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Crítica | Victoria e Abdul: O Confidente da Rainha – Um Básico Arroz com Feijão

Redação Bastidores Redação Bastidores
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•16 de novembro de 2017•6 Minutes

Nos últimos anos, os ingleses têm se se mostrado muito a vontade em contar histórias escondidas da família real britânica. O Discurso do Rei e o seriado The Crown são alguns dos exemplos mais famosos. Chegou a vez do diretor Stephen Frears retornar a falar sobre a família real, que já havia retratado um no ótimo A Rainha e retorna a parceria com a atriz Judi Dench, com quem havia feito Philomena e Sra. Henderson Apresenta, com uma história muito interessante em Victoria e Abdul: O Confidente da Rainha.

O longa se passa no final do século XIX, quando o indiano Abdul (Ali Fazal) junto com Mohammed (Adeel Akhtar) são escolhidos para representarem a Índia para entregar uma moeda valiosa para a Rainha Victoria (Judi Dench). Após uma troca de olhares em um evento, a rainha fica interessada em conhecer Abdul e o indiano vai criando uma forte amizade com a monarca, que vai ficando encantada com a cultura indígena. Mas é claro que os membros da corte vão ficando cada vez mais incomodados com a amizade dos dois, fazendo o possível para que o indiano se distancie da rainha.

O longa começa muito bem, com um tom bem leve e flertando com a comédia, com diálogos rápidos e situações interessantes. Mas durante a projeção, o roteiro de Lee Hall vai se mostrando superficial e com pouco conteúdo. Abdul vai se tornando menos interessante com o tempo, além de ser moralmente duvidoso se na boa vontade da rainha ele não estaria se aproveitando da situação. Mas isso nunca é abordado de maneira mais profunda, do mesmo jeito que a relação entre colônia e colonizador da Índia é praticamente esquecida por Abdul e isso se mostra frustrante. Já o núcleo sobre a rainha Victoria – que ganha o principal destaque no filme – segue os velhos clichês de filmes sobre realezas: ela é uma idosa solitária; todos estão ali apenas para lhe agradar; todos os seus filhos se odeiam e há a disputa para ver quem ficará com o trono, etc… E é claro que ela começa a gostar do indiano por ele ser honesto com ela e por vê-la como amiga. Ou seja, o roteiro não está oferecendo nenhuma novidade, apenas vai para caminhos mais fáceis.

Já a direção de Stephen Frears é segura… E apenas isso. Honestamente, já faz anos que Frears parou de ser um nome que se podia falar com apetite e agora se passou a ser um diretor apenas ok. Para alguém que já apresentou filmes como Ligações Perigosas, Os Imorais, Alta Fidelidade e A Rainha e besteiras como O Segredo de Mary Reilly se mostra uma irregularidade muito grande. E por mais que o seu trabalho em Victoria e Abdul seja competente, não se destaca parecendo que qualquer um poderia dirigir. Mesmo tirando boas atuações e mostrando um ótimo gosto para filmar, se soa muito pouco para quem já mostrou que era mais.

Mas falando assim parece que esse é o pior filme do mundo, não? Não é. Ele tem qualidades: a parte técnica é muito eficiente, com destaque aos belíssimos figurinos, muito detalhados. A direção de arte se mostra muito eficiente, fazendo uma reconstituição de época muito bem feita. A trilha sonora de Thomas Newman também se mostra bem encaixada, emulando temas indianos e musicas clássicas inglesas com qualidade.

O elenco se mostra muito bem, mas o destaque fica para a dupla de protagonistas. Adeel Akhtar se mostra uma bela surpresa mostrando uma boa presença de tela, carisma e um olhar que transmite admiração, honestidade e generosidade. Mas claro que a maravilhosa Judi Dench mostra mais uma vez toda a sua força. Sua atuação é minimalista que por conta de alguns detalhes, como a sua respiração pesada, diz como está cansada e enfadonha da hipocrisia dos que estão ao seu lado. Há uma cena em que a câmera fica no seu rosto e atriz solta um longo monólogo sobre sua personalidade que mostra todo o poder de Dench, mostrando porque é uma das grandes atrizes da atualidade.

Enfim, por mais que Victoria e Abdul divirta durante a projeção e tenha os seus méritos, é um filme que o espectador irá esquecer em menos de quarenta minutos após a sessão. Um filme correto e apenas.

Victoria e Abdul: O Confidente da Rainha (Victoria & Abdul, EUA/Inglaterra – 2017)

Direção: Stephen Frears
Roteiro: Lee Hall, baseado na obra de Shrabanu Basu
Elenco: Judi Dench, Ali Fazal, Tim Piggot-Smith, Eddie Izzard, Michael Gambom, Paul Higgins, Olivia Williams, Adeel Akhtar
Gênero: Comédia/Drama
Duração: 111 min

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