Especial | Resident Evil

Seja no cinema de ação, seja nos consoles, Resident Evil é um fenômeno do terror que reuniu uma legião de fãs pelo mundo! Confira aqui todo nosso conteúdo da saga:

CINEMA

Crítica | Resident Evil: O Hóspede Maldito

Publicado originalmente em 23 de janeiro de 2017

Crítica | Resident Evil 2: Apocalipse

Publicado originalmente em 25 de janeiro de 2017

Crítica | Resident Evil 3: A Extinção

Publicado originalmente em 26 de janeiro de 2017

Crítica | Resident Evil 4: Recomeço

Publicado originalmente em 26 de janeiro de 2017

Crítica | Resident Evil 5: Retribuição

Publicado originalmente em 29 de janeiro de 2017

Crítica | Resident Evil 6: O Capítulo Final

Publicado originalmente em 25 de janeiro de 2017

GAMES

Análise | Resident Evil

Publicado originalmente em 23 de janeiro de 2017

Análise | Resident Evil 2

Publicado originalmente em 24 de janeiro de 2017

Análise | Resident Evil 3: Nemesis

Publicado originalmente em 25 de janeiro de 2017

Análise | Resident Evil 4

Publicado originalmente em 30 de janeiro de 2017

Análise | Resident Evil Revelations

Publicado originalmente em 2 de fevereiro de 2017

Análise | Resident Evil 5

Publicado originalmente em 20 de fevereiro de 2017

 

Análise | Resident Evil 7

Publicado originalmente em 28 de janeiro de 2017

LISTAS

O Cinema de Terror em Resident Evil 7

Publicado originalmente em 29 de janeiro de 2017

Os 10 Melhores Resident Evil

Publicado originalmente em 1º de fevereiro de 2017


Especial | Marvel Studios

Atualmente, a maior franquia do cinema americano. Bilhões de dólares no cinema, televisão e home video, o Universo Cinematográfico da Marvel Studios conta com uma longa trajetória em levar os maiores super-heróis dos quadrinhos ao cinema. Reunimos aqui todo o nosso conteúdo relacionado ao MCU:

Os Filmes da Marvel Studios

Confira nossas críticas sobre todos os filmes do MCU!

Séries da Marvel no Disney+

Confira nossas críticas sobre as séries originais do MCU na Disney!

NETFLIX

Crítica | Demolidor - 1ª Temporada

Publicado originalmente em 22 de julho de 2016

Crítica | Jessica Jones - 1ª Temporada

Publicado originalmente em 25 de julho de 2016

Crítica | Demolidor - 2ª Temporada

Publicado originalmente em 27 de julho de 2016

Crítica | Luke Cage - 1ª Temporada

Publicado originalmente em 3 de outubro de 2016

Crítica | Punho de Ferro - 1ª Temporada

Publicado originalmente em 18 de março de 2017

Crítica | Os Defensores - 1ª Temporada

Publicado originalmente em 19 de agosto de 2017

Crítica | O Justiceiro - 1ª Temporada

Publicado originalmente em 18 de novembro de 2017

HOME VIDEO

Blu-ray | Homem de Ferro - Edição Dupla

Publicado originalmente em 23 de outubro de 2016

Blu-ray | O Incrível Hulk - Edição Dupla

Publicado originalmente em 25 de outubro de 2016

DVD | Homem de Ferro 2 - Edição Dupla

Publicado originalmente em 26 de outubro de 2016

Blu-ray | Thor

Publicado originalmente em 27 de outubro de 2016

Blu-ray | Capitão América - O Primeiro Vingador

Publicado originalmente em 28 de outubro de 2016

Blu-ray | Os Vingadores - The Avengers

Publicado originalmente em 29 de outubro de 2016

Blu-ray | Homem de Ferro 3

Publicado originalmente em 30 de outubro de 2016

Blu-ray | Thor: O Mundo Sombrio

Publicado originalmente em 31 de outubro de 2016

Blu-ray | Capitão América 2 - O Soldado Invernal

Publicado originalmente em 1 de novembro de 2016

Blu-ray | Guardiões da Galáxia

Publicado originalmente em 2 de novembro de 2016

Blu-ray | Vingadores: Era de Ultron

Publicado originalmente em 3 de novembro de 2016

Blu-ray | Homem-Formiga

Publicado originalmente em 4 de novembro de 2016

Blu-ray | Capitão América: Guerra Civil

Publicado originalmente em 5 de novembro de 2016

Blu-ray | Doutor Estranho

Publicado originalmente em 28 de fevereiro de 2017

Blu-ray | Guardiões da Galáxia Vol. 2 - Edição Steelbook

Publicado originalmente em 24 de agosto de 2017

 

