Diretor elogia Ridley Scott e celebra sequência ambiciosa com tubarões no Coliseu.
O renomado diretor Christopher Nolan compartilhou sua opinião sobre seu filme favorito de 2024, escolhendo Gladiador II, de Ridley Scott, como o grande destaque do ano. Em sua contribuição para a lista anual da Variety, onde cineastas escolhem os melhores filmes, Nolan elogiou a capacidade de Scott de unir elementos emocionais e grandiosos na tão aguardada sequência do clássico de 2000.
Uma sequência à altura do original
Para Nolan, Gladiador II se destaca como uma produção que equilibra com maestria a nostalgia do filme original com uma expansão épica do enredo. “Como as melhores sequências tão esperadas, Gladiador II deve ser um remake e uma sequência em um”, escreveu Nolan. Ele destacou a habilidade de Scott em trazer uma nova camada de profundidade ao tema central, ao mesmo tempo em que entrega cenas impactantes que remetem à obra original.
A trama de Gladiador II
Gladiador II acontece mais de 20 anos após os eventos do primeiro filme e é estrelado por Paul Mescal como Lúcio, agora adulto. O personagem, antes uma criança no filme original, precisa enfrentar os desafios impostos por uma Roma governada por dois jovens imperadores cruéis, interpretados por Joseph Quinn e Fred Hechinger. Lúcio, seguindo os passos de Máximo, retorna ao Coliseu em busca de restaurar a glória de Roma para seu povo.
Apesar de sua recepção calorosa, o filme também gerou controvérsia por algumas liberdades criativas e anacronismos, como o uso de expressões modernas e cenas envolvendo tubarões no Coliseu. Nolan, no entanto, defendeu essas escolhas, elogiando a ousadia de Scott: “Por que há tubarões no Coliseu? Porque nós os exigimos, e Scott os dá a nós com maestria.”
Um tributo à imaginação de Ridley Scott
Nolan também destacou o impacto visual e narrativo da abertura de Gladiador II. Ele mencionou a cena de Paul Mescal tocando o trigo, uma homenagem ao filme original, como um exemplo da sensibilidade e experiência de Scott na construção de momentos icônicos.
“Scott sabe que não estamos lá para obter insights sobre a cultura romana; estamos lá para ver nossos próprios desejos obscuros a uma distância confortável”, afirmou Nolan, reforçando que o filme é mais uma exploração emocional do que um relato histórico fiel.
Legado de Ridley Scott
Encerrando sua análise, Nolan prestou homenagem à carreira de Scott, destacando sua importância para a evolução do cinema: “Apesar de todo o seu sucesso, a contribuição de Scott para a narrativa cinematográfica nunca foi devidamente reconhecida. Isso nunca ficou tão claro quanto agora.”
Com Gladiador II ainda em exibição nos cinemas, o filme promete continuar a gerar debates e atrair públicos interessados em revisitar a grandiosidade de Roma por meio da lente de um dos maiores cineastas de todos os tempos.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
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