Ghostface retorna em trailer do novo Pânico
A Paramount Pictures divulgou nesta terça-feira (12) o primeiro trailer do quinto filme da franquia Pânico, que atende pelo simples nome de Pânico, tal como o original de Wes Craven.
Confira abaixo.
https://www.youtube.com/watch?v=swzTZ2mQypM
O novo filme será uma reinvenção da saga de terror iniciada em 1996. O elenco conta com os retornos de Neve Campbell, Courteney Cox e David Arquette nos papéis centrais, ao mesmo tempo em que Dylan Minette, Jack Quaid, Jenna Ortega, Melissa Barrera, Kyle Gallner e Mason Gooding compõem a nova geração.
A dupla Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett (Casamento Sangrento) assina a direção.
Pânico estreia nos cinemas brasileiros em 14 de janeiro de 2022.
45ª Mostra SP terá Noite Passada em Soho e Titane; veja seleção completa
Na manhã deste sábado (9), a seleção oficial da 45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo foi divulgada oficialmente. Entre os destaques, o vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano, Titane, e o aguardado novo filme de Edgar Wright, Noite Passada em Soho.
O evento ocorrerá de forma híbrida, com sessões online e presenciais em 15 cidades de São Paulo, na janela de 21 de outubro a 3 de novembro. Para mais informações, acesse o site oficial da Mostra.
Confira a lista completa de filmes abaixo.
18 KHZ ( 18 KILOHERZ ) , de Farkhat Sharipov / CAZAQUISTÃO
18½, de Dan Mirvish / EUA
66 QUESTÕES DA LUA ( MOON, 66 QUESTIONS ) , de Jacqueline Lentzou / GRÉCIA, FRANÇA
7 PRISIONEIROS, de Alexandre Moratto / BRASIL
A ARTE DA MEMÓRIA, de Rodrigo Areias / PORTUGAL, BRASIL
A CAIXA ( LA CAJA ) , de Lorenzo Vigas / EUA, MÉXICO
A CHIARA, de Jonas Carpignano / ITÁLIA, FRANÇA
A COLHEITA DO TRIGO ( MAIZISHULE ) , de Yu-qiang Tang / CHINA
A CRÔNICA FRANCESA ( THE FRENCH DISPATCH ) , de Wes Anderson / REINO UNIDO, FRANÇA, ALEMANHA
A FEBRE DE PETROV ( PETROVY V GRIPPE ) , de Kirill Serebrennikov / RÚSSIA, FRANÇA
A FELICIDADE DAS COISAS, de Thais Fujinaga / BRASIL
A FILHA ( LA HIJA ) , de Manuel Martín Cuenca / ESPANHA
A FLORESTA SILENCIOSA ( THE SILENT FOREST ) , de Ko Chen-nien / TAIWAN
A GAROTA E A ARANHA ( DAS MÄDCHEN UND DIE SPINNE ) , de Ramon Zurcher, Silvan Zurcher / SUÍÇA
A HISTÓRIA DA MINHA ESPOSA ( A FELESÉGEM TÖRTÉNETE ) , de Ildikó Enyedi / HUNGRIA, FRANÇA, ALEMANHA, ITÁLIA
A ILHA DE MORAES, de Paulo Rocha / PORTUGAL
A ILHA DOS AMORES, de Paulo Rocha / PORTUGAL
A LEI, de Amadeo Canônico / BRASIL
A MULHER QUE FUGIU ( DOMANGCHIN YEOJA ) , de Sang-soo Hong / CORÉIA DO SUL
A NOITE DO FOGO ( NOCHE DE FUEGO ) , de Tatiana Huezo / MÉXICO, ALEMANHA, BRASIL, CATAR
A NOVA GAROTA ( LA CHICA NUEVA ) , de Micaela Gonzalo / ARGENTINA
A PORTA AO LADO ( NEBENAN ) , de Daniel Brühl / ALEMANHA
A TAÇA PARTIDA ( LA TAZA ROTA ) , de Esteban Cabezas / CHILE
A TÁVOLA DE ROCHA, de Samuel Barbosa / PORTUGAL
A TERRA DE FRENTE, de Thiago Cóstackz / BRASIL
A VIAGEM DE PEDRO, de Laís Bodanzky / BRASIL, PORTUGAL
A VOZ HUMANA ( THE HUMAN VOICE ) , de Pedro Almodóvar / ESPANHA
ABSENCE, de Ali Mosaffa / REPÚBLICA TCHECA, ESLOVÁQUIA
AFTER BLUE (PARAÍSO IMUNDO) ( AFTER BLUE (PARADIS SALE) ) , de Bertrand Mandico / FRANÇA
AHED’S KNEE ( HA’BERECH ) , de Nadav Lapid / FRANÇA, ALEMANHA, ISRAEL
AILEY, de Jamila Wignot / EUA
ALTA DEMANDA: A VIDA E A OBRA DE DANI KARAVAN ( DANI KARAVAN ) , de Barak Heymann / ISRAEL, POLÔNIA
AMANHECER ( ZORA ) , de Dalibor Matanic / CROÁCIA, ITÁLIA
AMOR FATI, de Cláudia Varejão / PORTUGAL, SUÍÇA, FRANÇA
AMPARO, de Simón Mesa Soto / COLÔMBIA, SUÉCIA, CATAR
ANATOMIA, de Ola Jankowska / POLÔNIA, FRANÇA
ANNETTE, de Leos Carax / FRANÇA, EUA
ANTÍGONA 442 A.C., de Maurício Farias / BRASIL
AO CAIR DO SOL ( SUNDOWN ) , de Michel Franco / MÉXICO
AO ORIENTE ( AL ORIENTE ) , de José María Avilés / EQUADOR, ARGENTINA
APPLES ( MILA ) , de Christos Nikou / GRÉCIA, POLÔNIA, ESLOVÊNIA
ARMUGAN ( ARMUGÁN, EL ÚLTIMO ACABADOR ) , de Jo Sol / ESPANHA
ARQUIPÉLAGO ( ARCHIPEL ) , de Félix Dufour-Laperrière / CANADÁ
AS BRUXAS DO ORIENTE ( LES SORCIERES DE L’ORIENT ) , de Julien Faraut / FRANÇA
AS FACES DO MAO, de Dellani Lima, Lucas Barbi / BRASIL
AS SIAMESAS ( LAS SIAMESAS ) , de Paula Hernández / ARGENTINA
AS VERDADES, de José Eduardo Belmonte / BRASIL
ASSIM COMO NO CÉU ( DU SOM ER I HIMLEN ) , de Tea Lindeburg / DINAMARCA
ASSIM QUEIMAMOS ( WE BURN LIKE THIS ) , de Alana Waksman / EUA
AT THE END OF EVIN, de Mohammad Torab Beigi, Mehdi Torab Beigi / IRÃ
ATLÂNTIDA ( ATLANTIDE ) , de Yuri Ancarani / ITÁLIA, FRANÇA, EUA, CATAR
ATLAS, de Niccolò Castelli / SUÍÇA, BÉLGICA, ITÁLIA
ATO, de Bárbara Paz / BRASIL
AURORA, de Paz Fabrega / COSTA RICA, MÉXICO
AYAR, de Floyd Russ / EUA
AZOR, de Andreas Fontana / SUÍÇA, ARGENTINA, FRANÇA
BANTÚ MAMA, de Ivan Herrera / REPÚBLICA DOMINICANA
BERGMAN ISLAND, de Mia Hansen-Løve / FRANÇA, ALEMANHA, SUÉCIA
BI ABAN, de Mehrdad Koroushnia / IRÃ
BIABU CHUPEA: UM GRITO NO SILÊNCIO ( BIABU CHUPEA: UN GRITO EN EL SILENCIO ) , de Priscila Padilla / COLÔMBIA
BLOODY ORANGES ( ORANGES SANGUINES ) , de Jean-Christophe Meurisse / FRANÇA
BOA SENHORA ( MLUNGU WAM ) , de Jenna Cato Bass / ÁFRICA DO SUL
BOB CUSPE – NÓS NÃO GOSTAMOS DE GENTE, de Cesar Cabral / BRASIL
BRANCO PURO ( BEMBEYAZ ) , de Necip Çaghan Özdemir / TURQUIA
BRIGHTON 4TH, de Levan Koguashvili / GEÓRGIA, RÚSSIA, BULGÁRIA, MÔNACO, EUA
BRUNO REIDAL, CONFISSÕES DE UM ASSASSINO ( BRUNO REIDAL ) , de Vincent Le Port / FRANÇA
CAMILA SAIRÁ ESTA NOITE ( CAMILA SALDRÁ ESTA NOCHE ) , de Ines Barrionuevo / ARGENTINA
CAMINHO INCERTO ( CAMINO INCIERTO ) , de Pau-Pablo García Pérez de Lara / ESPANHA
CAPTAIN VOLKONOGOV ESCAPED ( KAPITAN VOLKONOGOV BEZHAL ) , de Natasha Merkulova, Aleksey Chupov / RÚSSIA, FRANÇA, ESTÔNIA
CAPTAINS OF ZAATARI, de Ali El Arabi / EGITO
CHARUTO DE MEL ( CIGARE AU MIEL ) , de Kamir Aïnouz / FRANÇA, ARGÉLIA
CLARA SOLA, de Nathalie Álvarez Mesén / SUÉCIA, COSTA RICA, BÉLGICA
COISAS VERDADEIRAS ( TRUE THINGS ) , de Harry Wootliff / REINO UNIDO
COLMEIA ( ZGJOI ) , de Blerta Basholli / KOSOVO, SUÍÇA, MACEDÔNIA DO NORTE, ALBÂNIA
COMPARTMENT NO. 6 ( HYTTI NRO 6 ) , de Juho Kuosmanen / FINLÂNDIA, ALEMANHA, ESTÔNIA, RÚSSIA
CONTATADO ( CONTACTADO ) , de Marité Ugás / PERU, BRASIL, VENEZUELA, NORUEGA
COW, de Andrea Arnold / REINO UNIDO
CURTAS JORNADAS NOITE ADENTRO, de Thiago B. Mendonça / BRASIL
DANÇARINO CUBANO ( CUBAN DANCER ) , de Roberto Salinas / ITÁLIA, CANADÁ, CHILE
DESERTO PARTICULAR, de Aly Muritiba / BRASIL
DESPEDIDA, de Luciana Mazeto, Vinícius Lopes / BRASIL
