A Blumhouse está de volta ao jogo. A sequência de terror O Telefone Preto 2 (Black Phone 2) estreou no topo das bilheterias norte-americanas neste fim de semana, com uma arrecadação de US$ 26,5 milhões, superando as expectativas e dando um respiro muito necessário para o estúdio de Jason Blum após uma série de fracassos recentes. Globalmente, o filme alcançou US$ 42 milhões.
O sucesso do terror, no entanto, contrastou fortemente com a estreia decepcionante da comédia estrelada Good Fortune, dirigida por Aziz Ansari e com Seth Rogen e Keanu Reeves no elenco, que não conseguiu atrair o público e amargou um dos piores resultados do ano para um lançamento amplo.
O sucesso de ‘O Telefone Preto 2’
Com um orçamento relativamente modesto de US$ 30 milhões, a sequência, que traz Ethan Hawke de volta como o serial killer Grabber, superou as projeções da Universal, que esperava uma estreia na casa dos US$ 18 milhões. O desempenho foi impulsionado por críticas sólidas e uma boa recepção do público, que deu ao filme uma nota B no CinemaScore (considerada ótima para o gênero de terror).
O resultado é ainda mais significativo por ter superado a estreia do filme original. O Telefone Preto, lançado em 2021, abriu com US$ 23,6 milhões e se tornou um sucesso inesperado. A sequência também se destacou pela forte adesão do público latino, que representou 39% dos espectadores, um dado importante para a indústria. O sucesso de O Telefone Preto 2 é uma vitória crucial para a Blumhouse, que vinha de uma sequência de resultados ruins, culminando no caro fracasso de M3GAN 2.0 no início do ano.
O fracasso de ‘Good Fortune’
Enquanto a Blumhouse celebrava, a Lionsgate teve um fim de semana para esquecer. A comédia Good Fortune, apesar de um elenco estelar e uma nota B+ no CinemaScore, arrecadou apenas US$ 6,2 milhões em quase 3.000 cinemas, ficando na ponta mais baixa das expectativas.
O filme, que custou US$ 30 milhões e conta a história de um anjo da guarda (Ansari) tentando salvar a alma de alguém, não conseguiu conectar com o público, apesar da presença de nomes como Seth Rogen, Keke Palmer e Keanu Reeves. O resultado levanta questões sobre o apelo de comédias originais estreladas no cenário atual do cinema.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
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