A atriz Rosamaria Murtinho, de 92 anos, uma das grandes damas da teledramaturgia brasileira, lamentou a morte de seu amigo e companheiro de cena de longa data, o ator Francisco Cuoco, que faleceu nesta quinta-feira, 19 de junho, aos 91 anos. Em uma conversa emocionada com a revista Quem, a veterana revelou que o amigo estava em grande sofrimento em seus últimos dias, mas que partiu cercado pelo amor da família.
“A última imagem dele foi da família”
Com a voz carregada de tristeza, Rosamaria confirmou a partida do amigo. “Estou muito triste, mas é verdade. Ele faleceu hoje pela manhã, estava sofrendo muito”, lamentou a atriz.
Ela compartilhou um detalhe reconfortante sobre as últimas horas de Cuoco, que estava internado há cerca de 20 dias no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Segundo ela, os três filhos do ator, Tatiana, Diogo e Rodrigo, estiveram ao seu lado. “A filha dele veio de Londres e os filhos também estavam no hospital. Conseguiram se despedir. A última imagem dele foi da família”, contou a artista, destacando a união familiar no momento da despedida.
O falecimento de Francisco Cuoco foi uma consequência de uma falência múltipla dos órgãos, decorrente de complicações de saúde relacionadas à idade.
Uma parceria de décadas na TV
A amizade de Rosamaria Murtinho e Francisco Cuoco foi forjada ao longo de décadas de trabalho conjunto nos palcos e, principalmente, nos estúdios de televisão. Eles se tornaram duas das figuras mais emblemáticas e respeitadas de sua geração.
Juntos, eles atuaram em inúmeras produções, incluindo a primeira versão da novela “Pecado Capital”, em 1975, um dos maiores sucessos da história da TV Globo, onde contracenaram como um dos casais principais. A parceria se estendeu por vários outros trabalhos, e a última vez que dividiram a telinha foi na novela “Amor à Vida”, em 2013. A química e o respeito profissional entre os dois eram evidentes para o público.
O legado de um ícone
Francisco Cuoco foi um dos maiores galãs da televisão brasileira, protagonizando dezenas de novelas que marcaram a memória afetiva do país, como “Selva de Pedra” e “O Astro”. Sua morte representa o fim de uma era de ouro da teledramaturgia, um período em que grandes atores como ele e Rosamaria ajudaram a construir e a consolidar a qualidade das produções nacionais.