Criador de personagens em Dragon Age: The Veilguard gera discussão no RPG
A extensa ferramenta de criação de personagens em Dragon Age: The Veilguard tem gerado bastante debate entre os fãs antes do lançamento da sequência do RPG. Em meio a essa discussão, Damion Schubert, ex-designer de combate de Star Wars: The Old Republic e atual diretor criativo da Boss Fight, defendeu a importância dessa funcionalidade.
Em resposta a um tuíte que questionava o propósito das ferramentas de criação de personagens, Schubert destacou que muitos jogadores dedicam uma quantidade significativa de tempo a essa atividade, com alguns passando mais de uma hora apenas na personalização. Ele citou estatísticas impressionantes de Baldur’s Gate 3, que mostraram que os jogadores gastaram coletivamente 8.196 anos criando seus protagonistas. Schubert argumentou que essas ferramentas são essenciais tanto para os desenvolvedores quanto para os jogadores, pois garantem diversidade entre os NPCs (personagens não jogáveis) do jogo, evitando que todos pareçam cópias uns dos outros.
Representação e interpretação de papéis
Ele também ressaltou que permitir que os jogadores personalizem seus personagens é benéfico por várias razões. Muitas pessoas se sentem “vistas” ao criar avatares que refletem sua própria aparência, algo que é especialmente significativo para grupos sub-representados na mídia. “Ver alguém como você é muito mais impactante se você é uma mulher, negra, gay ou tem vitiligo”, afirmou Schubert.
Além de oferecer um espelho da realidade, a criação de personagens em RPGs se relaciona profundamente com a interpretação de papéis. “As pessoas querem criar um personagem e decidir como ele reagiria às situações que o jogo apresenta”, disse ele, ressaltando que parte da diversão está em escolher um personagem que seja interessante e que se alinhe com as experiências do jogador.
Por outro lado, Schubert reconhece que alguns jogadores preferem começar o jogo rapidamente ou se conectar com um rosto familiar, o que explica a necessidade de personagens predefinidos, como o famoso FemShep da série Mass Effect. Essa dualidade entre criação personalizada e personagens prontos é uma parte essencial da experiência em jogos de RPG, como os que a BioWare oferece.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
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