Primeiramente, Terence Stamp teve uma estreia impactante no cinema. Ele recebeu uma indicação ao Oscar por seu primeiro papel, em Billy Budd (1962). Curiosamente, ele conseguiu o papel de uma forma inesperada. Ele ficou sem palavras, pois estava intimidado pelo diretor Peter Ustinov. Ustinov, no entanto, achou que a reação se encaixava perfeitamente no personagem.
Anos depois, ele ressurgiu para uma nova geração. Ele, então, interpretou o megalomaníaco General Zod em Superman e Superman II (1980). A oportunidade surgiu de forma inusitada. Por exemplo, ele estava viajando pela Índia quando recebeu um telegrama com o convite. A chance de atuar ao lado de Marlon Brando, um de seus ídolos, foi “irresistível”. Apesar disso, a experiência foi “decepcionante”, pois Brando não decorava suas falas.
A coragem de ‘Priscilla, a Rainha do Deserto’
Talvez seu papel mais desafiador tenha vindo em 1994. Na época, o estúdio convidou Terence Stamp para interpretar Bernadette. A personagem era uma mulher transgênero em Priscilla, a Rainha do Deserto. Inicialmente, o ator achou que era uma “brincadeira” e ficou com medo do papel.
No entanto, a experiência se tornou uma das melhores de sua carreira. “Foi provavelmente a mais divertida”, confessou. Como resultado, o filme foi um sucesso de crítica e público. Além disso, os críticos elogiaram universalmente a atuação de Terence Stamp por sua humanidade e graça.
Um ícone dos anos 60 e sua vida pessoal
Em sua juventude, Terence Stamp foi considerado um dos homens mais bonitos do cinema. Ele, de fato, se tornou um dos rostos da “Swinging London” dos anos 60. Naquela época, ele teve romances com a atriz Julie Christie e a supermodelo Jean Shrimpton. Ele também dividiu um apartamento com o amigo Michael Caine no início de suas carreiras.
Em suma, Terence Stamp deixa um legado de seis décadas no cinema. Sua trajetória é marcada por papéis que vão do anjo ao vilão, do galã ao ícone queer. Portanto, sua presença marcante o tornou uma das figuras mais inesquecíveis do cinema britânico.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
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