DIÁRIOS DE OTSOGA, de Miguel Gomes, Maureen Fazendeiro / PORTUGAL
DISTRITO TERMINAL ( MANTAGHEYE PAYANI ) , de Bardia Yadegari, Ehsan Mirhosseini / IRÃ, ALEMANHA
DO OUTRO LADO ( DEL OTRO LADO ) , de Ivan Guarnizo / COLÔMBIA, ESPANHA
DOMANDO O JARDIM ( MOTVINIEREBA ) , de Salomé Jashi / SUÍÇA, ALEMANHA, GEÓRGIA
ELES TRANSPORTAM A MORTE ( ELES TRANSPORTAN A MORTE ) , de Helena Girón, Samuel M. Delgado / ESPANHA, FRANÇA
ENCONTROS ( INTRODUCTION ) , de Hong SangSoo / CORÉIA DO SUL
ENTRE DOIS CREPÚSCULOS ( IKI SAFAK ARASINDA ) , de Selman Nacar / TURQUIA, FRANÇA, ROMÊNIA, ESPANHA
ERRANTES – UMA HISTÓRIA ROHINGYA ( ERRANCE SANS RETOUR ) , de Olivier Higgins, Mélanie Carrier / CANADÁ
ESPÍRITO SAGRADO ( ESPÍRITU SAGRADO ) , de Chema García Ibarra / ESPANHA, FRANÇA, TURQUIA
ESTRADA PARA O ÉDEN ( AKYRKY KOCH ) , de Bakyt Mukul, Dastan Zhapar Uulu / QUIRGUISTÃO
EU ERA UM HOMEM COMUM ( I WAS A SIMPLE MAN ) , de Christopher Makoto Yogi / EUA
EU QUERO FALAR SOBRE DURAS ( VOUS NE DÉSIREZ QUE MOI ) , de Claire Simon / FRANÇA
EU VEJO VOCÊ EM TODOS OS LUGARES ( RENGETEG – MINDENHOL LÁTLAK ) , de Bence Fliegauf / HUNGRIA
EVOLUTION, de Kornél Mundruczó / ALEMANHA, HUNGRIA
FANTASMAS ( HAYALETLER ) , de Azra Deniz Okyay / TURQUIA, FRANÇA, CATAR
FANTASMAS DE BERGMAN ( BERGMAN’S GHOSTS ) , de Gabe Klinger /
FATORES HUMANOS ( HUMAN FACTORS ) , de Ronny Trocker / ALEMANHA, ITÁLIA, DINAMARCA
FEATHERS, de Omar El Zohairy / FRANÇA, EGITO, HOLANDA, GRÉCIA
FÉDRO, de Marcelo Sebá / BRASIL
FILHO DAS MONARCAS ( HIJO DE MONARCAS ) , de Alexis Gambis / MÉXICO, EUA
FILME, O REGISTRO VIVO DE NOSSA MEMÓRIA ( FILM, THE LIVING RECORD OF OUR MEMORY ) , de Inés Toharia / ESPANHA, CANADÁ
FIM DA PRIMAVERA ( JOLSOBI ) , de Jaicheng Zxai Dohutia / ÍNDIA, ALEMANHA
FOGO NAS MONTANHAS ( FIRE IN THE MOUNTAINS ) , de Ajitpal Singh / ÍNDIA
FRANCE, de Bruno Dumont / FRANÇA, ALEMANHA, BÉLGICA, ITÁLIA
FREQUÊNCIAS MAGNÉTICAS ( LES MAGNÉTIQUES ) , de Vincent Maël / FRANÇA, ALEMANHA
FUTURA, de Pietro Marcello, Francesco Munzi, Alice Rohrwacher / ITÁLIA
GRAND CANCAN, de Mikhail Kosyrev-Nesterov / RÚSSIA
GREAT FREEDOM ( GROSSE FREIHEIT ) , de Sebastian Meise / ÁUSTRIA, ALEMANHA
HIGIENE SOCIAL ( HYGIÈNE SOCIALE ) , de Denis Côté / CANADÁ
HOLGUT, de Liesbeth de Ceulaer / BÉLGICA
I COMETE – UM VERÃO NA CÓRSEGA ( I COMETE – A CORSICAN SUMMER ) , de Pascal Tagnati / FRANÇA
ILHAS ( ISLANDS ) , de Martin Edralin / CANADÁ
IMACULADA ( IMACULAT ) , de Monica Stan, George Chiper-Lillemark / ROMÊNIA
IMPASSE ( ZASTOJ ) , de Vinko Möderndorfer / ESLOVÊNIA, SÉRVIA, MACEDÔNIA DO NORTE
INTREGALDE ( ÎNTREGALDE ) , de Radu Muntean / ROMÊNIA
IRMANDADE ( SESTRA ) , de Dina Duma / MACEDÕNIA DO NORTE, KOSOVO, MONTENEGRO
JÁ QUE NINGUÉM ME TIRA PRA DANÇAR, de Ana Maria Magalhães / BRASIL
JANE POR CHARLOTTE ( JANE PAR CHARLOTTE ) , de Charlotte Gainsbourg / FRANÇA
LA TRAVIATA, MEUS IRMÃOS E EU ( MES FRÈRES, ET MOI ) , de Yohan Manca / FRANÇA
LAMB ( DYRIO ) , de Valdimar Jóhannsson / ISLÂNDIA, SUÉCIA, POLÔNIA
LET IT BE MORNING ( VAYEHI BOKER ) , de Eran Kolirin / ISRAEL, FRANÇA
LIDANDO COM A MORTE ( DOOD IN DE BIJLMER ) , de Paul Sin Nam Rigter / HOLANDA
LINGUI, de Mahamat-Saleh Haroun / CHADE, FRANÇA, BÉLGICA, ALEMANHA
LISTEN, de Ana Rocha de Sousa / REINO UNIDO, PORTUGAL
LUA AZUL ( CRAI NOU ) , de Alina Grigore / ROMÊNIA
LUTA POR VINGANÇA ( THE FLOOD ) , de Victoria Wharfe McIntyre / AUSTRÁLIA
LUZ NATURAL ( TERMÉSZETES FÉNY ) , de Dénes Nagy / HUNGRIA, LETÔNIA, FRANÇA, ALEMANHA
LUZZU, de Alex Camilleri / MALTA
MÁ SORTE NO SEXO OU PORNÔ AMADOR ( BABARDEALA CU BUCLUC SAU PORNO BALAMUC ) , de Radu Jude / ROMÊNIA, LUXEMBURGO, REPÚBLICA TCHECA, CROÁCIA
MADALENA, de Madiano Marcheti / BRASIL
MADEIRA E ÁGUA ( WOOD AND WATER ) , de Jonas Bak / ALEMANHA, FRANÇA
MAIOR QUE O MUNDO, de Beto Marquez / BRASIL
MAJORITY ( BI HAMEH-CHIZ ) , de Mohsen Gharaie / IRÃ
MAR INFINITO, de Carlos Amaral / PORTUGAL
MARES DO DESTERRO, de Sandra Alves / BRASIL
MARINHEIRO DAS MONTANHAS, de Karim Aïnouz / BRASIL
MARX CAN WAIT ( MARX PUÒ ASPETTARE ) , de Marco Bellocchio / ITÁLIA
MÁSCARA DE AÇO CONTRA ABISMO AZUL, de Paulo Rocha / PORTUGAL
MATEÍNA, de Joaquín Peñagaricano, Pablo Abdala / URUGUAI, BRASIL
MEDO ( STRAH ) , de Ivaylo Hristov / BULGÁRIA
MEDUSA, de Anita Rocha da Silveira / BRASIL
MEMÓRIA SUFOCADA, de Gabriel Di Giacomo / BRASIL
MEMORIA, de Apichatpong Weerasethakul / COLÔMBIA, TAILÂNDIA, REINO UNIDO, MÉXICO, FRANÇA
MEU FILHO ( MEIN SOHN ) , de Lena Stahl / ALEMANHA
MEU TIO JOSÉ, de Ducca Rios / BRASIL
MEUS IRMÃOS SONHAM ACORDADOS ( MIS HERMANOS SUEÑAN DESPIERTOS ) , de Claudia Huaiquimilla / CHILE
MICKEY NA ESTRADA ( MICKEY ON THE ROAD ) , de Mian Mian LU / TAIWAN
MINHA NOITE ( MA NUIT ) , de Antoinette Boulat / FRANÇA
MOMENTUM, de Edwin Charmillot / SUÍÇA
MOTHERING SUNDAY, de Eva Husson / REINO UNIDO
MUDAR DE VIDA, de Paulo Rocha / PORTUGAL
MULHERES CHORAM ( WOMEN DO CRY ) , de Mina Mileva, Vesela Kazakova / BULGÁRIA, FRANÇA
MUNDO NOVO, de Álvaro Campos / BRASIL
MURINA, de Antoneta Alamat Kusijanovic / CROÁCIA, BRASIL, EUA, ESLOVÊNIA
NINGUÉM AO NORTE ( NO ONE IN THE NORTH ) , de Zebin Zhang / CHINA
NO CHOICE ( MAJBOORIM ) , de Reza Dormishian / IRÃ
NO LIMITE DO DESTINO ( HIGAN NO FUTARI ) , de Yusuke Kitaguchi / JAPÃO
NO PAÍS DE ALICE, de Rui Simões / PORTUGAL
NO TÁXI DO JACK, de Susana Nobre / PORTUGAL
NOITE PASSADA EM SOHO ( LAST NIGHT IN SOHO ) , de Edgar Wright / REINO UNIDO
NOSTROMO, de Fisnik Maxville / SUÍÇA
NOVE DIAS ( NINE DAYS ) , de Edson Oda / EUA
O ATLAS DOS PÁSSAROS ( ATLAS PTÁKU ) , de Olmo Omerzu / REPÚBLICA TCHECA
O CÃO QUE NÃO SE CALA ( EL PERRO QUE NO CALLA ) , de Ana Katz / ARGENTINA
O CIRCO VOLTOU, de Paulo Caldas / BRASIL
O COMPROMISSO DE HASAN ( BAGLILIK HASAN ) , de Semih Kaplanoglu / TURQUIA
O CONTO DO CARANGUEJO REI ( RE GRANCHIO ) , de Alessio Rigo de Righi, Matteo Zoppis / ITÁLIA, FRANÇA, ARGENTINA
O GRAVADOR DE HARUHARA-SAN ( HARUHARASAN NO UTA ) , de Kyoshi Sugita / JAPÃO
O GRITO DAS LEOAS ( LUANESHAT E KODRËS ) , de Luàna Bajrami / KOSOVO, FRANÇA
O JOVEM CAÇADOR DE BALEIAS ( KITOBOY ) , de Philipp Yuryev / RÚSSIA, POLÔNIA, BÉLGICA
O LEOPARDO DAS NEVES ( LA PANTHÈRE DES NEIGES ) , de Marie Amiguet / FRANÇA
O MAR À FRENTE ( THE SEA AHEAD ) , de Ely Dagher / FRANÇA, LÍBANO, BÉLGICA
O MELHOR LUGAR DO MUNDO, de Caco Ciocler / BRASIL
O OUTRO LADO DO RIO ( THE OTHER SIDE OF THE RIVER ) , de Antonia Kilian / ALEMANHA, FINLÂNDIA
O OUTRO TOM ( EL OTRO TOM ) , de Rodrigo Plá, Laura Santullo / MÉXICO, EUA
O PAI DA RITA, de Joel Zito Araújo / BRASIL
