Apelo pela libertação de Andrei Gnyot: EFA e BIFA unem forças

A Academia Europeia de Cinema (EFA) e a Academia de Cinema Independente da Bielorrússia (BIFA) emitiram um apelo conjunto pela libertação imediata do cineasta e ativista bielorrusso Andrei Gnyot, atualmente detido na Sérvia. Gnyot enfrenta uma possível extradição para a Bielorrússia, onde corre risco de prisão e outras consequências severas devido ao seu trabalho documental durante os protestos de 2020.

Contexto da prisão de Andrei Gnyot

Andrei Gnyot ganhou notoriedade por capturar imagens dos protestos na Bielorrússia, especialmente focando em atletas que clamavam por eleições livres e justas. Suas atividades chamaram a atenção das autoridades bielorrussas, que agora o processam judicialmente. Gnyot foi preso na Sérvia após um pedido de busca da Interpol, solicitado pela Bielorrússia. Embora o pedido tenha sido posteriormente cancelado pela Interpol, as autoridades sérvias mantiveram a sua detenção, aumentando a preocupação sobre sua possível extradição.

Declarações das Academias de Cinema

A BIFA descreveu Gnyot como um prisioneiro político e destacou que seu caso é parte dos esforços contínuos do governo bielorrusso para suprimir a dissidência após as eleições presidenciais contestadas de 2020. A declaração completa da BIFA é contundente ao afirmar que Gnyot, se extraditado, enfrentaria prisão, tortura e até pena de morte na Bielorrússia. A BIFA também chamou a atenção para o fato de que Andrei Gnyot é reconhecido por organizações internacionais de direitos humanos como um prisioneiro político.

A EFA manifestou sua solidariedade com os cineastas bielorrussos e ecoou as preocupações da BIFA, pedindo às autoridades sérvias que libertem Gnyot “imediata e incondicionalmente”. Ambas as academias apelaram a outras instituições cinematográficas e culturais para apoiar esta causa, ressaltando a urgência da situação.

A Anistia Internacional já havia pedido a suspensão do processo de extradição de Gnyot após uma decisão favorável de um tribunal sérvio em junho. Este apelo internacional visa aumentar a pressão sobre as autoridades sérvias para que ajam rapidamente e garantam a segurança de Gnyot.

A Declaração da BIFA

A declaração oficial da BIFA enfatiza a gravidade da situação e a necessidade de ação imediata:

“A Academia de Cinema Independente da Bielorrússia exige que o cineasta e ativista Andrei Gnyot seja libertado da prisão sérvia e não seja extraditado de volta para a Bielorrússia. Na Bielorrússia, ele enfrenta prisão, tortura e até pena de morte. Andrei Gnyot é conhecido por fazer documentários durante os protestos na Bielorrússia em 2020 e gravar os apelos dos atletas por eleições livres e justas. Ele está sendo processado pelo regime bielorrusso por estas atividades. Andrei foi preso na Sérvia porque a Interpol aceitou o pedido do regime bielorrusso para procurá-lo. Mais tarde, a Interpol cancelou o pedido de busca; no entanto, a Sérvia não libertou Andrei e o perigo é que ele possa ser extraditado a qualquer momento.

Andrei Gnyot é reconhecido por organizações internacionais de direitos humanos como prisioneiro político. O regime bielorrusso continua a perseguir cidadãos ativos anos após as eleições presidenciais fraudulentas de 2020 para destruir qualquer manifestação de dissidência. As buscas, detenções e tortura continuam inabaláveis na Bielorrússia.

Nenhum país civilizado ou organização internacional coopera com a Bielorrússia na busca e extradição de bielorrussos fugitivos politicamente ativos. Instamos as organizações internacionais e os grupos de direitos humanos a apelarem às autoridades sérvias para que impeçam a extradição de Andrei Gnyot para a Bielorrússia e garantam a sua libertação imediata. Tempo é essencial; aja agora para salvar Andrei Gnyot.”

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