- José Loreto, ator de 40 anos, desabafou nas redes sociais sobre as críticas que recebeu.
- Ele interpretou o diabo na comissão de frente da Vila Isabel.
- O ator destacou a motivação de seu trabalho e a preparação para o personagem.
- Loreto criticou o tom de ódio nas críticas e questionou o motivo de tanto rechaço em relação à sua atuação.
- Ele também falou sobre seu próximo trabalho, em que será Jesus na peça “Paixão de Cristo”.
José Loreto, ator conhecido por seu talento e versatilidade, se viu no centro de uma polêmica na última sexta-feira, 7, ao ser alvo de uma série de críticas negativas por sua interpretação do diabo no desfile da Vila Isabel. No papel de um personagem polêmico, Loreto foi duramente atacado nas redes sociais, o que o levou a fazer um desabafo público sobre as mensagens agressivas que recebeu. Através de um vídeo compartilhado em seu Instagram, o ator se defendeu das acusações e explicou o contexto de sua atuação.
A motivação do ator e o respeito pela arte
Em seu desabafo, Loreto falou sobre sua carreira, explicando que o que mais o motiva hoje em dia é representar personagens extremos e multifacetados. “Sou um ator com mais de 20 anos de estrada, e o que mais me atrai são os papéis que me desafiam. Já interpretei mocinhos, vilões, fiz rir, fiz chorar e, principalmente, fiz as pessoas refletirem sobre os papéis que represento”, afirmou o ator. Ele explicou que, para ele, a arte vai muito além de uma simples performance, e que seu trabalho é voltado para provocar questionamentos na sociedade, algo que ele acredita ser um dos maiores poderes da atuação.
Críticas com justificativas conflitantes
Loreto, no entanto, se mostrou incomodado com a intensidade e a natureza das críticas que recebeu. “O que realmente me machucou foi o teor de ódio nos comentários. A maioria das pessoas que me atacaram usou como justificativa o amor, o que não entra na minha cabeça. Por que uma representação artística provoca tanto ódio?”, questionou o ator, refletindo sobre o papel da arte na sociedade. Loreto sugeriu que as críticas estavam mais ligadas à interpretação do personagem, em vez de uma análise da arte em si.
Sobre o enredo da Vila Isabel e o poder da arte
O ator também explicou o contexto do enredo “Quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece”, apresentado pela Vila Isabel no carnaval. Segundo Loreto, o tema abordava os medos e as lendas da sociedade, convidando o público a refletir sobre esses elementos por meio de personagens emblemáticos, como o diabo, o bicho-papão e Jack Lanterna. “Através desses personagens, a arte busca ilustrar as dualidades da vida, o que é certo e errado, o bem e o mal, e é assim que podemos evoluir enquanto sociedade”, explicou o ator.
Preparação intensa e respeito ao personagem
Apesar das críticas, Loreto destacou a dedicação e o trabalho árduo por trás de sua performance. “Me preparei por mais de um mês para o papel, ensaiando de madrugada, buscando entender a fundo o personagem”, revelou o ator, demonstrando o respeito que tem pela profissão e pelo trabalho que realiza. Ele também fez questão de enfatizar que, embora tenha interpretado o diabo, isso não significa que compartilhe das ideias que o personagem representa. “Eu fiz o diabo, mas não sou o diabo. Não compactuo com suas ideias”, afirmou, destacando a distinção entre o ator e os personagens que interpreta.
Ansiedade pelo próximo papel como Jesus
Por fim, Loreto falou sobre seu próximo trabalho, em que interpretará Jesus na famosa peça “Paixão de Cristo”, que será apresentada no maior teatro a céu aberto do mundo, em Nova Jerusalém. “Estou ansioso para esse novo desafio. É um personagem que demanda muito respeito e dedicação”, disse. O ator demonstrou empolgação com a oportunidade de representar uma figura religiosa e histórica tão importante, e fez questão de afirmar que se prepara com a mesma seriedade e comprometimento para todos os seus papéis.
José Loreto, em seu desabafo, reforçou a importância da arte como um meio de reflexão e questionamento. Ao se colocar na pele de personagens extremos e profundos, ele busca promover discussões sobre questões sociais e morais, convidando o público a enxergar a vida sob diferentes perspectivas. Ao mesmo tempo, ele ressaltou a necessidade de respeito ao trabalho artístico e questionou o ódio direcionado às suas performances.