de que alguém entrasse em sua casa com outro pensamento se não te visitar. 

Longas como A Mão Que Balança o Berço e Invasão de Privacidade são clássicos no seguimento de thriller que explora bem o vilão principal e contam com uma boa narrativa. A estreia da semana é um suspense se não é bom é bastante esforçado em tentar trazer esse ar de sombrio de volta aos cinemas. Paixão Obsessiva é dirigido pela estreante como diretora Denise Di Novi e conta no elenco com as atrizes experientes Katherine Heigl (Ligeiramente Grávidos) e Rosario Dawson (Em Transe).

O bom dessa produção é a narrativa simples e seu arco de personagens que é curto e muito bem desenvolvido. Rudo que é apresentado está lá por algum motivo e não há uma enrolação em desenvolver a história. Não há cenas desnecessárias, os personagens são feitos na medida para cada ator/atriz. Tudo muito em pensado.

Na trama Tessa (Katherine Heigl) é ex-mulher de David (George Stults). O casamento entre os dois terminara alguns anos antes e então ele começa um novo relacionamento com Julia (Rosario Dawson). Ela se mudou para a cidade em que ele vive recentemente e não tem muitos amigos por lá. Há um elemento no meio disso tudo que é a filha dos dois, a guarda é compartilhada alguns dias com o pai outros com a mãe. Tessa irá fazer de tudo para usar a garota como arma contra a sua “rival”. Ela ainda se sente parte da família, sente inveja de Julia, tem medo de perder a filha para a madrasta e a todo instante aparece na vida dos dois para mostrar que está lá caso ele precise dela. Só que ela não é mais esposa dele e só a presença dela irritaria qualquer mulher que estivesse no lugar de Julia. 

Tessa parece não engolir muito bem esse novo relacionamento de seu ex e seu comportamento obsessivo por David começa a aparecer pouco a pouco. É mostrado no filme que Julia teve um caso  antigo e problemático com um homem e que havia uma ordem de restrição caso que ele se aproximasse dela. O problema é que essa ordem de restrição termina e ela se sente cada vez mais em perigo com esse homem a solta. Tessa começa a achar que está em uma competição e começa a fazer de tudo para atrapalhar a vida dos dois, em especial de Julia que ela acusa de ser uma mulher perigosa para sua filha. Aos poucos o longa vai mostrando que o ciúmes dela com a nova esposa vai se tornando algo pior.

A todo momento a personagem de Katherine é apresentada como uma rainha com seu figurino exuberante e sua postura impecável e Julia como uma mulher gentil e calma, tão calma que chega a irritar.  David é outro personagem que acredita que sua ex é uma santa, mal sabe ele o que estaria por vir.

Difícil falar mais do filme sem contar trechos importantes para o desenvolvimento da narrativa. A questão é que Paixão Obsessiva poderia ser mais do que de fato é: um filme de suspense a altura dos clássicos anteriormente citados. A verdade é que esse longa é bastante regular com altos e baixos. Ele começa mostrando as personagens, quem elas são, seus problemas particulares e depois começa a explorar esse lado obsessivo de Tessa e o lado mais tranquilo de Julia. Mas faltou o principal para um filme que quer ser um thriller de qualidade que é o suspense.

Denise Di Novi ficou tão preocupada em desenvolver os personagens, a narrativa, e em criar uma atmosfera de perseguição obsessiva que esqueceu de colocar um suspense que te deixe plantado no sofá. Muitas das maldades realizadas por Tessa são óbvias e você sabe mais ou menos o que virá a seguir. E a paixão obsessiva na qual se refere o título poderia ser melhor apresentada e desenvolvida, não fica claro se a obsessão é pelo marido ou pela filha ou pelos dois. Ela não demonstra sentimento nem culpa de seus atos e se finge de coitada a todo o momento, uma personagem muito bem explorada, só faltou como disse acima uma decisão por parte de quem ela tinha uma obsessão.

Só aplausos para as atuações de Katherine Heigl e Rosario Dawson. Duas ótimas atrizes escanteadas para produções menores. Rosario vem aparecendo nas séries da Marvel/Netflix do futuro grupo chamado de Defensores, enquanto Katherine vive de aparições em romances meia-boca. Katherine é uma excelente atriz e merece melhores chances para mostrar o seu talento, sua imagem está presa aos romances e essa é uma ótima oportunidade de mostrar que ela pode sim interpretar outros papéis. Rosario já tem uma carreira melhor elaborada no cinema e falta uma oportunidade em um bom filme para mostrar seu talento.

Nesse embate entre as duas Katherine vence, a personagem da vilã é melhor desenvolvida que a da mocinha e muito mais divertida. Julia (Rosario) é muito sonsa, para não dizer boba, já Tessa (Katherine) é muito mais atuante, sempre armando para cima da atual madrasta de sua filha, é cínica e faz o filme rodar. Uma menção deve ser feita: a mãe de Tessa no filme (Cheryl Ladd) é de dar medo e merecia ter sido melhor incluída na história, até porque ela parece ser mais psicopata que a filha. No geral Paixão Obsessiva é um bom entretenimento, poderia ser mais do que é, mas mesmo assim traz a lembrança dos bons filmes das décadas de 80/90 que eram muito divertidos. 

Escrito por Gabriel Danius.

Paixão Obsessiva (Unforgettable, 2017)

Direção: Denise Di Novi
Roteiro: Christina Hodson, David Leslie Johnson
Elenco: Rosario Dawson, Katherine Heigl, Geoff Stults, Cheryl Ladd, Isabella Kai Rice
Gênero: Drama, Thriller
Duração: 100 min

Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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