A Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou nesta segunda-feira (10/2) um novo corte de funcionários, impactando cerca de 3.600 trabalhadores ao redor do mundo. A informação foi divulgada pelo Business Insider e reforçada pela Reuters, que confirmou um comunicado interno assinado por Janelle Gale, chefe de pessoal da empresa.
Demissões afetam funcionários globais, mas Brasil ainda sem confirmação
Os cortes já começaram a ser comunicados para profissionais na Ásia, Europa e Estados Unidos, enquanto no Brasil ainda não há informações sobre possíveis demissões. Entretanto, alguns países europeus, como Holanda, Itália, França e Alemanha, não sofreram impactos devido às regulamentações locais que dificultam demissões em larga escala.
Segundo a Meta, os funcionários afetados serão oficialmente notificados até 18 de fevereiro. O movimento faz parte da estratégia da empresa de reorganização interna, priorizando o desempenho e novas contratações para áreas estratégicas.
Zuckerberg quer “elevar o nível” da equipe
O fundador e CEO da Meta, Mark Zuckerberg, já havia sinalizado que faria cortes de aproximadamente 5% dos funcionários com desempenho inferior. Segundo ele, a ideia é substituir esses colaboradores por novos profissionais mais alinhados às necessidades da empresa.
“Decidi elevar o nível de gestão de desempenho e remover mais rapidamente [da equipe] as pessoas com menor performance”, afirmou Zuckerberg no início do ano.
Ao mesmo tempo, a empresa já planeja novas contratações para reforçar setores prioritários. O vice-presidente de Engenharia para Monetização, Peng Fan, revelou que a Meta quer contratar engenheiros especializados em aprendizado de máquina, evidenciando o foco em inteligência artificial e realidade virtual.
Meta aposta em IA e Realidade Virtual para o futuro
A Meta está cada vez mais voltada para inovações em inteligência artificial generativa e no desenvolvimento de tecnologias imersivas, como os óculos de realidade aumentada. A empresa busca consolidar sua liderança nesses mercados emergentes e expandir o impacto do metaverso, mesmo após uma recepção morna do público até o momento.
Zuckerberg e a polêmica com o governo Biden
Além das mudanças internas, Zuckerberg recentemente se envolveu em uma polêmica ao participar do podcast The Joe Rogan Experience. Ele afirmou que integrantes do governo Biden pressionaram sua equipe a remover conteúdos classificados como “desinformação”.
“Basicamente, essas pessoas do governo Biden ligavam para nossa equipe e gritavam com eles e xingavam (…). Fomos testados sob pressão sobre esse assunto nos últimos 8 a 10 anos”, afirmou o CEO.
Zuckerberg também mencionou que a missão original da mídia social sempre foi dar às pessoas liberdade para compartilhar informações, e que, após as eleições de 2016, houve uma grande pressão da mídia sobre a disseminação de fake news.
O futuro da Meta e dos funcionários afetados
Com um novo foco em IA e tecnologia imersiva, a Meta está tentando se reinventar para continuar competitiva. As demissões fazem parte de um movimento estratégico de reestruturação, mas também levantam preocupações sobre a instabilidade na empresa.
Os próximos meses serão decisivos para o futuro da companhia e para os profissionais que ainda integram seu quadro de funcionários.