LISTAS

Ranking dos Filmes do MCU

Publicado originalmente em 1 de maio de 2017

As 5 Melhores HQs do Doutor Estranho

Publicado originalmente em 11 de novembro de 2016

As 10 Melhores Músicas de Luke Cage

Publicado originalmente em 10 de outubro de 2016

Ranking dos Vilões da Marvel Studios

Publicado originalmente em 7 de julho de 2017

As Melhores Músicas de Guardiões da Galáxia Vol. 2

Publicado originalmente em 20 de abril de 2017

10 Histórias com o DNA de Guardiões da Galáxia

Publicado originalmente em 29 de abril de 2017

5 Personagens que já fizeram parte dos Guardiões da Galáxia

Publicado originalmente em 30 de abril de 2017

Ranking das aberturas de séries da Marvel na Netflix

Publicado originalmente em 20 de agosto de 2017

ARTIGOS

Opinião: Não, a Marvel não sofrerá Reboot após Vingadores 4

Quem é Ego, o Planeta Vivo?

Quem é Adam Warlock?

Quem são os Celestiais?

Guardiões da Galáxia - A Formação Original de 1969


Especial | Velozes e Furiosos

Correr ou morrer...

Confira aqui todo nosso conteúdo da cinessérie mais surtada e alucinada do cinema atual, Velozes e Furiosos!

Críticas

Crítica | Velozes e Furiosos

Publicado originalmente em 6 de abril de 2017

Crítica | +Velozes +Furiosos

Publicado originalmente em 7 de abril de 2017

Crítica | Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio

Publicado originalmente em 8 de abril de 2017

Crítica | Velozes e Furiosos 4

Publicado originalmente em 9 de abril de 2017

Crítica | Velozes e Furiosos 5: Operação Rio

Publicado originalmente em 7 de julho de 2016

Crítica | Velozes & Furiosos 6

Publicado originalmente em 11 de abril de 2017

Crítica | Velozes & Furiosos 7

Publicado originalmente em 10 de julho de 2016

Crítica | Velozes e Furiosos 8

Publicado originalmente em 10 de abril de 2017

Listas

7 Games que todo Fã de Velozes e Furiosos deveria jogar

Publicado originalmente em 12 de abril de 2017

Os 10 Melhores Carros de Velozes e Furiosos

Publicado originalmente em 14 de abril de 2017

As Melhores Músicas de Velozes e Furiosos

Publicado originalmente em 16 de abril de 2017

10 Melhores Filmes de Corrida

10 Perseguições de Carro Históricas no Cinema

Ranking Franquia Velozes e Furiosos

As 5 Cenas De Ação Mais Incríveis de Velozes e Furiosos


Especial | X-Men

Confira aqui todo o nosso material sobre o vasto universo dos X-Men, incluindo os filmes da equipe, as aventuras solo do Wolverine, Deadpool e a série de TV Legion!

Cinema

Crítica | X-Men: O Filme (2000)

Publicado originalmente em 1 de março de 2017

Crítica | X-Men 2 (2003)

Publicado originalmente em 7 de março de 2017

Crítica | X-Men: O Confronto Final (2006)

Publicado originalmente em 8 de março de 2017

Crítica | X-Men Origens: Wolverine (2009)

Publicado originalmente em 2 de março de 2017

Crítica | X-Men: Primeira Classe (2011)

Publicado originalmente em 7 de julho de 2016

Crítica | Wolverine: Imortal (2013)

Publicado originalmente em 8 de julho de 2016

Crítica | X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014)

Publicado originalmente em 1 de março de 2017

Crítica | Deadpool (2016)

Publicado originalmente em 7 de julho de 2016

Crítica | X-Men: Apocalipse (2016)

Publicado originalmente em 7 de julho de 2016

Crítica | Logan (2017)

Publicado originalmente em 25 de fevereiro de 2017

Crítica | Deadpool 2 (2018)

