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Crítica | X-Men: O Filme

Redação Bastidores Redação Bastidores
In Catálogo, Cinema, Críticas•1 de março de 2017•7 Minutes

Há 17 anos, era lançado o primeiro filme com o grupo de mutantes da Marvel. Com um orçamento simples e com um diretor que não era conhecido na época, o primeiro filme do X-Men se tornou um divisor de águas dos filmes de quadrinhos. Não foi só um elemento, mas a junção de vários que o deixaram como algo diferente do que havia isso feito até então com os filmes de super heróis.

Acompanhamos toda a narrativa pelos olhos de Vampira (Anna Paquin) e Wolverine (Hugh Jackman). Como ambos estão conhecendo os mutantes e entendendo os ideais de Charles Xavier (Patrick Stewart), o espectador vai vendo junto com os personagens aquele universo. O diretor Bryan Singer junto com o roteirista David Hayter são os grandes responsáveis porque esse primeiro filme foi tão importante para os filmes de super heróis: porque pensam em cinema.

Singer, que não tinha experiência em dirigir blockbusters, decidiu evitar transformar o filme em um comic book movie. O foco não eram os heróis evitando que Magneto (Ian McKellen) domine o mundo, por mais que aja uma batalha pela humanidade e ela seja física, ela é feita por uma diferencia de ideologias. Enquanto Xavier é um idealista com a sua ideia de igualdade, Magneto é um realista e percebe como os humanos temem os mutantes ao ponto dele querer dar o primeiro golpe, antes que os humanos o façam. É importante falar que em momento algum Singer utiliza maniqueísmos baratos para transformar Magneto é um vilão. Ele tem um ponto de vista que é argumentado e desenvolvido durante todo o longa, embora descordamos dos seus métodos.

A maneira como é desenvolvida essa diferença de ideologias e como os personagens secundários ficam no meio dessa batalha é muito interessante, pois alunos de Xavier acreditam mais na visão cínica de Magneto do que a dada pelo bom professor, entre eles o próprio Wolverine. O roteiro de X-Men não é quer apenas criar sequências de ação. Ele se interessa em personagens, desenvolvimentos, conflitos, arcos dramáticos e motivações, o que mostra que foi roteiro diferente dos outros filmes de heróis na época que estavam interessados em apenas colocar o herói na tela. Isso já demonstrou além de um bom entendimento do material que tinha em mãos, como a equipe foi madura.

A maioria dos personagens estão muito bem desenvolvidos. O Wolverine de Hugh Jackman é muito interessante, mesmo sendo diferente dos quadrinhos, que é mais esquentado e não é o grande protagonista da história. Mas no cinema, essa adaptação do personagem funcionou muito bem. Não só graças a performance de Jackman que mostra carisma e um cuidado em criar vários detalhes físicos para a composição do Wolverine, mas como o personagens tem um mistério em seu passado que se mostra muito envolvente. Já foram falados de Xavier e Magneto, que são feitos com muita dignidade – respectivamente – por Patrick Stewart e Ian McKellen, que ambos mostram uma forte presença e imponência quando estão em tela. Famke Jensen cria uma Dra. Jean Grey que mostra ao mesmo tempo que namora Scott Summers/Ciclope (James Marsden) sente algo a mais por Wolverine, além de demonstrar charme.

Já Ciclope e Tempestade (Halle Berry) foram prejudicados. O primeiro se mostra um completo banana, que enfraquece completamente o conflito entre Jean Grey e Wolverine, enquanto a segunda é muito pouco explorada como personagem. O mesmo vale aos ajudantes de Magneto que servem mais para serem rivais dos heróis e criarem ótimas cenas de luta, mas como personagens não há um desenvolvimento muito interessante entre eles. Mística (Rebecca Romjin) e Dentes de Sabre (Tyler Mane) são personagens que poderiam ter apresentado mais substância.

A direção de Singer é muito clássica. Em toda sua carreia – nos seus melhores e piores momentos – o diretor sempre mostrou que sabia filmar com elegância. Notem a calma em que Singer prepara as cenas de ação, com tudo ocorrendo de uma maneira que o espectador perceberá quando acontecerá a luta, sem que perca a elegância. O diretor mostra também inteligência e imaginação em mostrar como cada poder está sendo utilizado. Além do cuidado em deixar claro a geografia dos locais o quais ocorrem as batalhas, deixando claro aonde ocorre e quem está em relação a tal lugar ou pessoa. É uma das principais características do Bryan Singer como diretor.

Se tem algo que envelheceu no filme são os efeitos especiais. Não por culpa de Singer e sua equipe, mas pelo estúdio ter dado pouco tempo e dinheiro para a produção. Custou 75 milhões de dólares, que para um filme como esse é um orçamento muito pequeno se pensar o quanto de maquiagem, figurantes e efeitos necessita esse universo. Se notarem bem, no clímax claramente os metais da Estátua da Liberdade são de espumas, além do efeito nos olhos da Mística serem muito artificiais.

Apesar desses problemas de tempo, X-Men foi um filme que mudou o pensamento no filmes de super heróis, que não era um gênero na época do seu lançamento. Vemos que é um filme pensado não apenas para os fãs, mas como obra cinematográfica. Se Singer não tivesse a personalidade e a competência em realizar esse filme, dificilmente teríamos Sam Raimi no Homem Aranha e Christopher Nolan no Batman que deram visões pessoais desses personagens. E é isso o que falta nos filmes de heróis de hoje.

X-Men: O Filme (X-Men, EUA – 2000)
Direção: Bryan Singer

Roteiro: David Hayter
Elenco: Hugh Jackman, Patrick Stewart, Ian McKellen, Halle Berry, Famken Janssen, James Marsden, Anna Paquin, Rebeca Romijn
Gênero: Aventura, ação, super heróis
Duração: 134min.

https://www.youtube.com/watch?v=REynEUnNaQE&ab_channel=FilmesHQ%27s

Redação Bastidores

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