Documentário revive Peter Cushing por IA para celebrar legado em clássicos de terror
A Sky anunciou que trará Peter Cushing de volta às telas através da inteligência artificial para seu novo documentário, Hammer: Heroes, Legends and Monsters. O filme, uma homenagem à trajetória do icônico estúdio de terror Hammer Productions, é narrado por Charles Dance e retrata a ascensão do estúdio entre os anos 1950 e 1970, período em que diversas franquias influentes de terror ganharam vida. A produção promete um tributo especial ao legado de Cushing, falecido em 1994 e amplamente conhecido por seus papéis na Hammer e na franquia Star Wars, onde interpretou o Grand Moff Tarkin.
Com produção da Deep Fusion e direção de Ben Field, o documentário buscará, segundo os realizadores, celebrar as contribuições de Cushing à Hammer Productions, onde sua parceria com o também icônico Christopher Lee ajudou a definir o gênero. “Cushing é uma figura central no sucesso da Hammer, e sua presença é essencial para contar essa história autenticamente”, declarou Field ao Deadline, que informou que todas as permissões para o uso da imagem do ator foram devidamente obtidas para evitar questões legais como as que surgiram com o uso póstumo de Cushing em Rogue One: Uma História Star Wars (2016).
A importância de Peter Cushing e Christopher Lee para a Hammer Films
Entre os destaques de sua carreira na Hammer, Cushing interpretou o Barão Frankenstein em seis filmes da franquia e o Doutor Van Helsing em cinco filmes de Drácula, muitas vezes atuando ao lado de Lee, que interpretava o vampiro. Esses filmes se tornaram clássicos do terror, ajudando a consolidar a imagem da Hammer como um dos estúdios mais icônicos do gênero.
De acordo com a Sky, o uso da IA para trazer Cushing de volta às telas busca não apenas valorizar sua presença no documentário, mas criar uma ponte entre o legado do ator e a geração atual de fãs. Em um comunicado, a emissora declarou que a recriação digital do ator busca fazer uma “revelação poderosa e pungente da realeza da Hammer”, valorizando a importância de Cushing para o estúdio e para o público.
A utilização de IA para reviver figuras icônicas: um debate em evolução
O uso de IA para reviver atores falecidos levanta discussões sobre ética e os direitos de imagem, especialmente com a crescente sofisticação da tecnologia. A recriação de Cushing em Rogue One gerou controvérsia e abriu questionamentos sobre o uso de inteligência artificial para fins cinematográficos. Na produção da Sky, entretanto, os realizadores garantiram que todos os direitos foram cuidadosamente obtidos.
Com uma abordagem que procura respeitar o legado do ator, a produção afirma que esta “homenagem especial” a Cushing vai além do uso de tecnologia, sendo um elemento essencial para explorar o impacto do ator na Hammer Films e no terror. Para Field, o tributo a Cushing não é apenas uma escolha técnica, mas uma forma de honrar “o espírito e o impacto” de um dos ícones mais duradouros do cinema de horror.