A Reflector Entertainment, responsável pelo criticado Unknown 9: Awakening, confirmou mudanças significativas em sua operação após o desempenho abaixo do esperado do jogo. Lançado em outubro de 2024, o título recebeu avaliações negativas, incluindo uma pontuação de 59 no Metacritic e apenas 1,7 atribuída por usuários, resultando na suspensão de projetos futuros, cortes de funcionários e uma reformulação de sua estratégia de desenvolvimento.

Impacto do fracasso de Unknown 9

O CEO da Reflector Entertainment, Hervé Hoerdt, reconheceu publicamente os resultados insatisfatórios do projeto, atribuindo a decisão de reduzir as ambições do estúdio ao insucesso do jogo. Segundo Hoerdt:

“O desempenho do lançamento não chegou perto das expectativas da empresa, após vários ajustes de cronograma e investimentos, tanto financeiros quanto outros, e não garantiu nenhuma exploração adicional neste universo.”

Unknown 9: Awakening pretendia ser o ponto de partida para um universo transmídia abrangendo jogos, livros e outras mídias. No entanto, problemas de jogabilidade e uma narrativa considerada excessivamente ambiciosa frustraram jogadores e críticos, impedindo a consolidação do Unknown 9 Storyworld.

Problemas no desenvolvimento e críticas à Sweet Baby Inc.

Um ponto central das críticas foi a parceria com a consultoria Sweet Baby Inc., liderada por Kim Belair, que atuou como “Story Architect” no projeto. A empresa, frequentemente associada a iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), tem enfrentado questionamentos devido a resultados inconsistentes em outros jogos.

Críticos apontaram que o foco excessivo em mensagens ideológicas pode ter comprometido a qualidade geral do jogo. Casos semelhantes foram observados em títulos como Suicide Squad: Kill the Justice League, onde questões de narrativa e design receberam avaliações negativas.

Apesar disso, relatos indicam que a Sweet Baby Inc. mantém contratos ativos com mais de 30 projetos em andamento, levantando dúvidas sobre a gestão de recursos por parte de estúdios que confiam em sua consultoria.

Consequências para a Reflector Entertainment e Bandai Namco

O impacto financeiro e reputacional do fracasso de Unknown 9: Awakening é significativo:

  • Projetos futuros foram cancelados.
  • Funcionários foram dispensados, embora com compensações e benefícios.
  • A Bandai Namco, controladora da Reflector Entertainment, enfrenta pressões para rever suas estratégias de desenvolvimento de conteúdo ocidental.

O fracasso também reacende o debate sobre a prioridade de ideologias em detrimento de experiências de jogo imersivas e cativantes.

Reflexões sobre o futuro da indústria

O colapso das ambições da Reflector Entertainment destaca a importância de equilibrar inovação com foco no público-alvo. Estúdios que pretendem criar narrativas impactantes devem priorizar experiências que conectem os jogadores, sem comprometer a qualidade ou a jogabilidade em prol de mensagens ideológicas.

Para a Reflector, a reorganização será crucial para recuperar a confiança dos jogadores e do mercado. O fracasso de Unknown 9: Awakening deve servir como um alerta não apenas para o estúdio, mas para toda a indústria de jogos.

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