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Crítica | A Morte do Demônio - Um remake que entende o espírito do original

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Catálogo, Cinema, Críticas•30 de outubro de 2017•5 Minutes

Acho remakes muito interessantes, ainda que majoritariamente desnecessários. Quando Hollywood resolve recontar uma história imortalizada décadas atrás, adaptando-a para um público moderno, é muito comum que o resultado não capture a essência do longa original – e desvalorize seus feitos técnicos ao trazer um excesso de efeitos computadorizados em sua nova versão. Felizmente, o uruguaio Fede Alvarez compreende o que tornou o Evil Dead de Sam Raimi especial e faz de A Morte do Demônio um dos mais estimulantes remakes já feitos.

A trama mantém a premissa do filme de 1981, mas oferece mudanças que contribuem de forma genial ao desenrolar da narrativa. Agora temos um grupo de 5 amigos que se hospeda em uma cabana na floresta, buscando não a diversão, mas sim um auxílio ao processo de desintoxicação de drogas de um deles (expurgar os “demônios interiores”, irônico). Enquanto exploram o local e seus cômodos ocultos, encontram um sinistro livro que acaba despertando espíritos demoníacos que vão possuindo um a um os jovens.

Parte do sucesso deste novo A Morte do Demônio deve-se ao fato de os produtores do original (incluindo seu diretor e astro, Sam Raimi e Bruce Campbell) estarem envolvidos de perto no desenvolvimento do projeto. Alvarez remete ao longa de Raimi com maneirismos elegantes, como ao trazer gravações de áudio (atenção à cena do “One by one, we will take you!”) do primeiro filme e reproduzir nos momentos apropriados a marcante câmera em primeira pessoa avançando rapidamente pela floresta. Estão lá também as motosserras, os colares cujas correntes assumem a forma de um crânio e mais inúmeras pequenas referências que certamente agradarão os saudosistas.

Mas se fosse para simplesmente copiar o filme que já assistimos, a versão de 2013 não valeria o ingresso. Em sua estreia como diretor de longa metragens, Fede Alvarez revela bom olho para tomadas criativas (e a fotografia de Aaron Morton é impecável ao retratar ambientes escuros com limitadas fontes de luz e os planos cobertos por uma névoa acertadamente sinistra) e também evita os sustos mais clichês: há diversas cenas em que o usual jump scare poderia ser utilizado para provocar a platéia, mas o diretor prefere manter-se à tensão, exacerbada com habilidade pela trilha sonora de Roque Baños (que oferece um ótimo efeito sonoro de intensidade crescente, semelhante a um alarme). Por tal motivo, o longa não é de se assustar muito, e opta por chocar o espectador com litros e litros de sangue, que são jogados sem piedade em diversas mutilações, vômitos e até mesmo uma curiosa “chuva” do líquido. Importante ressaltar que o diretor fez considerável uso de efeitos práticos, muito mais impactantes do que imagens computadorizadas.

Como havia escrito no segundo parágrafo, o longa traz mudanças na história que surpreendem por sua eficiência. Todo o núcleo da viciada em drogas Mia (a adorável Jane Levy) é perfeitamente inserido dentro do contexto sobrenatural, já que as experiências iniciais da jovem com os demônios e árvores violentadoras são vistos por seus colegas como “um efeito colateral da abstinência desta”, um argumento que soa muito menos clichê do que a presença do ceticismo. No entanto, se acerta nessa inspirada transposição, o texto de Rodo Sayagues e do próprio Alvarez (além de uma revisão não creditada de Diablo Cody) erra ao nem tentar nos fazer importar com os vazios coadjuvantes e ao oferecer uma solução absurda para o destino de um dos personagens – que soa algo do tipo “por que demoraram tanto tempo para tentar isso?”

Contando ainda com um desfecho impagável que abraça a alma trash da franquia, A Morte do Demônio é um remake que tem potencial para agradar tanto aos fãs do original, quanto à nova geração. O resultado aqui é tão inventivo que até oferece possíveis formas de conectar este filme com a trilogia de Sam Raimi. Fique de olho.

A Morte do Demônio (Evil Dead, EUA – 2013)

Direção: Fede Alvarez
Roteiro: Fede Alvarez e Rodo Sayagues, baseado no filme de Sam Raimi
Elenco: Jane Levy, Shiloh Fernandez, Loy Taylor Pucci, Jessica Lucas, Elizabeth Blackmore
Gênero: Terror
Duração: 91 min

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Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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