Glen Schofield reflete sobre os desafios de “The Callisto Protocol” e futuro da franquia
Glen Schofield, criador de Dead Space e ex-líder de Call of Duty, recentemente compartilhou uma análise detalhada sobre o desenvolvimento de The Callisto Protocol, o jogo de tiro de sobrevivência e terror que ele liderou após fundar a Striking Distance. Em uma entrevista com o YouTuber Dan Allen Gaming, Schofield discutiu as dificuldades enfrentadas durante a produção do jogo, que teve um desempenho abaixo das expectativas em termos de vendas e críticas, recebendo atualmente 69 pontos de crítica e 6,9 de usuário no Metacritic.
Desafios no Desenvolvimento
Schofield revelou que The Callisto Protocol foi desenvolvido com um custo quatro vezes maior do que o de Dead Space. O aumento do orçamento se refletiu em uma equipe de desenvolvimento significativamente maior, o que, segundo Schofield, teve um impacto direto no cronograma e na qualidade do jogo. O diretor expressou frustração com a pressão para cumprir um prazo de lançamento irrealista. Originalmente, Schofield havia solicitado uma extensão de três meses e meio, mas foi informado que o jogo deveria ser lançado em dezembro de 2022, em vez de em março de 2023, como ele havia planejado.
O custo adicional e a necessidade de acelerar o desenvolvimento levaram a uma série de contratempos, incluindo a necessidade de adicionar mais pessoal para completar o projeto a tempo. Schofield também destacou que a pressão para cumprir o prazo veio intensamente no último ano de desenvolvimento, exacerbada pela “grande renúncia” de 2021 e pela pandemia de COVID-19, que impactou gravemente a equipe.
Impacto na Produção e Planejamento para o Futuro
Durante o desenvolvimento, Schofield e sua equipe enfrentaram desafios significativos, incluindo a remoção de conteúdo planejado, como chefes e inimigos adicionais. Ele menciona que uma sequência havia sido considerada e planejada como parte de uma série em evolução, semelhante à forma como The Witcher se expandiu. No entanto, devido às dificuldades enfrentadas e à pressão para obter lucro imediato, a sequência nunca avançou.
Schofield também comentou sobre a falta de comunicação e suporte da Krafton, a editora do jogo, especialmente após o lançamento. Ele relata que a equipe fez 86 patches para corrigir problemas que deveriam ter sido resolvidos antes do lançamento e que a empresa parecia desinteressada em continuar investindo no IP.
Conclusão e Expectativas
Apesar das dificuldades, Schofield acredita firmemente que The Callisto Protocol merece uma sequência e que o IP tem potencial para crescer e melhorar com o tempo. Ele expressou a opinião de que a falta de uma sequência é “ridícula”, dada a quantidade de conteúdo e ideias que foram cortadas do jogo final. Schofield permanece esperançoso de que, no futuro, o potencial da franquia possa ser explorado e desenvolvido de forma mais adequada.