O icônico anão retornou em um papel decisivo, mas sua presença no jogo quase não aconteceu, segundo John Epler.

Varric Tethras, um dos personagens mais queridos da franquia Dragon Age, quase ficou de fora do último capítulo da saga, Dragon Age: The Veilguard. O diretor criativo John Epler revelou em entrevista à GamesRadar que, em versões iniciais do jogo, o ex-companheiro de Hawke e Visconde de Kirkwall não faria parte da narrativa.

“Em algumas de nossas primeiras versões do que queríamos fazer para Dragon Age 4, Varric não estava realmente envolvido”, explicou Epler. “Ele estava em Kirkwall, focado em suas responsabilidades como Visconde. Mas, à medida que refinamos a narrativa, percebemos que seria estranho contar uma história sobre Solas sem incluir Varric.”

A jornada de Varric e seu impacto na narrativa

A presença de Varric em The Veilguard acabou sendo essencial, especialmente considerando o papel crítico que ele desempenha na abertura e nos desdobramentos emocionais do enredo. No entanto, seu destino trágico foi um dos momentos mais impactantes do jogo.

[Atenção: Spoilers de Dragon Age: The Veilguard]

No clímax do jogo, descobre-se que Varric foi morto por Solas durante a abertura — junto com sua inseparável besta, Bianca. Durante toda a campanha, os jogadores interagiam com uma ilusão de Varric criada por Solas, o que se revelou parte de um plano maior do Dread Wolf para manipular o protagonista, Rook.

Essa reviravolta reforça o tema central de The Veilguard: arrependimento. Enquanto Solas é atormentado pelas consequências de suas ações, Varric, mesmo em sua forma ilusória, representa alguém que reluta em confrontar seus próprios erros. A interação entre os dois personagens oferece um contraste emocional profundo que, segundo Epler, não teria sido possível sem a inclusão do anão.

Um adeus que reforça a saga

A decisão de trazer Varric de volta, mesmo com um destino trágico, foi fundamental para criar uma conexão emocional com os jogadores veteranos da série. “Foi difícil deixar Varric partir”, admitiu Epler. “Mas sua inclusão e sua perda ressaltam os temas que queríamos explorar em The Veilguard.”

Apesar da dor de perder um personagem tão querido, é inegável que sua presença enriqueceu a narrativa e solidificou o impacto emocional de The Veilguard.

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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