Publicado originalmente em 14 de maio de 2018

Televisão

Guia de Episódios | Legion - 1ª Temporada

Publicado originalmente em 31 de março de 2017

Home Video

Blu-ray | X-Men: Primeira Classe - Edição de Colecionador

Publicado originalmente em 12 de julho de 2016

Blu-ray | Wolverine: Imortal

Publicado originalmente em 7 de novembro de 2016

Blu-ray | X-Men: Dias de um Futuro Esquecido

Publicado originalmente em 11 de julho de 2016

Blu-ray | X-Men: Apocalipse

Publicado originalmente em 3 de outubro de 2016

Blu-ray | Logan - Edição Steelbook

Publicado originalmente em 18 de julho de 2017

Coberturas

Logan | Coletiva de Imprensa com Hugh Jackman em São Paulo

Publicado originalmente em 19 de fevereiro de 2017

Quadrinhos

Crítica | Velho Logan

Publicado originalmente em 14 de julho de 2016

Listas

O Ranking da Antologia X-Men

Publicado originalmente em 7 de março de 2017

As Lutas Mais Brutais e Violentas do Wolverine

Publicado originalmente em 2 de março de 2017

As 5 Melhores HQs do Wolverine

Publicado originalmente em 8 de março de 2017

Melhores Personagens de Hugh Jackman

Publicado originalmente em 5 de março de 2017

 


Cine Vinil #01 | Lado A: Por que Amei Power Rangers

O Conceito

Dia vs Noite, TWD vs GOT, DC vs Marvel, BvS vs Guerra Civil, Xbox vs Playstation, Flamengo vs Fluminense, Android vs iOS, McDonalds vs Burger King, Nerd vs Nerd, Fanboy vs Fanboy.

O multiverso nerd é pautado por discussões intermináveis e, geralmente, extremamente redundantes. Mas com toda a certeza a gente adora aquela treta cósmica para provar que um lado é melhor que o outro – mesmo que o único convencido na discussão seja você mesmo. Analisando essa treta tão peculiar, decidimos trazer um pouco desse espírito “saudável” de discussão para o nosso site.

Sejam bem-vindos ao Cine Vinil! Calma, antes de soltar os cães nos comentários, entenda nossa proposta. Os discos de vinil foram um dos itens mais amados para reprodução de arquivos sonoros. Sua grande peculiaridade eram os lados A e B. O lado A era utilizado para gravar os hits comerciais das bandas, músicas mais populares. Enquanto o Lado B era mais voltado para canções experimentais ou mais autorais.

No caso, nos inspiramos pelos lados opostos do mesmo “disco” – de uma mesma obra. O primeiro filme a receber esse formato é Power Rangers que conseguiu dividir a opinião da equipe do site gerando a tempestade perfeita para testarmos o formato. Serão dois artigos: o Lado A, que contém a opinião positiva, e o Lado B, com a versão negativa. Os autores, obviamente, serão distintos, e escolherão 5 pontos específicos da obra para justificar seus argumentos.

Explicado o conceito, nós lhes desejamos aquela ótima discussão para defender o seu lado favorito! Quem ganhou? Lado A ou Lado B? Que a treta perfeita comece!

LADO A

por Lucas Nascimento

O Elenco

É certamente o ponto alto de toda a produção. O time formado por Dacre Montgomery, Naomi Scott, RJ Cyler, Ludi Lin e Becky G é o elemento que mantém nosso interesse no filme, e o elenco formado por atores e atrizes relativamente desconhecidos surpreende por sua química genuína e diferente carisma que cada um tem, com Montgomery assumindo com respeito a postura de líder de grupo, enquanto Cyler faz do Ranger Azul um alívio cômico divertido e memorável e Naomi Scott traz um potencial de estrela ao fazer da Ranger Rosa uma figura interessante e com dramas pessoais consistentes. E mesmo que tenham menos tempo de cena, Lin e Becky G conseguem trazer força ao Ranger Preto e à Ranger Amarela, seja através dos dramas eficientes (e relevantes) de seus personagens quanto pelo carisma de suas performances. Realmente quero ver aonde esse grupo pode ir.

