A atriz Rachel Zegler, estrela do live-action de Branca de Neve, da Disney, foi destaque na capa da revista Allure. A produção tem gerado grande polêmica desde seu anúncio, especialmente por conta da escolha de Zegler para interpretar a protagonista. Apesar de seu sucesso em West Side Story, a atriz recebeu críticas na internet por não se parecer fisicamente com a versão clássica da personagem, sendo de ascendência colombiana.
Resumo da polêmica
- Zegler enfrentou críticas por seu papel em Branca de Neve, especialmente pela escolha de uma atriz latina para interpretar a personagem.
- Comentários antigos da atriz sobre o filme original e sobre política geraram ainda mais controvérsia.
- O lançamento do filme ocorre em um cenário político tenso nos EUA, com ataques a iniciativas de diversidade.
- Zegler defendeu a importância de investir e cultivar talentos independentemente da aparência.
- A atriz destacou que a gentileza pode ser uma forma de resistência e mudança.
Polêmica e críticas antes do lançamento
A escolha de Rachel Zegler para protagonizar o live-action gerou forte reação nas redes sociais, com críticos alegando que a Disney estaria se distanciando da história original. Além disso, declarações da atriz sobre o desenho clássico, apontando-o como “datado”, alimentaram ainda mais a controvérsia.
Outro episódio que gerou polêmica foi uma postagem de Zegler nas redes sociais após a eleição presidencial de 2024 nos Estados Unidos, na qual criticou eleitores de Donald Trump. A repercussão negativa foi tão grande que a atriz acabou se desculpando posteriormente.
Agora, com o filme prestes a estrear, a mesma onda de críticas ressurge, impulsionada pelo atual cenário político e pelo debate sobre diversidade e inclusão em Hollywood.
Zegler defende mais inclusão em Hollywood
Em sua entrevista à Allure, Zegler destacou a importância de abrir espaço para talentos diversos no cinema. “Minha única oração pelo futuro da diversidade e inclusão é que invistamos e cultivemos talentos, não importa sua aparência”, afirmou a atriz.
Ela também relacionou a trama do filme com o atual contexto social, citando a Rainha Má (vivida por Gal Gadot) como uma figura manipuladora e autoritária. Segundo Zegler, a personagem de Branca de Neve ensina que é possível enfrentar desafios com gentileza, sem precisar agir com raiva.
“Branca de Neve escolhe a gentileza e ainda faz a mudança. O poder assume muitas formas. Espero que vejamos um novo amanhecer de gentileza e aceitação nos próximos anos”, declarou.
A curiosa reação de Steven Spielberg ao elenco de Zegler
Zegler também compartilhou um detalhe inusitado sobre como descobriu que havia sido escolhida para o papel. Segundo a atriz, antes mesmo de receber a confirmação oficial, ela recebeu uma mensagem de texto de Steven Spielberg, diretor de West Side Story, que insinuava sua escalação de maneira enigmática.
“Desejei a ele um feliz Dia dos Pais — como se faz — e ele me enviou um monte de emojis de maçã como resposta”, revelou Zegler. O apresentador Jimmy Kimmel, durante uma entrevista com a atriz, chamou a atitude de “muito Steven Spielberg”.
Outro detalhe curioso é que, durante os testes para o papel, a Disney manteve um alto nível de sigilo, dando nomes fictícios aos personagens no roteiro de audição. “Eu estava lendo para Amber… e foi só quando tive aquela primeira leitura com Marc Webb no Zoom que ele deixou escapar que eu estava realmente conversando com o Dunga”, relembrou a atriz.
Laços de Zegler com a Disney vão além do cinema
A relação de Rachel Zegler com a Disney não se limita apenas ao trabalho. Durante a entrevista, ela revelou que sua família sempre foi apaixonada pelos filmes do estúdio, a ponto de seus pais terem escolhido A Whole New World, de Aladdin, como a música do casamento.
“Eu fui criada para isso”, brincou a atriz sobre seu papel em Branca de Neve.
Com a estreia do filme se aproximando, Zegler continua no centro dos debates sobre representatividade e mudanças na Disney. Agora, resta saber se a recepção do público será positiva ou se as polêmicas continuarão ofuscando a produção.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
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