O PERFEITO DAVID ( EL PERFECTO DAVID ) , de Felipe Gómez Aparicio / ARGENTINA, URUGUAI
O PLANETA ( EL PLANETA ) , de Amalia Ulman / ESPANHA
O REI DA NOITE, de Hector Babenco / BRASIL
O RIO DO OURO, de Paulo Rocha / PORTUGAL, FRANÇA, BRASIL
O RUÍDO DOS MOTORES ( LE BRUIT DES MOTEURS ) , de Philippe Gregoire / CANADÁ
O SAL EM NOSSAS ÁGUAS ( NONAJOLER KABBO ) , de Rezwan Shahriar Sumit / BANGLADESH, FRANÇA
OLGA, de Elie Grappe / SUÍÇA, UCRÂNIA, FRANÇA
ONODA, 10 000 NIGHTS IN THE JUNGLE ( ONODA, 10 000 NUITS DANS LA JUNGLE ) , de Arthur Harari / FRANÇA, JAPÃO, ALEMANHA, BÉLGICA, ITÁLIA, CAMBOJA
OS CÃES NÃO DORMIRAM ONTEM À NOITE ( SAG-HA DISHAB NA-KHABIDAND ) , de Ramin Rasouli / AFEGANISTÃO, IRÃ
OS DONOS DA CASA, de Carla Dauden / BRASIL
OS INTRANQUILOS ( LES INTRANQUILLES ) , de Joachim Lafosse / BÉLGICA, LUXEMBURGO, FRANÇA
OS INVENTADOS ( LOS INVENTADOS ) , de Leo Basilico, Nicolás Longinotti, Pablo Rodríguez Pandolfi / ARGENTINA
OS ÚLTIMOS ( VIIMEISET ) , de Veiko Õunpuu / FINLÂNDIA, ESTÔNIA
OS VERDES ANOS, de Paulo Rocha / PORTUGAL
OUR MEN ( MON LÉGIONNAIRE ) , de Rachel Lang / BÉLGICA, FRANÇA
PARASITA PB ( GISAENGCHUNG ) , de Bong Joon Ho / CORÉIA DO SUL
PEDRA DA NOITE ( PIEDRA NOCHE ) , de Iván Fund / ARGENTINA, CHILE, ESPANHA
PEDREGULHOS ( KOOZHANGAL ) , de P.S. Vinothraj / ÍNDIA
PEGANDO A ESTRADA ( JADDEH KHAKI ) , de Panah Panahi / IRÃ
PENSAMENTOS SECUNDÁRIOS ( ICH ICH ICH ) , de Zora Rux / ALEMANHA
PEQUENA PALESTINA, DIÁRIO DE UM CERCO ( YARMOUK, JOURNAL D’UN ASSIÉGÉ ) , de Abdallah Al-Khatib / LÍBANO, FRANÇA, CATAR
POR UM PUNHADO DE FRITAS ( POULET FRITES ) , de Jean Libon, Yves Hinant / FRANÇA, BÉLGICA
POROPOPÓ, de Luís Igreja / BRASIL
PRIMEIRO ENCONTRO ( FIRST DATE ) , de Manuel Crosby, Darren Knapp / EUA
PRISÃO DOMICILIAR ( HOUSE ARREST ) , de Aleksey Guerman Jr. / RÚSSIA
PROCURANDO POR VENERA ( NË KËRKIM TË VENERËS ) , de Norika Sefa / KOSOVO, MACEDÔNIA DO NORTE
QUANDO UMA FAZENDA SE INCENDEIA ( WHEN A FARM GOES AFLAME ) , de Jide Tom Akinleminu / ALEMANHA
QUARENTENA ( MOLODI ) , de Alexander Seliverstov / RÚSSIA
RADIOGRAFIA DE UMA FAMÍLIA ( RADIOGRAPH OF A FAMILY ) , de Firouzeh Khosrovani / NORUEGA, IRÃ, SUÍÇA
REFLEXÃO ( VIDBLYSK ) , de Valentyn Vasyanovych / UCRÂNIA
REGINA, de Alessandro Grande / ITÁLIA
REGRESSO A REIMS (FRAGMENTOS) ( RETOUR À REIMS (FRAGMENTS) ) , de Jean-Gabriel Périot / FRANÇA
ROARING 20’S ( ANNÉES 20 ) , de Elisabeth Vogler / FRANÇA
RODA DO DESTINO ( GÛZEN TO SÔZÔ ) , de Ryusuke Hamaguchi / JAPÃO
SABEDORIA DAS RUAS ( GAEY WA’R ) , de Na Jiazuo / CHINA
SALAMANDRA, de Alex Carvalho / BRASIL, FRANÇA, ALEMANHA
SALOUM, de Jean Luc Herbulot / SENEGAL, FRANÇA
SANGUESSUGAS – UMA COMÉDIA MARXISTA SOBRE VAMPIROS ( BLUTSAUGER ) , de Julian Radlmaier / ALEMANHA
SANREMO, de Miroslav Mandic / ESLOVÊNIA, ITÁLIA
SANS SOLEIL, de Banu Akseki / BÉLGICA, HOLANDA
SARS-COV-2 / O TEMPO DA PANDEMIA, de Eduardo Escorel, Lauro Escorel / BRASIL
SE EU FOSSE LADRÃO… ROUBAVA, de Paulo Rocha / PORTUGAL
SEM DEIXAR RASTROS ( ZEBY NIE BYLO SLADÓW ) , de Jan P. Matuszynski / POLÔNIA, FRANÇA, REPÚBLICA TCHECA
SEXPLICAÇÃO ( A SEXPLANATION ) , de Alex Liu / EUA
SIMON CHAMA, de Marta Sousa Ribeiro / PORTUGAL
SOL, de Lô Politi / BRASIL
SOUAD, de Ayten Amin / EGITO, TUNÍSIA, ALEMANHA
SR. BACHMANN E SEUS ALUNOS ( MR BACHMANN AND HIS CLASS ) , de Maria Speth / ALEMANHA
STILLWATER, de Tom McCarthy / EUA
SUMMER OF SOUL (…OU, QUANDO A REVOLUÇÃO NÃO PODE SER TELEVISIONADA) ( SUMMER OF SOUL (…OR, WHEN THE REVOLUTION COULD NOT BE TELEVISED) ) , de Ahmir Questlove Thompson / EUA
SUPERIOR, de Erin Vassilopoulos / EUA
TARSILINHA, de Celia Catunda, Kiko Mistrorigo / BRASIL
TEMPO RUY, de Adilson Mendes / BRASIL
TERRA DISTANTE ( UZAK ÜLKE ) , de Erkan Yazici / TURQUIA
TERRA ESTRANGEIRA, de Daniela Thomas, Walter Salles / BRASIL
TERRA SILENCIOSA ( CICHA ZIEMIA ) , de Aga Woszczynska / POLÔNIA, ITÁLIA, REPÚBLICA TCHECA
THE BLIND MAN WHO DID NOT WANT TO SEE TITANIC ( SOKEA MIES, JOKA EI HALUNNUT NÄHDÄ TITANICIA ) , de Teemu Nikki / FINLÂNDIA
THE MOST BEAUTIFUL BOY IN THE WORLD, de Kristina Lindström, Kristian Petri / SUÉCIA
THE NIGHT ( LIANG YE BU NENG LIU ) , de Tsai Ming-liang / TAIWAN
TITANE, de Julia Ducournau / FRANÇA
TOVE, de Zaida Bergroth / FINLÂNDIA, SUÉCIA
TRANSVERSAIS, de Émerson Maranhão / BRASIL
TRÊS IRMÃOS ( BRATRSTVO ) , de Francesco Montagner / REPÚBLICA TCHECA, ITÁLIA
TRUMAN & TENNESSEE: UMA CONVERSA ÍNTIMA ( TRUMAN & TENNESSEE: AN INTIMATE CONVERSATION ) , de Lisa Immordino Vreeland / EUA
UM EQUILÍBRIO ( YUKO NO TENBIN ) , de Yujiro Harumoto / JAPÃO
UM FORTE CLARÃO ( DESTELLO BRAVÍO ) , de Ainhoa Rodríguez / ESPANHA
UM HERÓI ( GHAHREMAN ) , de Asghar Farhadi / IRÃ, FRANÇA
UM RIO CORRE, VIRA, APAGA, TRANSFORMA ( A RIVER RUNS, TURNS, ERASES, REPLACES ) , de Shengze Zhu / EUA
UMA NOVA VELHA PEÇA ( JIAO MA TANG HUI ) , de Qiu Jiongjiong / HONG KONG, FRANÇA
UNCLENCHING THE FISTS, de Kira Kovalenko / RÚSSIA
URUBUS, de Claudio Borrelli / BRASIL
VENGEANCE IS MINE, ALL OTHERS PAY CASH ( SEPERTI DENDAM, RINDU HARUS DIBAYAR TUNTAS ) , de Edwin / INDONÉSIA, SINGAPURA
VENICE BEACH, CA., de Marion Naccache / FRANÇA, BRASIL
VERA SONHA COM O MAR ( VERA ANDRRON DETIN ) , de Kaltrina Krasniqi / KOSOVO, MACEDÔNIA DO NORTE, ALBÂNIA
VISÕES DO IMPÉRIO, de Joana Pontes / PORTUGAL
VOCÊ, EU E LÊNIN ( SEN BEN LENIN ) , de Tufan TAstan / TURQUIA
WHAT DO WE SEE WHEN WE LOOK AT THE SKY? ( RAS VKHEDAVT, RODESAC CAS VUKUREBT? ) , de Alexandre Koberidze / ALEMANHA, GEÓRGIA
WHEN THE POMEGRANATES HOWL ( VAGHT-E CHIGH-E ANAR ) , de Granaz Moussavi / AUSTRÁLIA, AFEGANISTÃO
WHO WE ARE – A CHRONICLE OF RACISM IN AMERICA, de Emily Kunstler, Sarah Kunstler / EUA
WHO WE WERE ( WER WIR WAREN ) , de Marc Bauder / ALEMANHA
YOU RESEMBLE ME ( TU ME RESSEMBLES ) , de Dina Amer / EGITO, FRANÇA, EUA
YUNI, de Kamila Andini / INDONÉSIA, SINGAPURA, FRANÇA, AUSTRÁLIA
ZAHORÍ, de Marí Alessandrini / SUÍÇA, ARGENTINA, CHILE, FRANÇA
ZALAVA, de Arsalan Amiri / IRÃ
ZERE ( 3EPE ) , de Dauren Kamshibayev / CAZAQUISTÃO
ZIRALDO – ERA UMA VEZ UM MENINO, de Fabrizia Pinto / BRASIL
ZIRALDO – UMA OBRA QUE PEDE SOCORRO, de Guga Dannemann / BRASIL
De Dr. No a Sem Tempo para Morrer: O ranking da franquia 007
Ao longo de 59 anos, 25 filmes e 6 atores diferentes, James Bond se estabeleceu como um dos ícones definitivos da História do Cinema. Cada era de sua passagem pela Sétima Arte representa um pouco da história da própria mídia, e o lançamento de Sem Tempo para Morrer traz um novo marco em sua trajetória formidável.
