Eduardo Suplicy confirma diagnóstico de linfoma não Hodgkin e inicia tratamento
O deputado estadual Eduardo Suplicy utilizou suas redes sociais nesta segunda-feira, 28, para informar que recebeu, em julho, o diagnóstico de linfoma não Hodgkin. O político, que já passou por quatro das seis aplicações do ciclo de tratamento imunoquimioterápico, compartilhou a novidade com seus seguidores, buscando aumentar a conscientização sobre a doença.
O que é o linfoma não Hodgkin?
O linfoma não Hodgkin é um grupo de mais de 40 tipos de câncer que se desenvolvem no sistema linfático, uma rede de vasos responsáveis por drenar líquidos extracelulares para a corrente sanguínea. O sistema linfático é composto por linfonodos, baço e outras estruturas que desempenham papéis fundamentais na defesa do organismo. Segundo o hematologista Guilherme Perini, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, esse tipo de câncer afeta principalmente pessoas entre 50 e 70 anos, com incidência crescente à medida que a idade avança.
Diferença entre linfoma não Hodgkin e linfoma de Hodgkin
Uma das principais distinções entre linfoma não Hodgkin e linfoma de Hodgkin reside no modo como a doença se espalha pelo corpo. O linfoma não Hodgkin pode surgir em qualquer parte e tende a se disseminar de maneira desordenada, com o diagnóstico muitas vezes ocorrendo em estágios avançados. Em contraste, o linfoma de Hodgkin se espalha de forma mais organizada, apresenta melhores perspectivas de tratamento e cura. O patologista Thomas Hodgkin foi o primeiro a descrever os linfomas, e todas as variedades que não se enquadram em suas características receberam a nomenclatura de linfomas não Hodgkin.
Prognóstico e chances de cura
As estatísticas indicam que cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com linfoma não Hodgkin podem estar vivos em 10, 15 ou 20 anos após o diagnóstico, dependendo do subtipo da doença. Os linfomas de célula tipo B são os mais comuns, enquanto os de tipo T são menos frequentes. O linfoma de células NK (natural killer) é notável por seu papel no combate a células tumorais. A identificação do subtipo é crucial, pois influencia tanto o tratamento quanto o prognóstico do paciente.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é estimado que entre 2023 e 2025 mais de 12 mil casos de linfoma não Hodgkin serão diagnosticados no Brasil.
Tratamento do linfoma não Hodgkin
O tratamento do linfoma não Hodgkin pode incluir imunoterapia, que está disponível tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na rede suplementar. Em casos de recaída ou refratariedade, pode-se utilizar células T modificadas geneticamente, embora essa opção não esteja acessível na rede pública. A escolha do tratamento dependerá do subtipo do linfoma e das condições específicas de cada paciente.
A revelação do diagnóstico de Suplicy traz à tona a importância de discutir o linfoma não Hodgkin e as suas implicações, além de incentivar a busca por informação e apoio para aqueles que enfrentam a doença.