A História de Origem

Geralmente é o ponto que mais queremos pular num filme de super-heróis, mas surpreendentemente é a porção do filme mais bem sucedida. Graças ao ótimo trabalho do elenco, estamos investidos nos personagens, e o roteiro de John Gatins faz uma boa apresentação do universo de cada um e é bem sucedido ao estabelecer seus núcleos. É quase uma mistura entre a dinâmica de Clube dos Cinco (pelo fato dos personagens se conhecerem numa detenção de sábado) com o realismo e diversão da descoberta do universo fantástico de Poder Sem Limites.

O Design

Com a escola Christopher Nolan de realismo sombrio e sujo, todo o universo de Power Rangers parece um pouco mais palpável, ainda que mantenha um pé na fantasia sem se contradizer. O design de produção das naves e dos Zords adota uma influência nítida de O Homem de Aço, com um aspecto quase Gigeriano e puxado para um sci-fi orgânico, vide o efeito de morfar que parece uma digitalização da armadura e a própria textura da parede com o rosto gigante de Zordon, aparentemente formado por inúmeros cilindros em movimento. E, claro, temos os uniformes, que ganham uma atualização incrível e certamente trazem uma imponência e abraçam o aspecto alienígena do grupo.

Rita Repulsa

Olha, Rita Repulsa é uma vilã dos Power Rangers, e Elizabeth Banks claramente não nos deixa esquecer com sua performance exagerada e divertidamente camp. E admito que seu visual gótico e sórdido em suas primeiras aparições é inesperadamente sinistro e eficaz em torná-la ameaçadora, rendendo também um excelente trabalho de maquiagem ao exacerbar a estrutura óssea da atriz. Quando a personagem abraça o carnavalesco, Banks segue divertindo e cria uma figura que imediatamente atrai nossos olhares, e a atriz a faz valer mesmo que seu plano maléfico seja pífio e pouco grandioso.

A Nostalgia

O mero fato de termos um filme dos Power Rangers no cinema já é o bastante para estimular a criança interior, mas o filme de Dean Israelite é bem competente e agradável nas homenagens. Desde as frases de efeito, a presença dos Zords, o fantástico momento em que o Megazord é formado e até o uso certeiro do famoso tema da série Mighty Morphin' Power Rangers, o fã da série se sente à vontade e atingido pelo raio da infância. Isso sem falar nas cameos surpresa de Jason David Frank e Amy Jo Johnson, ícones da série original, e da cena pós-créditos que prepara o terreno para a chegada de Tommy Oliver, o Ranger Verde.

Clique AQUI para ler o LADO B.


Quem era aquele cara? | O final de Fragmentado explicado

SPOILERS

Durante a projeção, Fragmentado estava sendo uma ótima experiência. Finalmente estávamos vendo um filme de M. Night Shyamalan que sucedia em nos provocar suspense, não trazia ideias idiotas e aproveitava uma performance absolutamente espetacular de James McAvoy, certamente no papel (ou papéis) de sua vida. Então, o filme termina e somos levados a um enigmático epílogo, que acaba mudando completamente nossa percepção acerca do que havíamos visto.

Obs: leia todas as conexões entre os filmes AQUI.

Cortamos para uma lanchonete, onde a câmera passeia pelo local e seus clientes, com a televisão ligada e reportando os eventos do sequestro das meninas e da fuga de Kevin, enquanto a jornalista explica seu transtorno e o contexto todo. Uma das mulheres ali pergunta "Isso me lembra aquele cara que prenderam há 15 anos, da cadeira de rodas...

Qual era o nome dele?", então, temos a incrível revelação de Bruce Willis, que responde secamente "Sr. Vidro", enquanto segue tomando sua xícara de café.

Muitos espectadores saíram confusos do cinema. Do que isso tudo se trata? Quem é o cara da cadeira de rodas? Por que o Bruce Willis está aí?

Isso tudo porque Fragmentado faz parte do recém-anunciado Shyamalanverse, e os eventos do filme fazem parte do universo de Corpo Fechado, um dos melhores e mais subestimados filmes do diretor.

Para aqueles que não sabem, o longa é estrelado por Bruce Willis e Samuel L. Jackson, narrando a história de um homem que descobre ter superpoderes, enquanto outro lida com o fardo de ter justamente o oposto: uma intensa e mortífera fragilidade a tudo.