Portanto, nada mais justo do que elaborar um ranking com todos os 25 filmes oficiais produzidos pela família Broccoli na MGM (nada de Nunca Mais Outra Vez nessa lista), do pior ao melhor.
Confira abaixo.
25. Os Diamantes São Eternos
Sean Connery simplesmente não largava o osso. Após uma despedida interessante e grandiosa em Só Se Vive Duas Vezes (chegaremos lá), o astro retorna para uma aventura cansada e sem poucas novidades. Salva-se a ambientação em Las Vegas e a dupla de capangas gay que garante ótimos momentos.
24. Viva e Deixe Morrer
Se uma despedida foi abaixo da média, foi logo seguida por uma estreia morna. Roger Moore iniciou sua longa era com um longa que mistura de forma bizarra uma trama de traficantes em Nova York (que funciona) com uma macarronada com vudu e feiticeiros (que definitivamente não funciona). Mas certamente não podemos reclamar da excelente música tema de Paul McCartney.
23. Um Novo Dia para Morrer
Uma galhofa, sem sombra de dúvida. A saída de Pierce Brosnan garantiu a aventura mais exagerada e fantasiosa, com carros invisíveis e raios do sol como armas de um vilão capaz de trocar de etnia. É um filme inegavelmente divertido pelo absurdo, mas cuja trama e seus personagens cartunescos não passam do nível de distração.
22. Quantum of Solace
Após uma recepção sensacional com sua estreia, Daniel Craig tem uma segunda aventura prejudicada pela greve de roteiristas de 2008. Com um filme literalmente sem roteiro definido, Quantum of Solace é um filme desencontrado e genérico, prejudicado também por cenas de ação com uma montagem sofrível e confusa. Ainda bem que, mesmo com material fraco, Craig ainda segura o filme todo.
21. 007 Contra o Foguete da Morte
Mais bizarro do que ver James Bond indo para o espaço sideral, é ver o agente secreto de Sua Majestade na folia do Carnaval do Rio de Janeiro. Isso tudo no mesmo filme, que é definitivamente trash e sofre de um ritmo irregular, mas assim como a despedida de Pierce Brosnan, agrada pelo tom cartunesco e as cenas de ação elaboradas.
20. Marcado para a Morte
O grande e subestimado Timothy Dalton! Sem dúvida entregou um dos retratos mais interessantes e complexos de James Bond, e até uma pena que sua estreia tenha sido com Marcado para a Morte, um filme que definitivamente não é ruim, mas não está à altura do potencial do ator, entregando uma ação competente, mas uma trama esquecível.
19. 007 Contra a Chantagem Atômica
Com a quarta aventura de Sean Connery como 007, uma coisa fica bem evidente: os produtores e artesãos realmente estavam impressionados com cinematografia submarina. Isso fica expresso nas intermináveis cenas de lutas e até batalhas embaixo da água, que encantam num nível técnico, mas contribuem para que A Chantagem Atômica se alongue bem mais do que o necessário. A trama, porém, funciona com uma envolvente intriga de Guerra Fria.
18. Na Mira dos Assassinos
Uma pérola subestimada. A despedida tardia de Roger Moore, já com 57 anos enquanto rodava o filme, é um dos pontos mais massacrados pelos fãs. Uma injustiça, considerando que Na Mira dos Assassinos traz um dos vilões mais carismáticos de 007 na pele de Christopher Walken, além de excelentes cenas de ação envolvendo ícones de Paris e São Francisco com a Torre Eiffel e a Ponte Golden Gate.
17. Somente para seus Olhos
Há um ciclo curioso que costuma se repetir na franquia 007: após um filme mais espalhafatoso, o seguinte costuma ser uma baixada de bola para assumir um tom mais sóbrio. É o caso de Somente para Seus Olhos após O Foguete da Morte, onde temos um Roger Moore bem mais focado e obstinado em uma trama simples, mas eficiente e com boas cenas de ação - e uma ótima Bond Girl com Carole Bouquet.
16. 007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro
Representando um bom salto de qualidade em relação à estreia de Roger Moore no papel, O Homem com a Pistola de Ouro introduz um dos antagonistas mais icônicos da franquia na figura de Christopher Lee como Scaramanga. A força do vilão carrega o filme, que também encontra bons momentos na primeira metade mais investigativa, ainda que o ápice seja mesmo o clímax quase psicodélico com o duelo final.
15. O Amanhã Nunca Morre
Os longas de Pierce Brosnan são produtos de uma era de transição interessante, e sua segunda aventura navega pelo zeitgest dos veículos de informação. A ideia de ter um grande magnata de jornais impresso como grande antagonista é formidável, assim como a memorável parceria entre Bond e a espiã vivida pela espetacular Michelle Yeoh. O Amanhã Nunca Morre só falha mesmo em garantir um espetáculo digno da franquia.
14. Sem Tempo para Morrer
E chegamos então ao novo filme, que marca um fim para a era Daniel Craig do personagem. Sendo também o mais longo de toda a franquia, Sem Tempo para Morrer faz o melhor para tentar amarrar as narrativas anteriores, apostando em uma história forte e que aproveita bem seus coadjuvantes, mesmo com um vilão fraquíssimo e um final extremamente questionável… Ainda assim, um bom filme.
13. O Mundo Não é o Bastante
Uma virada de chave interessante e pouco valorizada de Pierce Brosnan. Em sua terceira aventura, vemos um lado (um pouco) menos cínico e debochado de sua versão de James Bond, envolvido em uma trama interessante e com a excelente Elektra King de Sophie Marceau como uma das figuras mais enigmáticas da franquia. E, de quebra, ainda conta com a excepcional perseguição de barcos na cena de abertura.
12. 007 Contra Octopussy
Roger Moore já estava com os dias contados como James Bond, e novamente temos uma opinião impopular aqui. Octopussy traz uma das antagonistas mais interessantes na figura da personagem titular, e garante também as cenas de ação mais impressionantes da era Moore: o prólogo com o avião, a luta sob os vagões de trem e o clímax absurdamente bem filmado nos céus. Um filme subestimado.
11. Só Se Vive Duas Vezes
A primeira despedida de Sean Connery da franquia rendeu o filme que, até então, era o mais grandioso da saga. E os pontos altos realmente são impressionantes, desde a condução épica de Lewis Gilbert, as cenas de ação espetaculares e a introdução do icônico Ernst Stavro Blofeld de Donald Pleasence. Não fosse o segundo ato maçante com Bond adentrando na cultura japonesa, estaria mais alto na lista.
10. 007 Contra Spectre
Hora da defesa! Sim, a revelação acerca da conexão entre Bond e Blofeld é bem cafona, o roteiro tem lá seus buracos, mas a verdade é que Spectre compensa tudo isso em seus quesitos técnicos. A direção de Sam Mendes, aliado com o fotógrafo Hoyte van Hoytema, é elegante e impressionante: desde o plano sequência no Dia dos Mortos no México até o clímax em uma Londres dominada nas trevas. Um filme imperfeito, mas que entretém e envolve.
9. Permissão para Matar
Agora sim. Após uma estreia pouco memorável, Timothy Dalton tem um material muito melhor para brilhar como o James Bond mais vingativo de toda a franquia. Depois de perder sua licença para matar do MI6, Bond sai em uma missão totalmente pessoal contra um cartel de drogas, rendendo uma performance sensacional de Dalton e um grande embate com o maléfico vilão Sanchez. O precursor da era Craig!
8. 007 Contra GoldenEye
Trazendo James Bond à década de 90 com muito estilo, GoldenEye foi um ótimo reboot e uma introdução marcante para Pierce Brosnan no papel. É um filme que atualiza a Guerra Fria para questões de cyber terrorismo e que, pela primeira vez, questiona o papel de Bond em um mundo moderno. Um ótimo trabalho de Martin Campbell, que ainda terá mais uma menção nessa lista.
7. Moscou Contra 007
Após o sucesso do primeiro filme, Moscou contra 007 aumenta a escala e a grandiosidade de sua trama. Um clássico thriller de Guerra Fria que tem excelentes vilões e cenas de ação bem superiores ao original. Estaria até mais alto na lista não fosse a interminável (e absolutamente descartável) sequência das ciganas lutadoras.
