O regime do Talibã anunciou neste último domingo (18) que vai banir totalmente o acesso a PUBG: Battlegrounds no país.
Segundo o grupo que administra o país, o jogo é responsável pela “promoção da violência” e por “enganar a juventude” e deve parar de ser comercializado no prazo de três meses.
Segundo o site Khaama Press, a decisão de banir o jogo do país foi anunciada no mês de abril deste ano, mas somente agora ficou claro como isso deve ser feito.
As empresas de telecomunicações que atuam no Afeganistão e os provedores de serviço de internet, terão que trabalhar em soluções que impeçam que a população local tenha acesso ao game em um prazo de 90 dias.
O foco do banimento é a versão de PUBG para dispositivos mobile, e a decisão também vai afetar as atividades do TikTok no país — este último deve ser bloqueado em um prazo de somente um mês.
O governo local afirma que, além de “enganar a juventude”, a rede social faz com que as pessoas “desperdicem tempo” que poderia ser usado em atividades mais produtivas.
PUBG mobile é um grande sucesso no Afeganistão
Lançado no começo de 2021 no Afeganistão, PUBG Mobile tornou-se um grande sucesso entre os jogadores do país.
Na época de lançamento, foi responsável por elevar consideravelmente o tráfego de dados móveis local, atraindo públicos de mais de 100 mil jogadores simultâneos em algumas regiões.
A popularidade do game veio acompanhada por uma série de incidentes de pânico moral, que associavam o título à corrupção da juventude e a outros problemas sociais.
Com o retorno do Talibã ao poder, algo que ocorreu em agosto de 2021, parecia somente questão de tempo até que o game fosse totalmente banido do Afeganistão.
Conhecido pelas políticas repressoras e por rejeitar conteúdos produzidos por países ocidentais, o Talibã já baniu diversos produtos culturais do país e bloqueou o acesso a 23 milhões de sites considerados “imorais”.
No entanto, o acesso fácil a VPNs pela população local mostra que há formas relativamente fáceis de lidar com os banimentos impostos.