“Diddy: The Making of a Bad Boy” traz revelações sobre a vida e alegações contra Combs
Após a prisão de Sean “Diddy” Combs em novembro de 2023, o documentário Diddy: The Making of a Bad Boy chegou à plataforma Peacock, abordando os detalhes sórdidos da vida do magnata do hip-hop. Com foco em sua ascensão ao topo da indústria musical, o filme revela alegações de abuso, agressão sexual e outras controvérsias que marcaram sua trajetória. O documentário explora a infância difícil de Combs, suas ambições iniciais na música e escândalos envolvendo mortes e acusações de violência.
A infância e o início de carreira de Diddy
O documentário mergulha nas origens de Diddy, revelando sua infância em Mt. Vernon, Nova York, e os eventos que moldaram sua visão de mundo. Seu pai, Melvin Combs, foi preso por tráfico de drogas e assassinado após denunciar seu chefe, o que impactou profundamente sua vida. O amigo de infância de Combs, Tim Patterson, descreve como o jovem Sean foi exposto a um ambiente repleto de álcool, drogas e figuras marginais, o que parece ter influenciado sua identidade e visão do mundo.
O documentário também revela como Combs, determinado a entrar no mundo da música, não hesitou em passar noites fora do carro de um executivo da Uptown Records, até conseguir um estágio na gravadora, que era responsável por artistas como Jodeci e Mary J. Blige.
Trágico evento no City College e primeiras controvérsias
Um dos episódios mais sombrios de sua carreira foi o tumulto no City College de Nova York, em 1991, onde uma tragédia deixou nove mortos após uma multidão tentar entrar em um evento promovido por Combs. Embora não tenha enfrentado acusações criminais, Combs foi processado civilmente pelas famílias das vítimas, alegando negligência na organização do evento, como a venda de ingressos em excesso e falta de segurança.
O triângulo amoroso e especulações sobre a morte de Kim Porter
O documentário também aborda a relação de Combs com Kim Porter, sua ex-parceira, e o artista Al B. Sure!, com quem Porter estava envolvida antes de se relacionar com Combs. A morte de Porter, em 2018, foi rodeada de especulações, especialmente após Al B. Sure! sugerir que Combs esteve envolvido de alguma forma. Embora o documentário sugira que Porter havia alertado Sure! sobre o relacionamento com Combs, o assunto permanece envolto em mistério e conjecturas.
Acusações graves de abuso e estupro
O momento mais angustiante do documentário é a alegação de estupro coletivo feita por Ashley, uma mulher que processou Combs e outras figuras de seu círculo, incluindo sua chefe de gabinete, Kristina Khorram. Ela descreve um encontro no qual foi supostamente agredida e estuprada por vários homens, incluindo Combs, com detalhes chocantes sobre o abuso físico e psicológico que teria sofrido. Seus advogados afirmam que a polícia local não encontrou evidências de suas alegações, enquanto os representantes de Combs refutam a acusação, chamando-a de infundada.
Reações e defesa de Combs
Em resposta ao documentário, os representantes de Combs negaram as alegações e qualificaram as entrevistas como falsas e oportunistas. Eles acusam a produção de perpetuar mentiras e teorias da conspiração e criticaram a NBC e o Peacock por darem voz aos acusadores. Apesar disso, o documentário segue como uma peça importante na investigação do passado de Combs e das alegações contra ele.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
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