6. 007 Contra o Satânico Dr. No
O filme que começou tudo. Desde que Sean Connery aparece entregando sua clássica introdução como James Bond, uma das maiores franquias da História do Cinema tem início. E o filme de Terence Young envelheceu como vinho: é uma trama de espionagem bem pé no chão, envolvente e cheia de surpresas fascinantes, sendo bem conduzida pela performance marcante de Connery.
5. O Espião que me Amava
Roger Moore definitivamente teve mais baixos do que altos em sua carreira como James Bond, mas seu ápice representa também um dos melhores exemplares da franquia toda. Equilibrando a leveza de sua introdução com uma trama mais sóbria e digna dos conflitos da Guerra Fria, O Espião que me Amava acerta na parceria de Bond com a agente russa vivida por Barbara Bach, rendendo uma excelente dinâmica, ótimas cenas de ação e a memorável introdução do capanga Jaws. Um Bond sem defeitos!
4. 007 Contra Goldfinger
Dr. No foi o filme que apresentou James Bond, mas foi só em sua terceira aventura que Sean Connery aperfeiçoou a fórmula ideal que seria sustentada por mais de 50 anos. Bem mais à vontade no papel, Connery protagoniza uma trama com um vilão megalomaníaco, ganha um supercarro, Bond Girls marcantes e apetrechos especiais para garantir uma aventura praticamente perfeita.
3. A Serviço Secreto de Sua Majestade
Justiça para George Lazenby! Apesar de ser o ator menos querido pelos fãs, e seu retrato realmente fica aquém dos demais, é inegável que ele seja o protagonista de um dos melhores filmes de toda a saga. Após a saída de Sean Connery, os produtores recorreram para um perfil bem diferente para James Bond, apresentando um homem imperfeito, mais romântico, mas completamente bom de briga. Um filme elegante, bem dirigido e com uma das melhores personagens da franquia com a eterna Diana Rigg.
2. Operação Skyfall
Uma promessa concretizada com sucesso. Daniel Craig equilibra o melhor de sua performance mais sisuda e sóbria de James Bond com o romantismo do passado em uma aventura que serve mais como estudo de personagem sobre a própria franquia. É um filme intenso, excepcionalmente bem dirigido e com um trabalho sobrenatural do fotógrafo Roger Deakins, além de contar com um divertidíssimo vilão com o exagerado Javier Bardem. É um presente em forma de filme.
1. Cassino Royale
Comentei em alguns pontos desta lista sobre como a franquia costuma se reinventar após um exemplar muito fantasioso. O impacto da mudança de Um Novo Dia para Morrer até Cassino Royale é inigualável. A estreia de Daniel Craig é a melhor modernização do personagem até hoje, perfeitamente posicionando James Bond na paranóia do pós-11 de Setembro em uma trama mais violenta, pé no chão e que consegue fazer até um jogo de pôquer parecer perigoso - não que o diretor Martin Campbell não acerte na ação, claro. Muito mais do que o melhor filme da franquia 007, Cassino Royale é um dos melhores filmes de ação de todos os tempos.
Crítica | What If...? - 01x09: E Se... o Vigia Quebrasse seu Juramento?
É isso aí. Como disse o Doutor Estranho no quarto filme dos Vingadores, é hora do Ultimato. Surpreendentemente, o rumo que What If…? toma em sua reta final é o de quebrar seu aparente formato de antologia e se revelar como uma grande narrativa contínua que unifica todas as histórias que vimos antes; quase como a primeira união dos Vingadores em 2012. O resultado em E Se... o Vigia Quebrasse seu Juramento?, apesar de pouco profundo, é extremamente divertido.
Após o caos instalado pelo Ultron destemido do episódio anterior, o Vigia é forçado a finalmente interferir no multiverso e reunir um time de heróis para deter a poderosa inteligência artificial. O grupo conta com os protagonistas de todos os episódios anteriores, trazendo de volta a Capitã Carter, o T’Challa Senhor das Estrelas, Thor Festeiro, Killmonger Rei de Wakanda, Doutor Estranho Corrompido e também apresentando uma nova versão de Gamora, de Guardiões da Galáxia.
O season finale de What If…? é literalmente uma grande cena de ação. O episódio escrito por A.C. Bradley corre pelas introduções e interações entre seus personagens principais, não oferecendo tanta profundidade na relação do grupo, mas ao menos maneirando no humor infantil que prejudica tanto os anteriores. É uma dinâmica bem parecida com o primeiro filme dos Vingadores, mas comprimida em um espaço de tempo menor e mais acelerado do que o longa de Joss Whedon.
Os Guardiões do Multiverso!
Com uma história rasa, o que o episódio nos resta mesmo é mostrar a ação. Felizmente, trata-se de uma melhora considerável quando nos lembramos dos fracos exemplares no início da temporada, com Bradley e o diretor Bryan Andrews explorando ao máximo as habilidades e combinações de poderes de seus heróis. Afinal, o episódio anterior se divertiu com o poder ilimitado de um Ultron sob posse de Joias do Infinito, mostrando-se um adversário à altura. Temos aqui então empolgantes embates do robô maligno contra os trovões de Thor, a magia negra de um Doutor Estranho possuído por Lovecraft e até mesmo uma combinação intrigante entre Capitã Carter e a Viúva Negra “Mad Max”. Boa ação que os fãs do gênero certamente vão gostar.
Após o espetáculo formidável, Bradley oferece a única camada de dramaticidade profunda do episódio. Posteriormente à batalha, todos os heróis do recém-batizado grupo Guardiões do Multiverso precisam voltar para suas respectivas realidades, não importando o quão destruídas e fraudulentas estejam. Isso garante um diálogo bem interessante entre o Vigia e a Viúva Negra, condenando seu ato voyeur e quase quebrando a quarta parede ao indagar que “nossas vidas são apenas histórias para você”. O que se segue é uma troca de falas de um nível quase metalinguístico sobre a arte de contar histórias, oferecendo uma dose emotiva surpreendentemente efetiva.
E assim termina o primeiro ciclo de What If…?, uma obra que teve muitos altos e baixos, mas chega em um desfecho que parece justificar tudo. Até os piores dos episódios (como aquele dos Zumbis) ganham ao menos uma menção criativa no episódio final, revelando que nenhum dos episódios foi jogado de forma aleatória.
What If...? - 01x09: E Se... O Vigia Quebrasse seu Juramento? (What If... The Watcher Broke His Oath?, EUA - 2021)
Showrunner: A.C. Bradley
Direção: Bryan Andrews
Roteiro: A.C. Bradley
Elenco: Jeffrey Wright, Hayley Atwell, Chadwick Boseman, Michael Rooker, Josh Keaton, Samuel L. Jackson, Toby Jones, Bradley Whitford, Ross Marquand, Chris Hemsworth, Michael B. Jordan, Benedict Cumberbatch
Gênero: Aventura
Streaming: Disney+
Duração: 35 min
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O melhor do nada! Os 10 episódios definitivos de Seinfeld
Seinfeld, a maior sitcom da história da televisão americana, finalmente está disponível no streaming da Netflix. É uma série que marcou os anos 90 e que permanece relevante e engraçada até hoje, então nada melhor do que ranquear os episódios mais especiais da obra prima criada por Larry David e Jerry Seinfeld.
Confira abaixo nossa seleção!
The Chinese Restaurant (2ª Temporada)
É um dos episódios que melhor define o nível de experimentalismo e humor nonsense da série. Além de se passar em tempo real, a trama de The Chinese Restaurant é o tipo de momento que veríamos sendo cortado em outras narrativas: os personagens passam todo o episódio esperando uma mesa para jantar, elaborando os mais diversos diálogos, conflitos e até apostas enquanto a fome cresce.
The Pitch (4ª Temporada)
É engraçado se referir a Seinfeld como a “série sobre o nada”, devido a sua insistência em tramas cotidianas e eventos mundanos. Imagino que a brincadeira chegou a um nível onde Jerry e Larry David se viram num beco sem saída e apostaram na metalinguagem: neste episódio, Jerry e George começam a escrever uma série sobre suas próprias vidas, literalmente espelhando os eventos da vida real que levaram à criação de Seinfeld - que na série, claro, se chama Jerry. Uma deliciosa metalinguagem.
The Contest (4ª Temporada)
Um clássico da comédia americana… É também uma das peças definitivas para entender a psique de Larry David, que viria a explorar mais frustrações sexuais em Curb Your Enthusiasm. No episódio, que é um dos mais premiados da série, Jerry, George, Elaine e Kramer fazem uma aposta de abstinências de masturbação. Não apenas rende resultados e consequências hilárias, mas é uma aula de roteiro ao ponto de nunca usar a palavra masturbação ou outros termos do tipo. I’m out!
The Puffy Shirt (5ª Temporada)
O nascimento de um ícone. Entre subtramas maravilhosas, que envolvem a impagável situação em que George descobre seu talento para ser um modelo de mãos, o grande destaque de The Puffy Shirt é a horrorosa camisa bufante que Jerry é forçado a usar em um evento beneficente, que lhe dá a hilária aparência de um pirata. Excepcional.
The Pie (5ª Temporada)
Mistérios idiotas costumam render as melhores histórias de Seinfeld, com a falta de soluções sendo cereja no topo do bolo. E por falar em sobremesas, é justamente esse o grande mistério do episódio: a atual namorada de Jerry se recusa a comer um pedaço de uma torta, provocando uma dúvida cruel e angustiante no protagonista. A mais banal das premissas, mas que rende reviravoltas espetaculares.
The Airport (7ª Temporada)
Por mais que a série encontre grandes picos de brilhantismo ao confinar seus personagens em espaços isolados, temos exemplos de grandes episódios que levam a turma pelas ruas e além. Um formidável exemplar é a aventura noturna de desencontros em aviões e dois aeroportos diferentes, que rendem conflitos de classe dentro de uma aeronave, um condenado a prisão perpétua e Kramer ciente de que um estranho lhe deve dinheiro.
The Soup Nazi (7ª Temporada)
Grande charme de Seinfeld está nos coadjuvantes esquisitos que aparecem aqui e ali em cada narrativa. Definindo perfeitamente o humor nova-iorquino de “pessoas estranhas”, The Soup Nazi nos apresenta a um ranzinza sopeiro que é famoso por ter a melhor sopa da cidade, mas também apresenta um desafio devido a seu temperamento explosivo. Ver Jerry, George e especialmente Elaine enfrentando a “gestapo" do Sopeiro é um dos grandes deleites da série.
