Megyn Kelly, ex-apresentadora da Fox News, recorreu ao X para criticar duramente o filme Conclave, dirigido por Edward Berger e estrelado por Ralph Fiennes. Kelly classificou o longa como “o filme anticatólico mais repugnante” que assistiu recentemente e criticou a representação dos personagens religiosos no roteiro.
Polêmica sobre o desfecho do filme – SPOILERS
A principal objeção de Kelly foi ao final surpreendente da trama, em que o papa recém-eleito, interpretado por Carlos Diehz, revela ser intersexo. No filme, o personagem de Ralph Fiennes concorda em manter o segredo do pontífice. “Eles fazem o papa intersexo! Essa é a grande reviravolta emocionante no final. Eu queria saber disso antes para não ter assistido”, escreveu Kelly. Ela também criticou a ausência de personagens “moralmente redimidos” entre os cardeais retratados.
Kelly continuou seu ataque alegando que filmes que criticam ou satirizam o cristianismo são lançados sem receio, enquanto outras religiões são poupadas. “Eles nunca fariam isso com muçulmanos, mas cristãos e católicos são sempre alvos justos para zombar e difamar”, acrescentou.
Resposta crítica e repercussão
Embora Kelly tenha demonstrado sua insatisfação, Conclave recebeu elogios de muitos críticos renomados. Peter Debruge, da Variety, destacou a “reviravolta surpreendente e satisfatória” do longa, bem como a atuação contida e complexa de Fiennes, que, segundo ele, transmite com maestria a dualidade entre fé e dúvida enfrentada por seu personagem.
O filme estreou no Festival de Telluride e tem sido um dos principais candidatos ao Oscar nesta temporada, com indicações em diversas premiações, incluindo seis no Globo de Ouro 2025. No Critic’s Choice Awards, empatou com Wicked como o título mais indicado, com 11 nomeações.
Elenco e disponibilidade
Além de Ralph Fiennes, o elenco de Conclave inclui Stanley Tucci, John Lithgow, Sergio Castellitto e Isabella Rossellini. O longa está em cartaz nos cinemas e também disponível para transmissão no Peacock.
A controvérsia gerada pelas críticas de Kelly pode impulsionar ainda mais o debate em torno do filme, especialmente devido ao seu lançamento próximo às festas de fim de ano, época em que temas religiosos costumam ganhar destaque.