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Crítica | King Kong (1933)

Ayrton Magalhães Ayrton Magalhães
In Catálogo, Cinema, Críticas•6 de março de 2017•7 Minutes

Todos, com certeza, já devem ter ouvido falar do gigantesco gorila King Kong, o mesmo que sequestrou uma jovem moça indefesa e escalou até o topo do Empire State Building com ela. O personagem se tornou um grande ícone do cinema, criando uma legião de fãs ao redor do mundo. Até hoje ele é homenageado e referenciado em diversos filmes e programas, mas tudo se iniciou graças a este clássico lançado em 2 de março de 1933, sendo considerado por muitos cinéfilos como um marco na história do cinema e da história dos filmes de Kaijus também.

Dirigido por Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack, a trama segue o famoso diretor de cinema Carl Denham (Robert Armstrong) que após encontrar um mapa para a desconhecida Ilha da Caveira, segue viagem para ela junto de sua equipe de filmagens. Chegando lá eles se deparam com uma tribo indígena que acaba sequestrando a jovem atriz e estrela do filme de Denham, Ann Darrow (Fay Wray) para ser oferecida como oferenda ao gorila gigante que habita a ilha e, então, a equipe é obrigada a adentrar a floresta para resgatarem ela.

Ao passar que vão desbravando a floresta em busca da jovem atriz, descobrimos que o Kong não é o único monstro que vive por lá. Várias criaturas pré-históricas passam pelo caminho da equipe de filmagens e do próprio Kong também, todos feitos pela técnica de animação Stop-Motion, hoje é considerada como uma técnica datada para uma indústria dominada por efeitos visuais computadorizados, mas para a época, foi o único jeito de fazer os monstros na ilha, isso incluindo o próprio Kong e o resultado foi muito satisfatório. A utilização do Stop-Motion ao invés de pessoas fantasiadas foi um acerto em cheio pois confere mais dinâmica e realismo as criaturas. Todos os bonecos e maquetes confeccionadas são fascinantes, dando um verdadeiro espetáculo a combinação de ambos, principalmente nas cenas de luta. 

O filme consegue transmitir muito bem a visão que os homens têm do Kong. Para eles o gorila gigante não passa de uma criatura irracional e com intenções nefastas. O filme consegue passar essa sensação também ao assistirmos, mas ao analisarmos o que o Kong faz durante o filme, vemos que a única coisa que ele queria era deixar a Ann Darrow a salvo e não a matar, tanto que ele a protege quando ela grita ao ver o Tiranossauro-Rex se aproximando. Essa ambiguidade presente é excelente, pois faz o espectador racionar sobre as ações que o gigantesco gorila toma ao longo do filme.

É unanimidade para todos que a melhor cena do filme é a que o King Kong sobe até o topo do Empire State Building e luta com os aviões, realmente uma excelente cena, com um desfecho totalmente trágico e inesperado, não é à toa que ela se tornou tão icônica. Outras cenas muito bem executadas do filme são as cenas de luta dele, principalmente a contra um Tiranossauro-Rex. A única cena em que ele realmente ficou ridículo, na verdade a única cena ridícula do filme todo é quando eles dão um close na cara dele sorrindo, totalmente risível e sem necessidade.

Todo o núcleo humano do filme é excelente, nenhum personagem fica deslocado ou perdido na trama, mas os que mais se destacam no filme são Fay Wray, Robert Armstrong e Bruce Cabot. Fay Wray interpreta a aspirante a atriz, Ann Darrow que é capturada pelo poderoso Kong, ela entrega uma atuação digna para a personagem, conseguindo colocar na tela todo o horror que a personagem passa nas mãos do temível gorila. Robert Armstrong interpreta o famoso diretor de cinema, Carl Denham, ele traz uma atuação um tanto excêntrica para o personagem, mostrando todo o lado interesseiro e aventuroso dele. Já Bruce Cabot que interpreta o corajoso marinheiro Jack Driscoll, de início pensamos que seu personagem será desprezível e arrogante, mas ao passar do filme vemos que na verdade ele é muito amoroso e que fara de tudo para resgatar a Ann, com isso conseguindo tirar essa primeira impressão que temos dele.

A trilha sonora composta por Max Steiner para o filme é bem caprichada e marcante. Ela consegue passar muito bem toda emoção necessária as cenas, dando um bom clima a elas, principalmente na cena em que o King Kong aparece pela primeira vez no filme e sequestra a Ann. O trabalho de mixagem de som também não fica atrás, com os barulhos e rugidos das criaturas na ilha da caveira e dos aviões na cena final do filme.

King Kong é com toda certeza um verdadeiro marco do cinema. Ele é inovador e corajoso considerando a época em que foi produzindo, não cansa o espectador e é ótima pedida para qualquer fã de filmes de monstros gigantes. O filme só não irá receber nota máxima por conta dos horríveis closes que dão na cara do King Kong durante o filme, mas esse também é o único demérito que enxergo no filme, de resto ele é excelente, ninguém ira se decepcionar ao assistir este clássico.

King Kong (King Kong, EUA – 1933)
Direção: Ernest B. Schoedsack, Merian C. Cooper

Roteiro: James Creelman, Ruth Rose
Elenco: Bruce Cabot, Fay Wray, Robert Armstrong, Frank Reicher, Noble Johnson, Sam Hardy
Gênero: Aventura, fantasia, terror
Duração: 105 minutos.

Ayrton Magalhães

"Todas essas lembranças se apagarão com o tempo, como lágrimas na chuva"

Citação de um dos meus filmes favoritos de todos os tempos, Blade Runner - O Caçador de Androides.

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