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Crítica | O Nascimento de uma Nação (2016)

Redação Bastidores Redação Bastidores
In Catálogo, Cinema, Críticas•10 de novembro de 2016•6 Minutes

O Nascimento de uma Nação – não confundir com o clássico de D.W. Griffith –  é o primeiro filme de Nate Parker como diretor, que já atuou em O Grande Desafio, Sem Escalas, entre outros. O filme conta a história de vida de Nat Turner, escravo de uma fazenda de algodão no sul dos Estados Unidos que aprende a ler e se aproxima da bíblia, começando então a pregar a palavra de Deus para outros escravos da região, a mando do dono de sua fazenda, que ganha dinheiro em troca dos serviços de Nat. Tudo isso para cessar o começo de uma revolta de escravos que vinha crescendo devido ao descontentamento dos mesmos. Nat presencia momentos de pura violência contra os outros escravos e o sentimento de revolta cresce dentro dele no decorrer da história, até o momento que decide comandar sua própria revolta.

Algo que é necessário ressaltar, é o próprio Nate Parker. Além de dirigir, ele assina o roteiro e assume o papel principal do filme. Como ator ele não deixa a desejar; Parker coloca todos os sentimentos e forças que possui em sua atuação, o que cativa os olhos de quem vê o filme. Pode-se falar também que ele fez o mesmo na cadeira de diretor, onde se demonstra bastante eficiente, mas ainda tem um longo caminho de refinamento pela frente, como é notado na cena onde vemos um canhão executado de forma enfadonha.

É no roteiro que vemos o real problema de O Nascimento de uma Nação. A história já começa com alguns clichés, como Nat ser uma espécie de líder nato – devido a profecias da cultura dos escravos trazidos da África -, logo quando criança, mas essa profecia morre logo quando a trama começa. Ela não mais é abordada, em nenhum momento posterior do filme. O roteiro também se demonstra falho ao mostrar o local em que a história se passa. No começo do filme a impressão que se tem da Fazenda de algodão em que Nat trabalha é de que é um lugar pacato, onde o Senhor de Engenho trata bem seus trabalhadores, e essa impressão continua quando se tem um salto temporal e o filho (vivido pro Armie Hammer) toma posse das terras.

Mas tudo isso se transforma abruptamente. O fazendeiro que sempre parecia um pouco indignado, em relação aos maus tratos das fazendas vizinhas, sofre uma transformação repentina que é marcada com o surgimento de um capataz, que não tinha aparecido anteriormente na história, mas cujo envolvimento prévio na história fica implícito. O fazendeiro, que no filme nunca tinha maltratado um escravo, manda Nat para ser açoitado, sem nenhum motivo aparente. E quando os machucados de Nat estão sendo costurados, percebe-se que ele já tem várias cicatrizes providas pelo chicote, o que passa, para quem assiste o filme, sensações de confusão e indagação, que nada mais são do que problemas da narrativa.

O problema ainda vai mais embaixo. A prometida revolta dos escravos começa a acontecer mais ou menos nos 25 minutos finais da projeção. O filme inteiro é a construção do sentimento de revolta de Nat, e o espectador espera ansiosamente, porém nada muda no personagem, até os momentos finais. O clímax do filme é puramente a revolta, porém ela é feita de forma apressada, mal montada e falhando ao demonstrar a magnitude do que realmente aconteceu. Ao final do filme, um letreiro aparece e informa ao espectador que a revolta durou dois dias e teve como resultado a morte de 60 donos de fazenda. Parker retrata o mesmo acontecimento como se tivesse se desenrolado em pouco mais de um dia, e que só apresentara algumas fazendas como alvo. Aí temos a narrativa falhando novamente.

Além disso, não há como se envolver emocionalmente com os personagens. São todos porcamente desenvolvidos, e alguns ainda se contradizem, como o fazendeiro e também uma criança escrava, que trai a revolta em determinada uma empreitada. Você chega no clímax sem se importar com ninguém além de Nat, que é o único desenvolvido na história. Vale ressaltar que todos os atores estão muito bem no filme, o roteiro (novamente) é o problema. Ele falha em causar emoção no espectador, algo que 12 Anos de Escravidão faz com maestria ao utilizar tanto personagens cativantes, quanto momentos horríveis de crueldade contra o ser humano, para fisgar as pessoas que o assistem. Nascimento de uma Nação só tem a brutalidade como marca, para demostrar o sofrimento das pessoas escravizadas na época, o que por um lado é uma decisão corajosa, mas que acaba tornando-se um tanto inconclusiva e gratuita aqui. Além de tudo, o filme ainda tenta usar algumas cenas, fruto de visões de Nat, como metáforas que falham na execução por não terem muito espaço na história.

O Nascimento de uma Nação é um bom começo como diretor para Nate Parker. É um filme que recebeu muito hype e quer passar uma importante mensagem para o público, mas sofre muito com o roteiro, e um pouco com a direção precipitada de Parker.

Texto escrito por Daniel Sodré 

Redação Bastidores

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