Antes do 82º Globo de Ouro, onde O Brutalista concorre em sete categorias, Joe Alwyn falou ao The Guardian sobre a construção de seu personagem no filme dirigido por Brady Corbet. Segundo Alwyn, ele buscou inspiração no ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e em seus filhos para interpretar Harry, o herdeiro de um industrial poderoso, vivido por Guy Pearce.

Personagem inspirado na cultura das elites corporativas

“Veja quem é o novo presidente da América e sua família”, disse Alwyn ao comentar a influência de Trump em seu trabalho. “Muitas vezes, as empresas familiares são insulares, atrofiadas e vazias. E você vê isso com Trump e seus filhos: ‘Eu posso fazer o que eu quiser.’ Um criminoso condenado acusado de agressão sexual e agarrá-las pela xota e tudo mais. Ele é incontestável, infelizmente.”

O comentário de Alwyn reflete a atmosfera de The Brutalist, que retrata o imigrante húngaro László Tóth (Adrien Brody) na América do pós-guerra. No filme, Tóth é contratado por um magnata interpretado por Pearce para construir um monumento imponente, revelando as tensões entre o poder financeiro e a arte.

Recepção crítica e expectativas para o Oscar

Desde sua estreia no Festival de Veneza, O Brutalista tem sido amplamente elogiado pela crítica, sendo apontado como um dos favoritos ao Oscar. Ainda assim, Alwyn confessou que inicialmente não acreditava que o filme teria grande apelo popular:

“Para ser honesto, pensei que poderia ser um filme muito bom que muitas pessoas não acabariam vendo… Quem sabe, talvez ainda veja? Espero que não”, disse ele. “Mas, dadas as coisas contra ele, dado que ele preenche a maioria das caixas do que você não deveria fazer como um filme hoje em dia: duração, conteúdo, tudo isso — qualquer coisa além disso é uma surpresa muito boa.”

Indicações ao Globo de Ouro

Com sete indicações no Globo de Ouro, incluindo melhor filme de drama, melhor ator (Adrien Brody) e melhor diretor (Brady Corbet), The Brutalist promete ser um dos destaques da noite. Alwyn, apesar de não estar indicado individualmente, desempenha um papel importante na narrativa, trazendo uma visão crítica sobre a elite corporativa e o impacto do poder sobre a arte e a ética.

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