The Bizarro Jerry (8ª Temporada)
Quando Larry David deixou o núcleo criativo de Seinfeld, a série passou por uma fase curiosa. Sim, as histórias ainda eram baseadas em conflitos e picuinhas cotidianos, mas agora com um elemento estranhamente fantasioso. A porta de entrada desse estilo vem com The Bizarro Jerry, onde a turma encontra um “mundo invertido” com versões antagônicas de seus integrantes habitando Nova York.
The Little Kicks (8ª Temporada)
Apesar de ser o nome de Jerry Seinfeld que literalmente encabeça a série, não subestimem o talento cômico de Julia Louis-Dreyfus. É aqui que a brilhante comediante oferece uma de suas performances físicas mais hilárias com a estranhíssima dança de Elaine, que rende repercussões impagáveis. E o episódio ainda se beneficia de situações engraçadas onde George tenta agir como bad boy para impressionar uma mulher e Jerry e Kramer se metem em pirataria de filmes.
The Betrayal (9ª Temporada)
Pessoalmente, meu episódio preferido da série toda. Apesar da saída de Larry David, os roteiristas e produtores continuaram com ideias subversivas e que desafiavam o formato da TV. O ápice criativo do show está em The Betrayal, conhecido por ser o episódio “ao contrário”, onde todos os eventos se desenrolaram da última cena até a abertura. Simplesmente brilhante em termos de roteiro, piadas e situações que realmente só ficam engraçadas pelo desenrolar reverso. E foi feito anos antes de Amnésia, de Christopher Nolan, hein.
Crítica | Venom: Tempo de Carnificina é tão bobo que diverte
Lançado originalmente em 2018, Venom é um daqueles acidentes. Um projeto nascido de pura ganância e vontade do produtor Avi Arad em vender mais bonequinhos do vilão do Homem-Aranha (mesma motivação para colocá-lo no derradeiro filme da trilogia de Sam Raimi), o filme estrelado por Tom Hardy foi uma grande bagunça e que não trouxe bons resultados. Bem, pelo menos não intencionais. Por um âmbito de paródia e humor acidental, Venom foi uma experiência divertida e engraçada, principalmente pela performance amalucada de Hardy. E, claro, esse pequeno acidente quase bateu 1 bilhão de dólares nas bilheterias mundiais. Venom: Tempo de Carnificina
O que nos leva a este Venom: Tempo de Carnificina, que se encaixa naquele tipo de sequência que felizmente aprende com o anterior. Aprende no sentido de apostar em mais drama? Mais sofisticação? Uma conversinha com Kevin Feige? De jeito algum. O que acontece aqui é uma aposta em mais idiotices e uma paródia assumida. O resultado é surpreendentemente agradável.
A trama volta a acompanhar a problemática relação entre Eddie Brock (Hardy) e o simbionte alienígena Venom, que tentam superar suas diferenças e ajudar um ao outro. Como forma de alavancar sua carreira jornalística, Brock entrevista o serial killer condenado Cletus Kasady (Woody Harrelson), um maníaco obcecado em se reencontrar com sua antiga namorada, Frances (Naomie Harris). Durante uma entrevista, Cletus acaba pegando parte do simbionte alienígena, transformando-se no letal Carnificina, um novo inimigo tanto para Brock quanto para sua cara-metade canibal.
Venom & Eddie: Feitos Um Para o Outro
Escrito por Kelly Marcel (da adaptação de Cinquenta Tons de Cinza) a partir de uma ideia que desenvolveu com o próprio Tom Hardy, o roteiro é de uma simplicidade impressionante. Enquanto tantos outros filmes do gênero estão preocupados em construir universos e relações entre outras obras da mesma franquia, chega a ser um alívio perceber que o grande foco de Tempo de Carnificina é mesmo a relação entre seus dois personagens centrais. Já havia uma piada na época do primeiro filme sobre Venom e Eddie serem um tipo de casal perturbado, e o segundo filme definitivamente abraça esse conceito: são constantes DRs, brigas sobre alimentação e beats mais apropriados para uma comédia romântica dos anos 90 do que um filme com personagens digitais se batendo.
Com um texto tão focado em seus personagens, é ótimo ver que o elenco sabe exatamente no que está se metendo. Tom Hardy oferece mais de sua performance insana e exagerada do primeiro filme, agora tendo também mais oportunidades para desenvolver a personalidade de Venom através de um ótimo (e engraçado) trabalho vocal. Já a adição de Woody Harrelson oferece uma paródia assumida, onde o astro parece se divertir ao imitar trejeitos e vozes que geralmente vemos em longas de temática criminal, tendo uma química surpreendentemente convincente com Naomie Harris; esta, completamente insana no papel de uma personagem que - sem explicação alguma - é uma mutante capaz de um grito super sônico, voltando a seus tempos de Tia Dalma da saga Piratas do Caribe.
E faço também uma menção especial para Michelle Williams, que retorna em um papel bem menor do que no original, mas onde revela uma capacidade de se entregar para a brincadeira de uma forma que poucos astros “de prestígio” tem coragem de assumir; no caso, quando ela dá uma bronca em um Venom ciumento.
Direção preciosa? Venom: Tempo de Carnificina
Na direção, é curioso ver o nome de Andy Serkis, mais conhecido por seu trabalho com personagens digitais em Planeta dos Macacos e O Senhor dos Anéis. Justamente por isso, é um pouco decepcionante ver que as expressões e animações tanto de Venom quanto de Carnificina continuam bem borrachudas como no filme original, mas ao menos Serkis e sua equipe de efeitos são mais criativos ao lidar com as transformações - especialmente na “destruição” facial de Cletus ao se transformar no vilão titular.
A ação em si também é pouco inspirada e deixa a desejar perto do trabalho de Ruben Fleischer no primeiro (que já nem era tão bom), sendo bem fácil se perder no meio da pancadaria gosmenta e atrapalhada. Dito isso, há alguns momentos em que o diretor de fotografia Robert Richardson (o último nome que eu imaginaria para um projeto de gosmas se batendo) consegue imprimir sua marca e pintar belos quadros: o principal deles envolvendo um casamento “maligno" entre Cletus e Frances, rendendo uma verdadeira pintura expressionista dentro de uma igreja com vitrais digna da fase mais experimental de Francis Ford Coppola.
Não espere nada “sério” de um filme como Venom: Tempo de Carnificina. É bem evidente que os produtores entenderam o que desenvolver e levar adiante do primeiro filme, dando origem a um longa que é assumidamente satírico e pastelão, mas que apresenta um charme inegável na relação bizarríssima de seu protagonista duplo. É rápido, descompromissado e pode arrancar algumas risadas.
Venom: Tempo de Carnificina (Venom: Let There Be Carnage, EUA - 2021)
Direção: Andy Serkis
Roteiro: Kelly Marcel
Elenco: Tom Hardy, Woody Harrelson, Naomie Harris, Michelle Willams, Stephen Graham
Gênero: Comédia, Aventura
Duração: 97 min
https://www.youtube.com/watch?v=K1TloEu4EXA
Crítica | 007 - Sem Tempo para Morrer se despede de Daniel Craig
Com 59 anos de franquia, 25 filmes e 6 atores diferentes responsáveis por sua caracterização, James Bond é um dos ícones inegáveis da História do Cinema. Ao longo dessa jornada imprevisível, foram muitos altos e baixos enquanto o agente 007 se adequava à mudança dos tempos e lutava para sobreviver - não apenas dos mais variados tipos de vilões, mas da mesma coisa que tem assolado a versão mais recente do personagem: a irrelevância. É justamente essa questão que 007 - Sem Tempo para Morrer tenta discutir, ao mesmo tempo em que se esforça para oferecer uma despedida altamente emocional para a versão eternizada por Daniel Craig.
A trama segue os eventos de todos os filmes anteriores da era Craig, mas especificamente 007 Contra Spectre. Nela, vemos Bond e Madeleine Swann (Léa Seydoux) vivendo amorosamente após a aposentadoria do protagonista do MI6. Quando o casal é atacado por agentes da Spectre, Bond precisa voltar a colaborar com o serviço secreto britânico, ao mesmo tempo em que o sequestro de um cientista russo evidencia o plano macabro do misterioso Safin (Ramin Malek), uma figura do passado de Madeline que coloca a sobrevivência do mundo todo em xeque.
Adeus às Armas
Diferentemente de suas encarnações passadas, a versão de Daniel Craig para James Bond oferece uma narrativa longa no decorrer de seus cinco filmes. Não seria nenhum absurdo taxar todos esses filmes como a “Tragédia de Vesper Lynd”, já que a enigmática personagem de Eva Green em Cassino Royale tem sua sombra projetada em todos os demais capítulos, e até mesmo em Sem Tempo para Morrer. Dessa forma, o roteiro que traz de volta a dupla Robert Wade e Neal Purvis (veteranos da franquia desde O Mundo Não é o Bastante), o diretor Cary Joji Fukunaga e a brilhante comediante Phoebe Waller-Bridge procura a forma mais eficiente de amarrar todas essas histórias em uma narrativa única, contando também com o benefício da certeza de que este filme é o último do intérprete do personagem - algo que nunca havia ocorrido com 007 até então.
O resultado é misto. No que diz respeito à trama central envolvendo a ameaça de Safin, o longa volta o olhar fortemente para os filmes da década de 60 estrelados por Sean Connery, apostando em planos mirabolantes, grandes bases secretas de vilões e um tom de Guerra Fria entre o MI6, a Spectre e Safin que soaria até cartunesco perto da proposta mais realista de Cassino Royale. Não é a decisão mais equilibrada, mas funciona graças à força da direção (mais sobre isso, em alguns instantes) e o carisma de todos os envolvidos. Quando o filme volta sua atenção para a “alma"de James Bond, o resultado não é tão satisfatório: é como se a necessidade de um encerramento forçasse uma reviravolta emocional desenvolvida às pressas (apesar da duração de quase 3 horas), e que não vai agradar quem já ficou insatisfeito com o arco amoroso apresentado em Spectre.
