O espólio do lendário ator Gene Hackman está movendo uma ação para impedir a divulgação de relatórios de autópsia e investigação policial, incluindo fotografias e gravações de câmeras corporais. A medida visa proteger a privacidade da família após as mortes do ator, aos 95 anos, e de sua esposa, Betsy Arakawa, aos 65, cujos corpos parcialmente mumificados foram encontrados em sua casa no Novo México em fevereiro.
Principais pontos do caso:
- Gene Hackman faleceu devido a doença cardíaca agravada pelo Alzheimer.
- Betsy Arakawa morreu uma semana antes, vítima de hantavírus, uma infecção rara transmitida por roedores.
- O marcapasso do ator indicou sua última atividade em 18 de fevereiro.
- Os corpos foram encontrados apenas em 26 de fevereiro por trabalhadores de manutenção.
- O pedido judicial foi protocolado para evitar a divulgação de imagens e documentos sensíveis.
Privacidade versus transparência
A representação legal da família argumenta que a divulgação das imagens poderia ser explorada pela mídia e violaria o direito à privacidade garantido pela 14ª Emenda da Constituição dos EUA. Julia Peters, representante do espólio, destacou que Hackman e Arakawa mantinham uma vida discreta em Santa Fé, Novo México, e sempre evitaram a exposição pública.
Por outro lado, especialistas em transparência, como Amanda Lavin, da organização New Mexico Foundation for Open Government, alertam que a supressão total dos registros pode comprometer a responsabilidade pública. Ela enfatiza que a maioria das investigações de mortes conduzidas por autoridades são de acesso público conforme as leis do estado. Além disso, a presença do hantavírus na investigação levanta questões de saúde pública, justificando a necessidade de transparência.
Legado de Gene Hackman e Betsy Arakawa
Gene Hackman foi um dos maiores nomes de Hollywood, vencedor de dois Oscars e conhecido por papéis marcantes em “Operação França” (The French Connection), “Hoosiers” e “Superman”. Ele se aposentou do cinema no início dos anos 2000, passando a viver de forma reclusa em Santa Fé.
Betsy Arakawa, natural do Havaí, teve formação como pianista de concerto e estudou na University of Southern California. O casal se conheceu na década de 1980, quando Arakawa trabalhava em uma academia na Califórnia. Desde então, construíram uma relação longe dos holofotes.
O futuro da disputa legal
A decisão do tribunal sobre a divulgação dos registros ainda está pendente. Enquanto a família busca preservar sua privacidade, defensores da transparência argumentam que o acesso às informações é essencial para garantir responsabilidade nas investigações governamentais.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
Contato: matheus@nosbastidores.com.br


