A atriz e produtora vencedora do Oscar, Reese Witherspoon, fez uma previsão ousada e alarmante para o futuro de Hollywood. Em uma nova entrevista, ela afirmou que a maneira como os filmes são feitos “vai mudar radicalmente nos próximos dois ou três anos”. Segundo a estrela, essa transformação será impulsionada por duas forças avassaladoras: a mudança na capacidade de atenção das gerações mais novas e a ascensão da Inteligência Artificial (IA).

A análise da estrela, que também é uma das produtoras mais bem-sucedidas da atualidade, serve como um alerta para uma indústria que, segundo ela, não pode mais se apegar a modelos do passado.

‘A capacidade de atenção está mudando’

Em uma entrevista recente ao jornal The New York Times, a atriz usou sua própria família como exemplo para ilustrar a mudança no comportamento do público. “Percebi que meus filhos não estavam indo ao cinema”, disse Reese Witherspoon, referindo-se a seus filhos adolescentes. “Eu ia ao cinema todas as sextas e sábados à noite. Crianças não vão ao cinema.”

Para ela, a indústria precisa parar de lamentar e se adaptar à nova realidade. “Você precisa ir aonde o público está, não lamentar o fato de eles não terem aparecido ou ter o que eu chamo de ‘velha escola'”, afirmou. “A capacidade de atenção está mudando.”

A Inteligência Artificial como um ‘trem desgovernado’

Questionada se a ascensão da Inteligência Artificial contribui para essa mudança cognitiva, Witherspoon concordou e expressou sua visão sobre a tecnologia. Ela a vê como uma força inevitável que precisa ser guiada pela criatividade humana para não se tornar um problema.

“Todo mundo sabe disso. Você só precisa entender como isso vai acontecer. Porque ainda precisamos colocar nossa consciência em camadas e usá-la como ferramentas. Caso contrário, é apenas um trem desgovernado”, analisou a atriz.

A aposta na Geração Z com sua nova empresa

A análise de Reese Witherspoon não é apenas teórica. Como uma das produtoras mais poderosas de Hollywood, fundadora da bem-sucedida Hello Sunshine (vendida por quase US$ 1 bilhão), ela já está se movendo para se adaptar a essa nova realidade. Sua mais nova empresa, a Sunnie, é focada na criação de revistas digitais para o público da Geração Z.

“Você precisa ser pragmático quando tem uma empresa como a minha, porque o tempo é o seu maior patrimônio”, disse, sobre a necessidade de criar conteúdos que se conectem com o público onde ele está. “Você não pode perder tempo com coisas que não consegue produzir.”

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