Ainda assim, mesmo com decisões de roteiro que variam entre erros e acertos, a maior parte do elenco faz valer a investida. Já tendo se provado como o Bond definitivo, Daniel Craig tem a oportunidade de oferecer sua performance mais emocional e vulnerável aqui, além de trazer um senso de humor extremamente bem dosado com a fúria habitual de seu personagem. Fico feliz também de ver o elenco de apoio do MI6, formado por Ralph Fiennes, Naomie Harris e Ben Whishaw, muito bem entrosado e aproveitado pela história e ação, que também se beneficia da excelente Lashana Lynch como uma nova e habilidosa agente 00 e da carismática Ana de Armas em uma ponta muito divertida e empolgante.
Léa Seydoux também ganha um material bem mais interessante para se trabalhar do que em Spectre, evidenciando mais do trauma e dos dilemas de sua Madeleine Swann. E se Rami Malek decepciona ao criar um dos vilões mais esquecíveis de toda a franquia até então, Christoph Waltz surpreende por trazer um Blofeld bem mais assustador e convincente em uma cena que remete a O Silêncio dos Inocentes. Mas meu grande destaque fica mesmo com a relação entre Bond e o Felix Leiter de Jeffrey Wright, cujo sentimento de amizade e camaradagem é o mais forte entre os agentes do MI6 e CIA que vimos na cinessérie até então.
O toque americano
No que diz respeito à direção, o talentoso Cary Joji Fukunaga (mais conhecido pelo trabalho formidável na primeira temporada de True Detective) atende a todas as necessidades da história. A megalomania temática que comentei lá atrás é bem traduzida visualmente através de sets gigantescos e uma fotografia bem mais granulada e suja (assinada por Linus Sandgren, oscarizado por La La Land) do que os filmes comandados por Sam Mendes; o que - intencionalmente ou não - acaba garantindo essa nostalgia pelos filmes de Connery; em particular, a grandiosidade do subestimado Com 007 Só Se Vive Duas Vezes.
As cenas de ação acabam cedendo espaço para muita atmosfera e momentos dramáticos, que funcionam bem. No quesito de pirotecnia, há ótimas sequências que aproveitam com frescor a beleza de locações na Jamaica, Cuba e especialmente Matera, na Itália, que serve de palco para uma ótima perseguição de carro envolvendo o icônico Aston Martin DB5. Ainda assim, confesso que nada que se equipare à elegância de Sam Mendes em Skyfall ou o brilhantismo de Martin Campbell em Cassino Royale, e que também carece de uma trilha sonora verdadeiramente marcante - onde Hans Zimmer parece mais confortável em reprisar temas antigos (com destaque para uma rendição lindíssima de A Serviço Secreto de Sua Majestade) do que trazer algo realmente novo. Apesar de, pessoalmente, eu ser um grande fã do tema musical cantado por Billie Eilish.
Não é exagero dizer que nunca houve um filme de 007 como Sem Tempo para Morrer. Certamente é uma obra que tem ciência da história que está contando e da homenagem que presta a Daniel Craig e sua era fantástica, em uma experiência de altos e baixos, mas que é indubitavelmente corajosa. A conclusão vai render muitos debates entre os fãs, e a expectativa pelo futuro da saga do espião britânico só fica maior e mais curiosa.
007 - Sem Tempo para Morrer (No Time to Die, Reino Unido - 2021)
Direção: Cary Joji Fukunaga
Roteiro: Robert Wade, Neil Purvis, Cary Joji Fukunaga, Phoebe Waller-Bridge
Elenco: Daniel Craig, Rami Malek, Léa Seydoux, Ben Whishaw, Ralph Fiennes, Naomie Harris, Jeffrey Wright, Christoph Waltz, Lashana Lynch, Ana de Armas, Billy Magnussen, Rory Kinnear
Gênero: Aventura, Ação
Duração: 163 min
https://www.youtube.com/watch?v=kCyjw0z-5KI
Crítica | Star Wars: Visions - 1ª Temporada - Uma nova perspectiva para a saga
Após uma evidente saturação de Star Wars nos cinemas, entre uma nova trilogia e filmes derivados, a saga criada por George Lucas parece estar encontrando novas vozes e caminhos no mundo das séries. Depois do sucesso de The Mandalorian e as animações em 3D de Dave Filoni, uma das apostas mais ousadas da LucasFilm para a valiosa franquia acaba de chegar no streaming do Disney+: Star Wars: Visions, uma antologia de anime produzida por diversos estúdios japoneses.
Para analisar a obra completa mais a fundo, eu e o Matheus Fragata dividiremos a tarefa de escrever textos sobre todos os episódios da temporada.
Confira abaixo!
O Duelo
Para iniciar a antologia, nada mais apropriado do que uma boa dose de Akira Kurosawa, por mais óbvio que possa parecer. O Duelo coloca um pequeno e modesto vilarejo sob a mira de renascentes do Império, que logo invadem o local com Stormtroopers a fim de explorar os pobres habitantes. Felizmente, um valente guerreiro treinado pela Força está escondido entre a população, partindo de frente com uma sinistra Lady Sith.
O grande destaque da estreia é mesmo o traço visual. Sob a direção de Takanobu Mizuno, o curtíssimo episódio é excepcional em misturar os elementos de ficção científica da saga espacial com a arquitetura e textura rústica/feudal de longas japoneses, especialmente Ran e Os Sete Samurais, de Kurosawa. A estética preto e branco e até mesmo os ruídos de “película" garantem uma grande imersão na história; que é simples, mas perfeitamente funcional.
O embate que se segue entre o misterioso guerreiro da Força e a forasteira do Lado Sombrio é o grande destaque. Não só pela interação estimulante entre os dois (especialmente quando vemos a cor de ambos os sabres de luz), mas também pela inventividade nos golpes, lutas e o mecanismo peculiar da vilã para atacar o vilarejo. Um excelente episódio de estreia. - LN
Balada de Tatooine
Mudando radicalmente de tom e estética, Balada de Tatooine é uma aventura bem mais simples e ingênua. Aqui, acompanhamos algo que raramente vemos em destaque na saga Star Wars: uma banda, e não falo meramente do grupo de alienígenas da cantina, mas literalmente de um grupo musical com aspirações fortes ao rock n’roll. Tudo fica mais interessante quando um dos integrantes se vê na mira de ninguém menos do que o caçador de recompensas Boba Fett, que pretende levá-lo como prêmio para o gângster Jabba, o Hutt.
É uma história igualmente simples e que se mantém ligada mais ao universo e a interação entre seus personagens. Infelizmente, nenhum dos integrantes da banda central é muito interessante, e é mesmo a figura icônica de Boba Fett (assim como sua incrível espaçonave) quem garante o maior destaque no episódio, além de protagonizar uma ótima sequência de ação que envolve uma perseguição pelo espaço.
Dada a temática do episódio, Balada de Tatooine também é a oportunidade ideal de abordar a musicalidade que muitos animes adoram explorar em diferentes obras. O grande clímax do episódio troca os blasters e sabres de luz por um grande show musical na arena de Tatooine, onde o poder da música precisará convencer Jabba sobre suas decisões de executar ou não um dos membros da banda. Um pouco mão pesada e brega demais para o meu gosto, mas não deixa de ser um episódio divertido e com um bom ritmo. - LN
Os Gêmeos
Que viagem. De todos os episódios dessa primeira fase da antologia, o conflito de dualidade de Hiroyuki Imaishi talvez seja o experimento mais radical dos limites da linguagem de anime com a mitologia Star Wars. Na trama, acompanhamos um par de gêmeos criados pelo Lado Sombrio da Força para dominar a galáxia: Am e Karre. No episódio em que os encontramos, porém, é justamente quando um grandioso duelo acontece entre os dois.
De muitas formas, Os Gêmeos consegue conversar com Star Wars tanto pela superfície quanto pela temática. É uma história sensacional que consegue abordar diferentes cantos da mitologia da Força, até mesmo se saindo bem em aprimorar uma ideia defeituosa do problemático A Ascensão Skywalker (no caso, a díade entre Rey e Kylo Ren), e também brincar com a temática de gêmeos vista naquela entre Luke Skywalker e Leia Organa e até pintar uma bela representação visual com o pôr do sol binário de Tatooine.
E falando em visual… Não só Imaishi consegue resgatar alguns dos desenhos conceituais mais primordiais de Ralph McQuarrie para o primeiro filme de George Lucas (vide o espetacular design da máscara de Am, remanescente de Darth Vader), mas também reinventar momentos cinematográficos da saga em uma linguagem vibrante e com desenhos de encher os olhos: seja de chicotes de luz, cristais kyber sendo usados para cortar cruzadores espaciais e até mesmo uma memorável homenagem ao golpe de hyperdrive introduzido por Rian Johnson em Os Últimos Jedi. Um verdadeiro deleite visual.
De todos os episódios da antologia, este é o que mais me provocou vontade em continuar seguindo seus personagens. - LN
A Noiva Aldeã
Após três episódios de ritmo quase frenético e intensos, A Noiva Aldeã pisa no freio para um episódio bem mais contemplativo e de ambições estranhamente poéticas. Na trama, acompanhamos dois Jedi que se escondem em um planeta ameaçado por remanescentes dos Separatistas (os principais antagonistas da trilogia prelúdio da saga). O grande conflito é se a Jedi aprendiz vai se revelar a fim de salvar a filha de o aldeão, que está sendo usada como caução para o líder dos separatistas.
Infelizmente, demora até que o episódio de Hitoshi Haga alcance todo o seu potencial. Os personagens têm um bom design e, pessoalmente, adoro a ideia de explorar os droides de batalha sobressalentes da trilogia prelúdio como vilões, mas o roteiro focado na noiva aldeã do título não vai muito além de estereótipos de fábulas de princesas e samurais. E é uma questão de gosto, mas nunca fui fã da técnica de animação que mantém uma imagem “congelada” e apenas movimenta elementos de apoio.
O episódio consegue fazer a visita em seus minutos finais, quando a Jedi protagonista enfim toma uma decisão impactante, resultando em uma bela e bem orquestrada sequencia de ação. Ainda assim, um dos pontos baixos da antologia até então. - LN
O Nono Jedi
Diretamente da mente de Kenji Kamiyama, responsável pelo elogiado anime Ghost in the Shell: Stand Alone Complex, O Nono Jedi é atualmente o episódio mais elogiado da temporada.
Trazendo uma história simples na qual um misterioso homem convoca Jedis ao redor das galáxias para serem presenteados com sabres de luz, o episódio funciona muitíssimo bem e poderia facilmente render um filme completo. Muito coeso e bem cadenciado, o episódio de pouco mais de vinte minutos consegue prender o espectador.
