A EA tentou resgatar Dragon Age: The Veilguard ao oferecê-lo gratuitamente no PlayStation Plus, mas o resultado foi desastroso. Quatro meses após o lançamento, o jogo nem sequer entrou no top 10 dos mais jogados no PS5 em março, ficando atrás até de títulos retrô como The Cowabunga Collection. Esse desempenho confirma o que muitos já suspeitavam: o jogo foi amplamente rejeitado pelo público.

Principais pontos do fracasso de The Veilguard

  • Desempenho pífio no PlayStation Plus, mesmo sendo gratuito.
  • Vendas muito abaixo das expectativas, com apenas 1,5 milhão de jogadores engajados após dois meses.
  • Desvalorização acelerada, com preços despencando e cópias sendo devolvidas.
  • Críticas à jogabilidade e narrativa, além de mudanças que afastaram fãs antigos.
  • Dificuldade em recuperar interesse, mesmo com tentativas da EA de justificar o fracasso.

O declínio de Dragon Age: The Veilguard

Desde seu anúncio, The Veilguard já enfrentava ceticismo por parte da comunidade. A expectativa era de que vendesse cerca de 10 milhões de cópias, mas os números ficaram longe disso. Para mascarar o fracasso, a EA passou a divulgar métricas vagas, como “jogadores engajados”, sem especificar quantos realmente compraram o jogo.

O mercado também reagiu rapidamente à baixa recepção: em poucos meses, o preço caiu para US$ 24,99, a GameStop reduziu seu valor de troca para míseros US$ 22, e milhares de cópias foram devolvidas. Isso mostra que os jogadores não apenas ignoraram o título, mas ativamente o rejeitaram.

A tentativa da EA de culpar o modelo de jogo

Em vez de reconhecer problemas evidentes na jogabilidade e na narrativa, a EA sugeriu que o fracasso se deu pela ausência de um modelo de serviço ao vivo. Essa desculpa, no entanto, não se sustenta quando se observa o sucesso de títulos como Baldur’s Gate 3 e Elden Ring, ambos RPGs focados em experiências single-player bem construídas.

Os jogadores demonstraram que ainda há um forte interesse por jogos imersivos e narrativos, mas não por títulos mal-executados e com mudanças bruscas de identidade.

O futuro sombrio da BioWare

Com The Veilguard afundando sem sinais de recuperação, a situação da BioWare se torna cada vez mais delicada. O estúdio sofreu redução drástica de funcionários, restando menos de 100 desenvolvedores, enquanto figuras importantes, como a diretora Corinne Busche, deixaram a equipe logo após o lançamento.

Uma franquia que já foi referência nos RPGs agora se tornou um peso para a EA, que não consegue nem distribuí-la gratuitamente com sucesso. Com tantos erros acumulados, a maior lição a ser tirada desse fracasso é clara: os jogadores não aceitam que suas franquias favoritas sejam descaracterizadas em nome de tendências passageiras.

Se The Veilguard representa o futuro da série Dragon Age, talvez seja melhor que a EA simplesmente a deixe descansar.

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