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Crítica | Casa Gucci desperdiça elenco e não empolga

Gabriel Danius Gabriel Danius
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•25 de novembro de 2021•7 Minutes

É quase que unânime entre os cinéfilos que Ridley Scott é um dos grandes nomes da sétima arte. O cineasta que dirigiu grandes clássicos, como Alien: O Oitavo Passageiro e Blade Runner, mas que ultimamente vem tendo vários resultados pífios na bilheteria com suas últimas estreias, com filmes que deixam muito a desejar com roteiros médios e sem profundidade. Nesse último caso se pode dizer que Casa Gucci é uma nova decepção do diretor, pois o longa tinha tudo para ser ótimo, mas acabou deixando muito a desejar.

O longa conta uma história de ganância e poder em que a família Gucci se envolveu, dando foco maior na relação do casal Patrizia Reggiani e Maurizio Gucci, herdeiro da Gucci e que foi assassinado em 1995. A película foi adaptada do livro Casa Gucci, obra de mais de 500 páginas escrita por Sara Gay Forden.

Por ser uma adaptação de um livro extenso é compreensível que o filme tenha quase três horas de duração. O que é incompreensível é o fato de uma história que instiga a todos ser tão enfadonha de se acompanhar. Isso ocorre não pelo fato da produção ser longa e sim por ela ser chata e extremamente cansativa, tendo um ritmo lento e contando com uma narrativa que se desenvolve no estilo de uma novela. O cineasta perde bastante tempo apresentando os personagens e estabelecendo relação entre eles na primeira uma hora e depois precisa correr para apresentar os fatos e as intrigas que resultaram na morte de Maurizio Gucci.

O roteiro escrito pela dupla Becky Johnston, Roberto Bentivegna, usou quase todo o primeiro ato para criar o relacionamento entre Maurizio e Patrizia. É de se entender que a trama conta uma história de amor que acaba resultando em tragédia, mas há muito mais nesse caso Gucci que um conto de amor. Os próprios planos criados por Patrizia para passar a perna nos parentes de Maurizio e assim adquirir os 100% das ações da Gucci, e que deveriam ser o ponto forte da trama, acabam por perder o brilho e o protagonismo para as brigas relacionadas entre o casal Gucci.

Não seria nenhum erro afirmar que House of Gucci (nome original) se sairia melhor se tivesse sua narrativa abordada em uma minissérie, até porque a impressão que se dá ao terminar o longa é que ficou faltando algo a ser mostrado. Esse item a mais que faltou pode ser observado no ato final, em que se esperava uma investigação para descobrir quem era o assassino e também para tentar entender melhor as motivações que levaram ao crime. O problema é que esses acontecimentos são mostrados de uma forma tão genérica e rápida que acaba deixando a sensação no público de quero mais. No momento mais empolgante acaba por se correr e contar tudo de uma forma tão resumida que tira a força do final.

Tendo como principal estrela do elenco, a superstar Lady Gaga tem a difícil tarefa de interpretar a protagonista, uma personagem forte e com muitas camadas a ser desenvolvida. A atriz e cantora até que se sai bem em alguns momentos, mas o problema nem é sua interpretação que soa como brega em alguns momentos, isso tamanha a forçação de barra para passar sentimentos como raiva e tristeza, e sim a dificuldade de Ridley Scott em realmente desenvolver Patrizia Reggiani. Em vários momentos a atuação de Gaga lembra a vista em novelas americanas, de tão falso que ficou.

Mas não apenas Lady Gaga fica parecendo uma cópia mal feita de Patrizia, como o outro protagonista também não se sai bem em interpretar Maurizio Gucci, um homem simples em um primeiro momento, mas que depois começa a pensar alto demais e a gastar os milhões da empresa como se fossem seu. Adam Drive teve essa complicada tarefa e o ator, assim como Gaga, se esforça bastante para legitimar o personagem, porém acaba soando como algo brega e até mesmo ridículo suas caras e bocas.

Quem realmente rouba a cena são dois atores veteranos, mas que acabaram por não ter tanto destaque na trama, até porque seus personagens são secundários. Al Pacino e Jeremy Irons estão fantásticos, tanto na caracterização, quanto também no jeito que dão vida aos irmãos Rodolfo Gucci e Aldo Gucci, os criadores da Gucci. Diferente dos protagonistas, ambos prendem a atenção do público e dão uma melhor caracterização para dois nomes que se não são tão importantes na trama, pelo menos acabam por ganharem destaque justamente pela atuação dos dois.

Casa Gucci tinha tudo para ser uma filmaço, pelo menos trazia todos os elementos para isso. No longa, encontra-se alguns problemas de roteiro e a própria direção de Ridley Scott não é espetacular, além de trazer um ritmo lento da narrativa, algo que transforma o longa em chato e cansativo, também traz uma abordagem novelesca para a trama. A produção daria um ótimo roteiro para a série criminal American Crime Story, que poderia destacar com riqueza de detalhes várias questões particulares que não são abordadas em Casa Gucci, e isso é realmente uma pena, pois havia potencial para o filme ser maior do que realmente foi.

Casa Gucci (House of Gucci, Canadá/EUA – 2021)

Direção: Ridley Scott
Roteiro: Becky Johnston, Roberto Bentivegna, Sara Gay Forden (livro)
Elenco: Lady Gaga, Adam Driver, Al Pacino, Jeremy Irons, Jared Leto, Jack Huston, Salma Hayek
Gênero: Policial, Drama
Duração: 158 min.

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Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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