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Crítica | A Bruma Assassina

Redação Bastidores Redação Bastidores
In Catálogo, Cinema, Críticas•18 de setembro de 2017•9 Minutes
Crítica | A Bruma Assassina
Reprodução
Crítica | A Bruma Assassina
Reprodução

Quando se fala em terror dificilmente não dá para se falar em John Carpenter. O diretor se tornou um ícone do gênero, devido ao filme Halloween, onde nos apresentou pela primeira vez a história do serial killer Michael Myers, filme que foi o estopim para outros filmes do gênero, como por exemplo Sexta Feira 13. E também devido a Enigma de Outro Mundo, um filme onde conseguiu juntar de maneira genial a ficção científica e o terror. Esses dois filmes ( além de outros, é claro) garantiram ao diretor uma legião de fãs, inclusive esse que vos fala.

Depois do sucesso de Halloween, que na época se tornou o filme independente mais lucrativo da história, o diretor se afastou um pouco do cinema e dirigiu 2 filmes para a TV. Alguem esta me observando!, lançado em 1978, e protagonizado por Adrienne Barbeau, com que Carpenter iria se casar no ano seguinte, e que protagonizaria esse filme de qual vou falar, e Fuga de Nova York, outro grande filme do diretor. E em 1979 ele dirige o filme Elvis!, filme que contava a história da carreira do Rei do Rock, que havia morrido a apenas 2 anos antes. A cinebiografia foi estrelada por Kurt Russell, outro que se tornaria frequente colaborador de Carpenter.

Em 1980, John Carpenter decidiu que voltaria ao cinema, graças a um contrato conseguido com a produtora AVCO Company, onde ele teria que produzir 3 filmes. O primeiro dessa lista seria a obra The Fog, que em sua tradução significa ” A Névoa”, mas por alguma razão que eu não sei explicar decidiram traduzir para ” A Bruma Assassina”, Brasil e suas traduções. Enfim, o filme foi de baixo orçamento, custando apenas 1 milhão de dólares, mas isso não impediu de se tornar um clássico do gênero. Com a Bruma Assassina, Carpenter faz quase que uma homenagem a Era de Ouro do cinema, onde que com muito pouco, se conseguia fazer filmes de muita qualidade.

A trama do filme começa na pequena cidade litorânea de Antonio Bay, que está na véspera de completar 100 anos de idade, 5 minutos para ser mais exato. Temos um acampamento a beira do mar, onde um velho conta para crianças sobre o caso do navio Elizabeth Dane, que foi afundado por uma névoa misteriosa. No dia seguinte, o paroco da cidade, Padre Malone, descobre escondido na igreja um pequeno diário do seu bisavô. Ao ler o diário,  descobre que o navio era de um rico chamado Blake, um homem rico que sofria com o mal da Lepra, e queria abrir uma colônia de leprosos no local. Os 6 fundadores da cidade, que repudiavam os portadores da doença, decidiram em conjunto afundar o navio, e usar seu ouro para construir a cidade. Agora, os fantasmas de Blake e dos tripulantes voltam dos mortos, e decidem atacar a cidade por meio de uma névoa, para se vingar dos moradores.

A idéia de Carpenter para produzir esse filme veio de 3 fontes. A primeira veio do filme inglês The Trollenberg Terror, filme inglês que retrata a investigação de uma série de assassinatos em um hotel na Suíça, todos ligados a uma névoa misteriosa. A segunda veio de uma viagem que Carpenter fez com a ex namorada, e vale lembrar co roteirista da obra Debra Hill, ao monumento de Stonehenge. Enquanto visitava o local, o diretor observou uma densa névoa nas redondezas, e começou a pensar, ” e se existisse algo misterioso desse nevoeiro?”. A terceira inspiração veio de um caso real que aconteceu na costa da Cálifornia em 1850. Nesse ano, o Navio The Frolic, afundou perto da cidade de Goleta. Acreditava-se na época em que Carpenter começou a produzir o filme que os moradores da cidade saquearam o navio, algo que logo depois foi desmentido, mas é uma história longa, e que apenas serviria para encher linguiça.

Para a construção do roteiro, junto com a já citada Debra Hill, o diretor bebeu muito de HP Lovecraft, que o próprio Carpenter admitia ser fã. Isso fica óbvio em dois momentos. No diário do Padre Malone, que nos revela sobre a origem dos fantasmas, vemos uma referencia a ” O Chamado de Cthulhu”, grande obra do escritor. E também nas criaturas misteriosas que assombram a cidade, uma característica que sempre foi marcante das obras do escritor de contos de terror.

Falando sobre o roteiro, apesar de ele ser um pouco simplista demais, e falhar em dar algumas explicações sobre a maldição, ele acerta em desenvolver de maneira separada os 3 núcleos da história. Temos o núcleo dos atores Tom Atkins e de Jamie Lee Curtis, que interpretam o casal  Elizabeth e Nick, que decidem investigar sobre os assassinatos que estão acontecendo. Temos o nucle do Hal Holbrook ( Padre Malone) e Janet Leigh,  ( Marion Crane de Psicose),que interpreta Kathy Williams, a organizadora da festa de 100 anos da cidade, onde é desenvolvida a história dos fantasmas, e por final o núcleo da radialista Stevie Wayne, interpretada por Adrienne Barbeau, que é aquela que vai informar sobre os perigos da névoa para a cidade. Todos esses focos são bem trabalhados e ajudam na hora de se criar o suspense da trama. E no final todos convergem para o grande clímax, dentro da Igreja da cidade.

A trilha sonora do filme é um show a parte, tem um tematica bem sombria e assustadora, que ajuda na composição da atmosfera misteriosa da trama. Aliás, o uso da trilha sonora no filme lembra muito os filmes de Alfred Hitchcock, outra personalidade de quem Carpenter era fã, e que sempre usava a música em suas obras de uma maneira eficiente. Não apenas na trilha sonora vemos a influência de Hitchcock, mas também na fotografia de Dean Cundey, que usa luzes com cores vivas em momentos que precedem o ataque das criaturas. O uso de iluminação em momentos chaves da obra era algo caracteristico de Alfred, e foi muito bem usado aqui no filme, pois deu um ar de místico a história. Os efeitos especiais são simples, visto o pouco orçamento, que é basicamente a criação da névoa misteriosa. Mas John soube como construir esse efeito, fazendo com o nevoeiro se comportasse como se realmente tivesse vida.

A Bruma Assassina pode não ser o melhor trabalho do diretor Carpenter. Mas é um filme que tem o seu charme, e que serve para mostrar o porque do diretor ser mostrado como um ícone do gênero.

PS: O filme teve um remake feito em 2005, protagonizado por Tom Welling, o Clark Kent de Smallville. Sigam meu conselho, fiquem longe, é horrível.

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Redação Bastidores

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