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Crítica | Não Olhe Para Cima – O Apocalipse Visto de Perto

Gabriel Danius Gabriel Danius
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•8 de janeiro de 2022•8 Minutes

O apocalipse já foi representado das mais diversas formas acontecendo na Terra no cinema, e na maioria das vezes o cenário catastrófico teve como foco principal ou algo que era quase impossível do homem controlar, como alguma força da natureza, como é mostrado em O Dia Depois de Amanhã (2004) ou uma ameaça que vinha do espaço, como pode ser visto em Armageddon (1998), e em quase todas essas produções o tom usado era o do caos global, algo que pode ser presenciado novamente em Não Olhe Para Cima.

Dirigido por Adam McKay, longa da Netflix se tornou popular por trazer em sua sinopse dois astrônomos, Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence) e Randall Mindy (Leonardo DiCaprio), que acabam por descobrir acidentalmente que um cometa está vindo em direção à Terra e irá entrar em rota de colisão com o planeta, causando assim a total extinção da vida como a conhecemos. Fato que o filme não é apenas uma ficção sobre o apocalipse, mas também traz toques de realidade com a pandemia do COVID-19 que vivenciamos no momento.

Paralelo com a Realidade

Adam McKay é famoso por ser um cineasta que gosta de trabalhar os roteiros de seus filmes. Fez isso em A Grande Aposta (2015) e em Vice (2018), colocando nas tramas questões importantes para as narrativas e inserindo nos longas muitos diálogos. Por isso mesmo não é conhecido por trabalhar questões secundárias que serviriam ao cinema do entretenimento, como a ação nem mesmo outras questões que seriam pertinentes para produções apocalípticas no estilo de Não Olhe Para Cima, como a emoção em ver a raça humana sendo destroçada e até mesmo uma pitada de ficção, que acabam sendo deixadas de lado pelo diretor neste lançamento da Netflix.

O tom ácido adotado no humor do filme é algo que fica evidente nos diálogos, tanto dos protagonistas Randall Mindy e Kate Dibiasky, quanto dos personagens secundários, e isso é algo que prende ainda mais a atenção do espectador, pois a história em si, que parecia ser séria demais por retratar a realidade em que vivemos, acaba se tornando tão ridícula por ser real, que acaba sendo engraçado o jeito como certos personagens são retratados, casos da Presidente Janie Orlean, interpretada de forma caricata por Meryl Streep e Jason Orlean – esse sim roubando a cena – interpretado magnificamente por Jonah Hill.

O principal argumento do roteiro, e que tornou o longa tão popular, é a questão do negacionismo, fato esse que salta aos olhos logo que os dois astrônomos se encontram na Casablanca com a Presidente, fica claro também que há certos interesses políticos em jogo, já que há uma campanha para desacreditar a ciência por parte dos políticos que estão no poder, no caso por parte da Presidente, isso é feito pelo roteiro pensando em construir um paralelo com a realidade com que muitos políticos estão desacreditando a vacina que está sendo usada contra a COVID-19, em que muitos desacreditam seus benefícios. O roteiro acaba por utilizar essa onda do negacionismo atual que varre o planeta para criar o seu principal problema no longa.

Portanto, o roteiro tem a sua inteligência em utilizar aspectos atuais e assim desenvolver a trama, e também criticar aspectos políticos e econômicos que são usados até em momentos do fim do mundo da maneira mais mesquinha possível, e que são simbolizados pela Presidente e pelo empresário Peter Isherwell, que sonha em monetizar até mesmo o cometa. São discussões relevantes que são inseridas na trama, mas que deixam de lado o principal ponto para grande parte do público: o apocalipse. Fica a sensação que parece mais um filme sobre o capitalismo e sobre política que propriamente um filme sobre o fim do mundo.

Elenco de Peso

Houve um investimento grande no elenco, com estrelas do cacife de Jenniffer Lawrence, Leonardo DiCaprio, Meryl Streep, Jonah Hill, Cate Blanchett e Timothée Chalamet participando com mais força da trama. A grande questão mesmo é se seus personagens eram relevantes para a história, pois a impressão que se dá é que mesmo o próprio Chalamet quanto a própria Cate Blanchett ganha tanto tempo de tela mais por serem quem são, ou seja, grandes nomes do cinema, do que por terem relevância na narrativa.

Já Leonardo DiCaprio está ótimo no seu papel e muito disso está no seu personagem, já que o cientista Randall Mindy faz um estilo bobalhão que acaba ajudando o governo, tem camadas e nisso DiCaprio explora bem, é explosivo ao estilo Al Pacino, chega a ser até engraçado em alguns momentos. Já Jennifer Lawrence chega a ser uma grande decepção e não a sua atuação em si, mais pela sua protagonista que é ruim mesmo, não é bem desenvolvida em um certo momento. McKay a perde de vista e quase a abandona, tanto que acaba colocando Chalamet como um par romântico para a personagem não ficar sozinha, sendo que a Kate interpretada por Lawrence era ótima no primeiro ato, mas depois vai se enfraquecendo.

Muitos fãs também criticaram a falta de ação do longa, que por ser do estilo apocalíptico bem que poderia ter sim mais ação, mas a ideia de Adam McKay nunca foi focar na adrenalina e sua ideia sim era a de criticar a humanidade em si e como agimos em certas situações, e o diretor o faz até que bem, tá certo que em alguns momentos poderia ter dado maior dinamismo para a trama e ter deixado a narrativa menos chata com um ritmo mais veloz.

Não Olhe Para Cima pode não ser comparado com os filmes apocalípticos de antigamente, já que não há nenhum protagonista com o vigor de Bruce Willis, mesmo assim a narrativa se desenrola bem e prende o público em frente à TV, além de trazer uma mensagem que pode ser vista como  atual, além de confrontar muito do que vem acontecendo atualmente na sociedade e no mundo.

Não Olhe Para Cima (Don’t Look Up, EUA – 2021)

Direção: Adam McKay
Roteiro: Adam McKay, David Sirota
Elenco: Leonardo DiCaprio, Jennifer Lawrence, Meryl Streep, Cate Blanchett, Rob Morgan, Jonah Hill, Mark Rylance, Tyler Perry, Timothée Chalamet, Ron Perlman, Ariana Grande, Kid Cudi, Himesh Patel, Melanie Lynskey, Michael Chiklis, Paul Guilfoyle
Gênero: Comédia, Drama, Ficção Científica
Duração: 145 min

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Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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