Investigação sobre performance na UFMA gera repercussão política

O deputado Nikolas Ferreira, presidente da Comissão de Educação da Câmara, tomou uma posição firme após a performance erótica realizada por Tertuliana Lustosa durante o I Encontro de Gênero na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O parlamentar acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar possíveis crimes cometidos durante o evento, levantando preocupações sobre a adequação do conteúdo apresentado em um ambiente acadêmico.

Nikolas Ferreira expressou sua preocupação ao comentar os eventos que ocorreram no dia da palestra, mencionando a dança de cunho erótico e a possibilidade da presença de menores no local. “Ainda não sabemos se havia menores de idade presentes no local”, destacou o deputado em sua declaração, reforçando a necessidade de investigação.

Solicitação de informações e possíveis consequências

O deputado também solicitou informações à UFMA sobre o grupo de pesquisa responsável pela realização do encontro, deixando claro que, caso as investigações mostrem conivência com a performance, ele pedirá a exoneração dos professores envolvidos. “Se as apurações demonstrarem ciência e leniência quanto ao fato, solicitarei a exoneração de todos”, alertou Nikolas.

Além disso, o caso será discutido na Comissão de Educação da Câmara, e o deputado planeja protocolar uma indicação ao Procurador-Geral de Justiça para sugerir a abertura de investigação. “Discutiremos todas essas medidas na Comissão de Educação e aguardaremos as apurações e as providências que serão tomadas pela PGR”, afirmou.

O contexto da performance

A apresentação de Tertuliana Lustosa, que incluiu ações provocativas e letras de teor sexual, foi parte do encontro intitulado “Gênero para além das fronteiras: tendências contemporâneas na América Latina e no Sul global”. Enquanto a UFMA já anunciou que tomará as providências cabíveis e reafirmou seu compromisso com um ambiente acadêmico inclusivo, a situação gerou um intenso debate sobre os limites da liberdade de expressão em espaços de educação superior.

O caso levanta questões sobre o papel das instituições de ensino e a responsabilidade dos pesquisadores e palestrantes em relação ao conteúdo que apresentam, especialmente em contextos onde a presença de menores pode ser um fator importante. A repercussão política em torno do incidente pode influenciar a forma como eventos futuros relacionados a gênero e sexualidade são planejados e executados nas universidades.

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