Tarantino amou Coringa 2

Quentin Tarantino, cineasta renomado por clássicos como “Pulp Fiction” e “Kill Bill”, surpreendeu ao declarar seu apreço por “Coringa: Delírio a Dois”, a controversa sequência do filme de 2019.

Durante sua participação no podcast “The Bret Easton Ellis Podcast”, Tarantino comentou que, ao contrário da recepção crítica e do desempenho modesto nas bilheterias, ele “realmente gostou” do filme.

Tarantino afirmou ter se envolvido emocionalmente com a trama e elogiou, em particular, as sequências musicais, algo inesperado em sua perspectiva inicial. Segundo ele, a escolha de músicas banais, como “For Once in My Life”, fez toda a diferença para a narrativa.

Similaridades com história do próprio Tarantino

Comparando “Coringa: Delírio a Dois” com seu próprio trabalho, Tarantino viu similaridades com “Assassinos por Natureza”, dirigido por Oliver Stone e escrito por ele, especialmente na relação entre os personagens Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) e Lee Quinzel (Lady Gaga).

Ele destacou que a dinâmica entre os dois é uma releitura do casal serial killer Mickey e Mallory, protagonistas de “Assassinos por Natureza”. Para Tarantino, o novo “Coringa” homenageia diretamente seu filme e cria um universo similar ao que ele sonhou quando escreveu sua história.

Tarantino não poupou elogios à atuação de Joaquin Phoenix, a quem considera um dos melhores atores da atualidade. O diretor destacou que Phoenix oferece “uma das melhores atuações” que ele já viu na vida em “Coringa: Delírio a Dois”.

Tarantino também aproveitou para ressaltar a ousadia do diretor Todd Phillips, comparando-o ao próprio Coringa. Para ele, Phillips dirigiu o filme com a mesma irreverência e caos que o personagem interpretado por Phoenix. “Todd Phillips é o Coringa”, afirmou o cineasta, observando que o diretor parece desafiar tanto a indústria cinematográfica quanto o público.

Ousadia cinematográfica

Ao comparar “Coringa: Folie à Deux” com o primeiro filme da franquia, Tarantino foi direto ao dizer que gostou mais da sequência.

Embora o filme de 2019 tenha sido aclamado, ele o considerou “monótono” em boa parte de sua duração, com exceção da cena final em que o Coringa atira no apresentador de TV, interpretado por Robert De Niro. Tarantino considerou essa sequência “uma das melhores dos últimos 20 anos”, destacando o impacto emocional do momento.

Embora o novo “Coringa” tenha dividido opiniões, especialmente por suas escolhas musicais e seu final surpreendente, Quentin Tarantino vê esses elementos como pontos fortes do filme. Para ele, o longa é um exemplo de ousadia narrativa e cinematográfica.