Jackson é o Sr. Vidro do qual a moça estava se referindo, além de mencionar o fato de que este fora preso 15 anos atrás (Corpo Fechado foi lançado em 2000), sob acusações de atentados terroristas e assassinatos - na trama do filme, seu personagem provocou diversas catástrofes e atentados, na esperança de encontrar um indivíduo que pudesse sobreviver a todos eles.

Esse indivíduo é o David Dunn de Bruce Willis, que descobre ser praticamente invulnerável, ter uma força descomunal e a habilidade de enxergar os "crimes" de uma pessoa pelo mero toque, características que ele usa para salvar uma família das mãos de um estuprador.

O clímax de Corpo Fechado nos entrega essa revelação quanto à natureza criminosa do Sr. Vidro, fazendo com que David o entregue e toque sua vida em frente, ainda que não fique claro se ele manteve sua carreira de "super-herói" urbano. Talvez a resposta seja sim, já que no final de Fragmentado podemos vê-lo usando seu uniforme de segurança, e podemos inferir que o próximo passo dessa jornada seja um encontro entre David e as 23 personalidades de Kevin.

Rachaduras: a pista já estava no pôster...

Aliás, é justamente esse contexto de Corpo Fechado e a abordagem realista aos elementos de super-heróis que justifica diversas ações e habilidades do protagonista de Fragmentado. Poderia parecer um tanto fantasioso demais quando vemos Kevin transformar-se na Fera, sua 24ª personalidade, e vermos ações como seus músculos ficarem assustadoramente hipertrofiados, o sujeito escalando paredes como o Homem-Aranha, entortando barras de ferro e até sobrevivendo a dois tiros à queima roupa.

Quando aprendemos que estamos no universo de Corpo Fechado, tudo isso torna-se aceitável, vide que esse é justamente o personagem de Kevin descobrindo seu "super-poder", e a psicóloga vivida por Betty Buckley age quase como um "Sr. Vidro" deste filme, vide que ela tenta comprovar a existência de habilidades sobrenaturais destravadas pelo distúrbio do personagem.

É uma jogada muito esperta de Shyamalan, que afirmou em coletiva que estava deliberadamente entregando um "filme falso" durante toda a maioria da projeção, e que o filme verdadeiro só seria revelado nos segundos finais; mas, claro, ele precisava certificar-se de que o "filme falso" funcionava, e era bom.

Definitivamente ele foi bem-sucedido, entregando a maior reviravolta de sua carreira e abrindo um caminho muito tentador e promissor para o futuro - ele já está escrevendo seu novo filme, que será a conclusão dos eventos mostrados em Corpo Fechado e Fragmentado.

O que podemos esperar? David Dunn vs A Horda? Comente e jogue suas próprias teorias!


Crítica | Punho de Ferro - 1ª Temporada

Crítica | Punho de Ferro - 1ª Temporada

A parceria entre a Marvel e a Netflix tem rendido alguns dos melhores frutos que ambos já receberam ao longo de sua História. O sucesso avassalador das duas temporadas de Demolidor e as recepções críticas favoráveis de heróis B como Jessica Jones e Luke Cage ajudaram a pavimentar um novo caminho para séries de TV de heróis e até um gigante plano que envolve a união de todos os vigilantes urbanos da editora em Os Defensores, que será lançada no serviço de streaming no segundo semestre - além de um inesperado spin off do Justiceiro de Jon Bernthal, que chamou sua atenção na série do Demônio de Hell's Kitchen.

A última peça do quebra-cabeças, porém, é Danny Rand e seu alter ego do Punho de Ferro, a última das quatro séries originais encomendadas pelo Netflix em 2014, e o último Defensor para fechar a primeira formação do grupo na televisão. Mas ao contrário de seus antecessores, a nova série foi recebida com um ataque furioso da crítica, que a taxou como uma das piores produções da Marvel de todos os tempos, além de absurdas - e infundadas - acusações de white washing, que só piorou com a nada delicada reação do ator Finn Jones; culpando até Donald Trump pelo massacre crítico da obra, além da velha desculpa de "o show é feito para os fãs, não para críticos". Bem, talvez seja todo o hype negativo ou o fato de que pessoalmente nunca achei grande coisa das séries da Netflix, mas a verdade é que Punho de Ferro não é ruim como fora reportado, mas definitivamente tem problemas graves.

