Muitos jogos de ação são pura adrenalina: reflexos rápidos, combos espetaculares e explosões a cada esquina. Mas existe uma categoria de games que nos recompensa por pensar um pouco mais. São títulos onde timing, posicionamento e planejamento são tão importantes quanto a velocidade das suas mãos.
Prepare-se para uma jornada por jogos onde inteligência e força andam lado a lado. Estes são os games que te convidam a usar o cérebro tanto quanto os dedos, transformando cada batalha em um verdadeiro xadrez com espadas.
7. Monster Hunter: World
À primeira vista, Monster Hunter: World parece ser apenas sobre caçar monstros gigantes com armas gigantes. Mas, na verdade, ele é um sistema complexo de preparo, adaptação e execução. Antes de cada caçada, os jogadores passam um bom tempo planejando, escolhendo as armas, as armaduras, as resistências elementais e até a comida que vai te dar bônus. Esquecer um simples detalhe pode te levar à morte em poucos minutos.
As lutas são cheias de camadas. Os monstros podem ficar enfurecidos, mudar o comportamento e até usar o terreno contra você. Saber a hora certa de quebrar um chifre ou cortar uma cauda é crucial. Além disso, cada tipo de arma exige uma abordagem totalmente diferente, o que torna a estratégia de um jogador o pesadelo de outro.
6. Dragon’s Dogma: Dark Arisen
O que mais chama a atenção em Dragon’s Dogma é o sistema de escalada, mas o verdadeiro destaque é o quão tático seu combate pode ser. Os pawns são seus companheiros de IA que aprendem e se adaptam às suas táticas. Quando esses ajudantes enfrentam inimigos com suas próprias peculiaridades e resistências, as coisas se complicam rapidamente.
Saber a hora de atacar, onde escalar e como desequilibrar um monstro não é apenas uma questão de equipamento. O ciclo de dia e noite afeta o comportamento dos inimigos, o gerenciamento de stamina muda a forma como você se agarra aos monstros e os tempos de conjuração de feitiços exigem um posicionamento perfeito. Não é um RPG de ação que te deixa rolar e atacar sem pensar, é uma verdadeira aula de sobrevivência.
5. Sekiro: Shadows Die Twice
Ao contrário da maioria dos títulos da FromSoftware, Sekiro: Shadows Die Twice não permite que você trapaceie com builds, farm de experiência ou cooperativo. Não há barra de estamina ou atributos para te salvar. A única coisa que te leva para frente são os seus reflexos. Cada chefe é um teste brutal de quão bem você pode aprender seus padrões.
Sob a ação frenética de espadas, existe um sistema absurdamente calculado. A postura, as deflexões e o desequilíbrio do inimigo transformam cada duelo em uma batalha psicológica. Os inimigos de Sekiro são tão inteligentes que te punem por cada erro. Este jogo não aceita nada menos que a maestria.
4. Furi
À primeira vista, Furi pode parecer um bullet hell isométrico (com uma câmera que acompanha o personagem de cima para baixo) com estilo de anime. Mas na verdade, é um teste psicológico. Cada luta é um confronto isolado que mistura reflexos rápidos com reconhecimento de padrões. O jogo não tem “encheção de linguiça”, e te mantém sempre focado na batalha. É você e o chefe, se observando, prontos para o golpe fatal.
Cada chefe tem múltiplas fases e a cada uma introduz novas mecânicas e armadilhas. A mistura de desviar de projéteis e defletir ataques no corpo a corpo transforma cada luta em um jogo de ritmo com riscos altíssimos. Furi te dá uma lâmina, um ritmo e uma lição brutal de tempo.
3. Batman: Arkham Knight
Ninguém limpa uma sala como o Cavaleiro das Trevas, mas Arkham Knight é mais do que apenas um show de força. Cada segmento furtivo é um quebra-cabeça disfarçado. Os inimigos estão em constante estado de alerta, se adaptando às suas táticas, e o Batman precisa isolá-los e neutralizá-los sem ser visto. Um movimento errado e o predador se torna a presa.
No combate, a coisa fica ainda mais complexa. Os gadgets não são apenas distrações; são ferramentas essenciais para controlar o espaço e interromper ataques. Existem tipos diferentes de inimigos que te forçam a se adaptar rapidamente, com médicos revivendo aliados, brutos que precisam de finalizações de combo e drones que te obrigam a prestar atenção no ambiente em 3D. Batman não vence porque é mais forte, ele vence porque está sempre três passos à frente.
2. Nioh 2
Ninguém espera facilidade em Nioh 2, mas o que começa como um soulslike com a estética de yokais (demônios do folclore japonês) se torna algo muito mais profundo. Há um sistema de familiaridade com armas, posturas que mudam seu estilo de ataque e habilidades de yokai que dão a cada build um kit completo de caça. O número de opções é vasto, e é aí que a mágica acontece.
Jogadores que o tratam como um “esmagar botões” serão aniquilados. Aqueles que mergulham fundo nas mecânicas de combos e magia encontram um dos sistemas de combate mais recompensadores já feitos. Cada chefe é um exame final, e somente o preparo te faz passar.
1. Bayonetta 2
Na superfície, Bayonetta 2 parece puro espetáculo, com cabelos de demônios gigantes, chefes anjos que fazem break dance e cenas de corte frenéticas. Mas debaixo de todo o caos, existe um sistema de combate que exige previsão. O “Witch Time” é uma ferramenta de tempo estrita que transforma esquivas em contra-ataques devastadores. Apenas jogadores que dominam essa mecânica sobrevivem.
O posicionamento dos inimigos também é crucial. As hordas de inimigos, muitas vezes com tipos muito diferentes, forçam o jogador a priorizá-los com cuidado, ou ele será massacrado. Até a escolha da arma muda o fluxo de cada encontro, com combos de controle de grupo ou de dano a um único alvo. É um balé com escopetas, mas cada pirueta tem um propósito.
Apaixonada por explorar os universos do cinema, jogos e séries. Mergulho nas histórias que nos fazem rir, chorar e sonhar, e escrevo sobre o que encontro.