Contando com uma boa reviravolta, inclusive expandindo o lore sobre como os sabres de luz podem funcionar, o episódio termina repleto de ação e com diversas pontas soltas para serem exploradas nas próximas temporadas. Ainda conta com os clichês clássicos de Star Wars, mas não chegam a incomodar - há elementos parecidíssimos com Rogue One aqui. - MF
T0-B1
Inspirado muito por Astro Boy, incluindo no design do personagem-título do episódio, T0-B1 é um dos episódios mais fracos e bobinhos da temporada, embora tenha sua parcela de profundidade com algumas reviravoltas óbvias.
O diferencial do episódio é trazer a história desse droide que é fissurado em se tornar um Jedi. Apresentando conceitos novos como mostrar um ser artificial sensitivo à Força em uma narrativa um tanto apressada, o episódio não deve conquistar espectadores um pouquinho mais velhos, afinal se trata de uma das histórias mais infantis da temporada.
Um conto que mistura o anime já citado com Pinóquio. O conceito é original, mas é uma pena que esteja fadado a uma história ligeira com personagens ingênuos demais. - MF
O Ancião
Um dos episódios melhores animados, com traços clássicos de animes mais, digamos, delicados, O Ancião é uma boa história centrada na relação de um mestre Jedi com seu padawan partindo a um planeta longínquo da Orla Exterior após sentirem uma forte perturbação na Força.
Apesar de não ser propriamente uma história de detetive, há uma aura muito presente de suspenses protagonizados por duplas de policiais o que me levou a desejar muito uma história de investigação Jedi com os personagens caçando um serial killer Sith.
Não é o caso, apesar das pinceladas no tema. O foco fica na ação samurai clássica, assim como vista em grandes obras de Kurosawa e Kobayashi. Há muita história para ser explorada aqui, mas infelizmente muitas coisas ficam na sugestão.
Também trata-se de um ótimo piloto para uma série focada na relação dos personagens que cativam bastante. - MF
Lop & Ocho
Lop & Ocho provavelmente talvez seja o episódio mais anime da temporada inteira. Com a representação nipônica mais forte, a história cativa pelos destinos separados que as irmãs Lop e Ocho trilham em seus caminhos individuais. Uma tentada pela Luz e outra pela Sombra.
Assuntos como família reverberam bastante, incluindo a força da amizade tão presente em animes shonen como Naruto. A animação é realmente espetacular e conta com um filtro granulado bastante estilizado conferindo uma atmosfera única.
Embora a cisão entre as personagens aconteça muito rapidamente e seja uma repetição de diversas histórias de “resgatar fulano do Lado Nego” que já vimos tantas vezes na franquia, trata-se de uma boa história que, regada com os elementos nipônicos, cativa bastante. O problema, que é algo que permeia praticamente toda a temporada, é o final aberto.
Fica a sensação que as produtoras estavam tentando fazer pitches para a Disney encomendar novas séries oriundas desses episódios. - MF
AKAKIRI
Fechando a temporada, AKAKIRI é um episódio um tanto desafiador pela estética do traço, bem mais simplista lembrando as técnicas utilizadas em Devilman Crybaby. A história fica muito na sugestão e não possui muita substância ao acompanharmos um cavaleiro Jedi indo ao encontro de uma princesa na busca de restituir a ordem monárquica em um planeta após um golpe de estado.
Repetindo basicamente o mesmo arco de Anakin e Padmé na trilogia prequel, não há nada de realmente novo nessa história além da estética. Extremamente curto para uma história relativamente densa, AKAKIRI pelo menos traz iterações diferentes de C-3PO e R2-D2 nas figuras dos guias que acompanham os protagonistas.
É funcional, mas certamente um dos mais fracos, além de contar com o final aberto mais sem sentido da temporada inteira. - MF
Star Wars: Visions - 1ª Temporada (EUA/Japão, 2021)
Showrunner: Kanako Shirasaki
Direção: Eunyoung Choi, Abel Gongora, Hitoshi Haga, Yuki Igarashi, Hiroyuki Imaishi, Kenji Kamiyama, Taku Kimura, Takanobu Mizuno, Masahiko Ôtsuka
Elenco (EUA): Andrew Kishino, Jaden Waidman, Alison Brie, Kyle Chandler, Temuera Morrison, Jamie Chung, Karen Fukuhara, Neil Patrick Harris, Henry Golding, Joseph Gordon Levitt, Kimiko Glenn, David Harbour, Simu Liu, Masi Oka, James Hong, Brian Tee, George Takei
Gênero: Aventura, Ficção Científica
Streaming: Disney+
Episódios: 10
Duração: 15-20 min
https://www.youtube.com/watch?v=bqrC1Y1dRgI
Crítica | What If...? - 01x07: E se... Thor fosse Filho Único?
Odin, dai-me forças...
Um dos meus maiores problemas com a Marvel Studios está em seu senso de humor. Não me levem a mal, eu não acho que alívios cômicos são negativos quando bem usados; não precisamos ser 100% sisudos o tempo todo como alguns dos longas de Zack Snyder, por exemplo, mas o segredo está no equilíbrio das piadas com a dramaticidade. Em muitos filmes do MCU, me pego pensando que os roteiristas tratam seus grandes heróis como crianças presas nos corpos de adultos bombados e definidos, tanto pelo comportamento anacrônico quanto pelo texto imbecilizado.
Bem, senhoras e senhores. O mais recente episódio de What If…?, E Se... Thor fosse Filho Único?, faz dessa característica uma bandeira ufanista para apresentar uma das obras mais bestas que o Universo Cinematográfico da Marvel já viu até agora, independente da mídia em que for.
Em um título auto explicativo, o antepenúltimo episódio da antologia de animação imagina um universo em que Thor (voz de Chris Hemsworth) cresce sem seu irmão adotivo Loki (Tom Hiddleston), que aqui cresce com sua linhagem original de Gigantes de Gelo. Isso resulta em um Deus do Trovão ainda mais arrogante e orgulhoso do que aquele visto no filme de 2011, ao passo em que o Príncipe de Asgard aproveita a ausência de sua mãe para dar uma festa gigantesca em Las Vegas, na Terra, mas cujo nível de bagunça acaba chamado a atenção da SHIELD.
Indigno!
Dentre todos os episódios lançados até agora, este definitivamente é o que tem menos substância. Ao longo dos 30 minutos de duração, é simplesmente a ideia jovial de Thor dando uma festa por Vegas e outros pontos turísticos do planeta, onde o roteiro de A.C. Bradley e Matthew Chauncey se contenta em uma série de esquetes costuradas com o irritante Thor festeiro e incontáveis participações especais de outros personagens espaciais, como o Drax de Guardiões da Galáxia ou o Howard, o Pato dublado por Seth Green. O mais inacreditável é ver como Natalie Portman reprisa seu papel de Jane Foster em um projeto tão pobre e que consegue tornar a astrofísica ainda mais tapada do que em 2011 - e nem quero falar sobre Kat Dennings retornando como Darcy, um dos piores e mais óbvios elementos cômicos da franquia.
Se há um ponto alto nesse péssimo episódio, é a inesperada participação da heroína Capitã Marvel. Ainda que não conte com Brie Larson como sua dubladora, o bloco em que Thor e a Capitã trocam socos, golpes e poderes por diversos cantos do planeta é inspiradora, e aqui vi até mesmo as técnicas de animação irregulares da série ganharem mais cores e um estilo mais vivo. Realmente fascinante e divertido de se acompanhar, mas infelizmente dura pouco, já que a narrativa realmente prefere se resolver da forma mais infantil e decepcionante possível. O melhor episódio da série, aquele focado no Doutor Estranho, foi tão bom por ter coragem de trilhar um caminho diferente e oferecer um arco real para seu personagem. Quando este episódio acaba, nada mudou.
Eu já não era um fã da ideia de transformar o Deus do Trovão em um palhaço desastrado no sem graça Thor: Ragnarok, mas o que este mais recente episódio de What If…? faz com o personagem é algo realmente catastrófico; mesmo tratando-se de uma antologia que visa imaginar cenários alternativos. Um episódio tão fraco e sem objetivo que até mesmo seu final está interessado no (muito mais promissor) próximo episódio.
What If...? - 01x07: E Se... Thor fosse Filho Único? (What If... Thor was an Only Child? EUA, 2021)
Showrunner: A.C. Bradley
Direção: Bryan Andrews
Roteiro: Matthew Chauncey
Elenco: Jeffrey Wright, Chris Hemsworth, Natalie Portman, Kat Dennings, Jeff Goldblum, Tom Hiddleston, Cobie Smulders, Samuel L. Jackson, Seth Green, Clark Gregg, Taika Waititi, Alexandra Daniels
Gênero: Aventura
Streaming: Disney+
Duração: 30 min
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HBO Max anuncia estreia da segunda temporada de Love Life; veja trailer!
A HBO Max anunciou nesta terça-feira (14) que Love Life, uma de suas primeiras séries originais, terá sua segunda temporada ainda este ano. Mais especificamente, a antologia de comédia romântica terá novos episódios a partir de 28 de outubro.
Confira o primeiro trailer abaixo.
A série continuará ambientada na cidade de Nova York, mas agora a narrativa se concentrará na jornada do personagem Marcus Watkins, vivido pelo ator William Jackson Harper, indicado ao Emmy por The Good Place.
Harper viverá o protagonista que sai de uma relação de muitos anos com uma mulher, e retorna para o mundo dos solteiros. O personagem se vê mergulhado de volta na busca pela realização romântica que ele pensava que já havia encontrado. A temporada de dez episódios continua com três episódios em 4 de novembro, e termina com quatro episódios em 11 de novembro.
As personagens da primeira temporada, interpretadas pelas atrizes Anna Kendrick, Zoë Chao, Peter Vack, Sasha Compére e Nick Thune, também aparecerão nos novos episódios, cujo elenco ainda conta com Jessica Williams, Chris "Comedian CP" Powell, Punkie Johnson, Janet Hubert, Jordan Rock, Maya Kazan, Leslie Bibb, John Earl Jelks, Arian Moayed, Kimberly Elise, Ego Nwodim e Blair Underwood. A narração fica sob responsabilidade do ator Keith David.
A segunda temporada de Love Life chega na HBO Max em 28 de outubro.
https://www.youtube.com/watch?v=JM-ozfzjr70