Temos início em uma movimentada avenida de Manhattan, quando um descalço e sujo Danny Rand (Jones) retorna para sua cidade natal e a poderosa empresa que seus pais lhe deixaram como herança após um acidente de avião matá-los. Danny foi o único sobrevivente do desastre, caindo no Himalaia e recebendo um exótico treinamento com monges, que o ajudaram a invocar e lutar sob o espírito budista do Punho de Ferro. Assim, Danny precisa convencer seus amigos - no controle da empresa - de quem ele realmente é e usar seus poderes e habilidades de Kung Fu para enfrentar e derrotar a organização criminosa conhecida como o Tentáculo; chefiada pela enigmática Madame Gao (Wai Ching Ho), já tendo ambos aparecido algumas vezes em Demolidor.

É uma introdução que nos remete muito à estrutura de Batman Begins e até à série Arrow, com o retorno de um bilionário herdeiro que todos esperavam estar mortos, mas que na verdade estava em alguma locação exótica treinando artes marciais e agora visa limpar o crime em sua cidade. A diferença de Punho de Ferro é que o showrunner Scott Buck passa um tempo considerável nessa transição, com Danny tendo dificuldade em comprovar a seus colegas quem é de fato; quando Bruce Wayne retornava à Wayne Enteprises em Batman Begins, todos simplesmente aceitavam sua milagrosa ressureição e se adaptavam a isso. Com Danny, ele é literalmente jogado em um hospital psiquiátrico no segundo episódio, já que todos creem se tratar de um mendigo maluco ou algum golpe empresarial, sendo um impostor se passando por Rand. Se por um lado acaba atrasando a progressão dos eventos da história, esse dilema acaba acompanhando o personagem e até serve como uma boa metáfora, já que sua personalidade ainda divide-se entre ser Rand ou ser o Punho de Ferro; então, essa decisão de colocar uma dúvida externa acaba soando surpreendentemente eficaz.

Somos então jogados no mundo corporativo da Rand Industries, onde o núcleo dos irmãos Ward e Joy Meachum (Tom Pelphrey e Jessica Stroup, respectivamente) acaba tomando grande parte da trama. A chegada de Danny causa um frisson na vida dos dois, vide que o jovem forasteiro traz uma mente ingênua do mundo dos negócios e acaba forçando sua empresa a tomar decisões que honrem o bem maior - mas que acabam provocando quedas em seu setor econômico e provocando a ira dos engravatados da diretriz. É um núcleo que funciona quando temos a personalidade quase hippie de Danny interferindo naquele mundo vastamente diferente (admito, nunca vimos Bruce Wayne realmente sentar e discutir negócios de sua empresa bilionária), mas que acaba fadado ao tédio quando o foco recai sobre os irmãos Meachum, pobres vítimas de uma trama sem graça e movida por diálogos horríveis, com uma relação tão confusa que por um momento suspeitei que fosse algum tipo de incesto.

O núcleo coadjuvante mais interessante acaba recaindo sobre Colleen Wing (Jessica Henwick), uma instrutora de artes marciais que acaba conhecendo Danny e ajudando-o a colocá-lo de volta a seu caminho. Decerto que algumas revelações envolvendo a personagem, que vão desde um passado com o Tentáculo até o fato de ela... Ser professora particular da enfermeira Claire Temple (Sim, Rosario Dawson) acabam soando como gigantescas coincidências e conveniências de roteiro completamente artificiais, mas a relação entre Colleen e Danny é feita com mais naturalidade, algo que se deve também à química certeira de seus intérpretes, com Finn Jones revelando um incrível carisma e a habilidade de conseguir transportar todas as características de Danny, desde sua personalidade de crianção (especialmente no núcleo empresarial), sua devoção quase cega aos ensinamentos do Punho de Ferro e toda a fisicalidade que o papel exige, algo que vemos bem transposto quando Jones medita, se alonga e faz todas as poses de kung fu esperadas.

