logo
  • Início
  • Notícias
    • Viral
    • Cinema
    • Séries
    • Games
    • Quadrinhos
    • Famosos
    • Livros
    • Tecnologia
  • Críticas
    • Cinema
    • Games
    • TV
    • Quadrinhos
    • Livros
  • Artigos
  • Listas
  • Colunas
  • Search

Crítica | King Kong (1976)

Ayrton Magalhães Ayrton Magalhães
In Catálogo, Cinema, Críticas•7 de março de 2017•6 Minutes

Quando o produtor Dino De Laurentiis anunciou que um remake do filme King Kong (1933) seria feito e que estrearia no natal do ano de 1976, com direção de John Guillermin, todos ficaram ansiosos para assistir a essa nova versão do clássico. Mas o resultado infelizmente não agradou a maioria dos fãs do gorila gigante. Tanto pelo fato do filme ser bem inferior ao original de 1933 quanto pelas significativas mudanças na história. Mas o filme acaba por não ser uma decepção completa, conseguindo gerar vários momentos bons durante o desenrolar da trama. Mas, infelizmente, ele não consegue honrar o filme original.

O filme começa em Surabaya na Indonésia. O fotógrafo Jack Prescott (Jeff Bridges) embarca clandestinamente em um navio de uma empresa de petróleo que está partindo em busca de novas terras para extrair o recurso, mas no meio da viagem, Jack é descoberto e ao mesmo tempo ele avista um bote naufragando no mar. Dentro dele estava a jovem Dwan (Jessica Lange) que decide seguir viagem junto da equipe petrolífera no navio. Ao chegarem na ilha, a tripulação se depara com uma tribo indígena local ensaiando uma espécie de sacrifício, os nativos avistam a tripulação e oferecem trocar 6 mulheres pela Dwan, a oferta é recusada. Porém, de noite, a tribo a sequestra no navio e a dão como oferenda ao gigantesco gorila, King Kong.

Podemos notar logo pelo início que a trama deste já se difere bastante do filme de 1933. A começar que ao invés de uma equipe de filmagens, desta vez é uma equipe petrolífera que decide ir a ilha, com isso mudando todo o rumo da história e obviamente as intenções que os levaram a ilha. Os protagonistas também sofreram mudanças drásticas, tendo os nomes e origens mudados completamente, mas o que realmente mais chamou a atenção e soou como algo completamente forçado e desnecessário, foi o Kong ter escalado a torre do World trade center ao invés do Empire State Building. O motivo de tal mudança foi explicado no filme, mas isso não tirou o fato dela ter ficado completamente forçada e com isso tirando um dos elementos que mais marcou o original.

O roteiro de Lorenzo Semple Jr explora muito bem o relacionamento entre Dwan e o Kong. Ele dá um ar mais íntimo entre os dois, com isso fazendo com que ela se importe com o Kong e não o veja como uma ameaça como foi no filme original, isso acaba por gerar ótimos momentos entre eles, como por exemplo a cena da morte do Kong. Aqui ela se torna mais trágica por conta disso. Mas ao mesmo tempo que consegue gerar bons momentos, também acaba rendendo momentos totalmente vergonhosos como a cena em Kong a seca após o banho na cachoeira.

O núcleo humano do filme é satisfatório, nada muito pífio, mas também nada que esteja num nível elevado. A grande surpresa mesmo vinda do elenco foi a estreante Jessica Lange, que interpreta a naufraga Dwan (não é revelado em nenhum momento do filme o seu sobrenome), ela é claramente a reinvenção da personagem Ann Darrow do filme de 1933, ambas são aspirantes a atriz e foram sequestradas pelo gigantesco gorila Kong. A apresentação da intérprete de Lange foi totalmente forçada, nada orgânica e as suas falas são totalmente indignas e clichês, e ela também rende péssimos momentos para longa, porém, o problema da personagem está no roteiro e não na atuação de Lange. A atuação de Lange para uma estreante está muito boa, ela chegou a receber um globo de ouro de melhor estreia feminina por sua atuação no filme

King Kong, o grande astro do filme, ganhou vida aqui por meio de um ator fantasiado, neste caso o ator Rick Baker que veste a fantasia, bem diferente do filme de 1933 que foi feito pela técnica de animação Stop Motion. O visual da fantasia em si é muito bom, mas quando o ator a veste e o vemos em ação, o resultado não é nada satisfatório, chegando a parecer risível e nada orgânico em várias cenas. 

Quanto a trilha sonora composta por John Barry, considero ela um dos maiores acertos do filme. Os temas que ele criou são marcantes e conseguem dar vida as cenas.

Enfim, o remake de King Kong não é uma decepção completa como muitos falam, mas suas falhas grotescas são totalmente perceptíveis e atrapalham a experiência. Mesmo mantendo parte da essência do filme original, ele nem chega perto de ser o que o original foi. Um bom filme de aventura, mas também ele não passa disso.

King Kong (King Kong, EUA – 1976)
Direção: John Guillermin

Roteiro: Lorenzo Semple Jr
Elenco: Jeff Bridges, Charles Grodin, Jessica Lange, Rick Baker, John Randolph, Rene Auberjonois
Gênero: Aventura, fantasia
Duração: 134 minutos.

Mostrar menosContinuar lendo

Ayrton Magalhães

"Todas essas lembranças se apagarão com o tempo, como lágrimas na chuva"

Citação de um dos meus filmes favoritos de todos os tempos, Blade Runner - O Caçador de Androides.

Mais posts deste autor

Add comment

  • Prev
  • Next
Posts Relacionados
Cinema
Jesse Eisenberg revela planos inusitados para conhecer Mark Zuckerberg antes de “A Rede Social”

Jeremy Strong fala sobre viver Mark Zuckerberg na sequência de ‘A Rede Social’

Jeremy Strong elogiou o roteiro da sequência de 'A Rede Social' e falou sobre…


by Matheus Fragata

GamesSéries
Modders removem mais de mil linhas 'inúteis' de diálogo de God of War Ragnarok

Vazamento revela chamada de elenco para a série ‘God of War’ da Amazon

Vazou a chamada de elenco da série 'God of War' da Amazon. Descrições revelam…


by Matheus Fragata

Cinema
'Telefone Preto 2' lidera bilheteria e dá respiro à Blumhouse; comédia com Keanu Reeves fracassa

‘Telefone Preto 2’ lidera bilheteria e dá respiro à Blumhouse; comédia com Keanu Reeves fracassa

O terror 'Telefone Preto 2' estreou em 1º lugar, superando expectativas. Já a…


by Matheus Fragata

© 2025 Bastidores. All rights reserved
Bastidores
Política de cookies
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. O consentimento para essas tecnologias nos permitirá processar dados como comportamento de navegação ou IDs exclusivos neste site. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.
Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerenciar opções Gerenciar serviços Manage {vendor_count} vendors Leia mais sobre esses propósitos
Ver preferências
{title} {title} {title}