Se na série Loki, o ator Jack Veal vivia no árido e inóspito O Vazio ao lado de outras versões do deus nórdico da mentira, na vida real, ele enfrenta um drama familiar que o levou à condição de sem-teto. Em entrevista ao tabloide britânico Daily Mail, o jovem de 17 anos abriu sobre as dificuldades que vem enfrentando desde que deixou sua antiga casa ao norte de Londres.
Contexto e Dificuldades
De acordo com Jack, uma briga com sua mãe Donna e seu padrasto Steven Veal foi o estopim para sua situação atual. “Não posso ir para casa. Não posso ir para meus pais. Estou vivendo na rua há semanas, entre sofás, acampando perto do canal e depois ficando com meus avós, mas não posso ficar lá”, explicou ele ao jornal. O garoto, que foi adotado por Steven, é filho biológico de Donna e Robert Pembroke, seu pai, que não tem contato com o jovem há anos.
Aos dez anos, Jack começou a atuar e ganhou seu primeiro papel profissional em Loki. Ele lembra que as dificuldades começaram pouco depois disso, incluindo abusos de drogas como spice e álcool, dos quais se mantém limpo atualmente. O ator ainda confessa que o episódio de ser expulso de casa fez com que ele se afastasse da mãe após o ocorrido. “Tenho 17 anos e sou um sem-teto de rua. Fui à reunião (com o conselho), eles me disseram que preciso ser um sem-teto de rua novamente ou voltar para casa, o que não posso fazer até que me encontrem uma colocação em um lar adotivo – o que pode demorar um pouco”, disse ele.
Estilo de Vida e Busca por Soluções
Enquanto busca uma nova morada, Jack, que completa 18 anos em junho próximo, vive entre sofás dos avós e de conhecidos, acampa à beira de um rio e se abriga em uma van improvisada como casa. Ele procura custear a vida atuando como personal trainer e com a ajuda de auxílios sociais do governo britânico. “Tudo isso começou quando eu tinha dez anos, quando eu estava começando a atuar, meu pai me atacou, mas, como eu disse, isso diminuiu conforme fui ficando mais velho”, afirmou.
Jack Veal expressa frustração com o sistema de assistência social britânico, afirmando que está sendo tratado com negligência e que as autoridades não estão oferecendo a devida ajuda. “Eles estão me dizendo dias, o que provavelmente serão semanas, porque mentem. Então, terei que ser um sem-teto de rua, apesar do fato de ter sido colocado sob cuidados… e eles ainda se recusam a me acomodar porque não acreditam que o lar seja inseguro, apesar das evidências que dei a eles”, denunciou. “É ridículo. Eu não consigo acreditar… Conselho de Islington, estou chamando vocês diretamente porque é ridículo”, completou.