Assim, a narrativa de Punho de Ferro acaba atropelando diversos blocos. Poucas séries criadas sob o formato do binge watching surgem tão episódiocas quanto essa, com Danny Rand enfrentando situações diferentes, enquanto seus blocos coadjuvantes parecem estar atuando em uma série completamente isolada, com pouquíssimas conexões com o núcleo central. O rumo também perde-se constantemente, com os roteiristas inventando diversas reviravoltas envolvendo os momentos do Tentáculo, que estão infiltrados na Rand, antigos companheiros do monastério de Danny e até uma repentina viagem à China, em blocos que não soam contínuos e acabam sendo difíceis de atravessar, vide a montagem defeituosa. E o que falar de Claire Temple, que só está ali para trazer easter eggs e oferecer as piores falas de alívio cômico de todos os tempos? Até mesmo a atriz parece nitidamente estar levando tudo na piada.

E se todas as séries da Netflix tinham algo irrefutável, era a presença de um antagonista memorável. Com Punho de Ferro, além da figura enigmática de Madame Gao e o Tentáculo, temos a duvidosa presença de Harold Meachum (David Wenham), pai de Ward e Joy que foi milagrosamente ressuscitado da morte pelo Tentáculo, e vive em segredo em uma luxuosa cobertura no centro da cidade; com Ward sendo o único que tem ciência de sua existência. Infelizmente, nenhum dos Meachum chega no nível de um Rei do Crime, um Kilgrave ou pelo menos um Boca de Algodão, ainda mais pela série constantemente oferecer reviravoltas que parecem mudar nossa percepção acerca dos personagens; nunca fica claro quem é o vilão da história, ou quais as intenções de Harold.

Sua relação com Ward é interessante, e remete muito ao tipo de paternidade defeituosa que vemos em Norman e Harry Osborn, a família do Duende Verde que inferniza a vida do Homem-Aranha. É possível compreender a humilhação sofrida por Ward, assim como o velho clichê do favoritismo do pai pelo amigo que é "o filho que nunca teve", algo que se aplica assim que Danny descobre sua condição, mas que jamais realmente torna mais forte o conflito entre os dois, ou a motivação clara de quem o protagonista realmente precisa enfrentar - e isso só torna mais confuso na segunda metade da temporada, quando um novo representante do Tentáculo acaba assumindo as rédeas da história.

Porém, a série acaba errando feio naquele que deveria ser seu ponto alto: ação. Sendo um protagonista treinado sob um monge místico de artes marciais, toda a coreografia apresentada nas cenas de ação é da mais mundana e genérica possível, e isso é inadmissível para um seriado cujo lore está justamente nessa área. Nem mesmo a condução dos inúmeros diretores ajuda (até mesmo RZA assume a direção de um dos episódios), todos com planos fechados demais, uma mise en scène confusa e uma montagem horrível que nem disfarça os inúmeros erros de continuidade em movimentos e ações, assim como a artificialidade dos poderes de Danny - logo no primeiro episódio, o momento em que o protagonista salta sobre um taxi é de um amadorismo ofensivo, e o clímax comete o crime de lembrar a todos nós da existência da Mulher-Gato de Halle Berry. As únicas cenas de luta minimamente empolgantes são as brigas de gaiola com Colleen, que impressionam pela brutalidade de seus oponentes.

No fim, esse Punho de Ferro certamente não é tão ruim quanto todas as críticas vinham apontando, sendo consideravelmente mais interessante e com personagens mais carismáticos do que outras séries sob o selo da Marvel Netflix. Falta à série uma sofisticação em seus quesitos técnicos e na estrutura geral da história, que acaba confusa e desconexa em diversos momentos, algo que também é fruto da defeituosa e cansativa estrutura de 13 episódios.

Punho de Ferro - 1ª Temporada (Iron Fist - Season 1, EUA - 2017)  

Criador: Scott Buck
Direção: Jon Dahl, Farren Blackburn, Uta Briesewitz, Deborah Chow, Andy Goddard, Peter Hoar, Miguel Sapochnik, Tom Shankland, Stephen Surjik, Kevin Tancharoen, Jet Wilkinson
Roteiro: Scott Buck, Gil Kane, Roy Thomas, Dwain Worrell, Tamara Becher, Pat Charles, Quinton Peeples, Scott Reynolds, Ian Stokes, Christian Chambers
Elenco: Finn Jones, Tom Pelphrey, Jessica Stroup, Jessica Henwick, Rosario Dawson, David Wenham, Wai Ching Ho

https://www.youtube.com/watch?v=03W2ffgkYDM