Will Poulter, 32 anos, se abriu sobre sua jornada com a saúde mental, revelando que lida com Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) desde muito jovem. Em entrevista ao podcast Happy Place, o ator contou como os pensamentos intrusivos o acompanharam desde a infância e como a terapia o ajudou a compreender melhor sua condição.

TOC e a infância

O ator, conhecido por filmes como O Regresso (2015), Midsommar (2019) e Guardiões da Galáxia Vol. 3 (2023), explicou que seus primeiros sinais de TOC surgiram ainda na infância, antes mesmo de receber um diagnóstico formal.

“Lembro-me de ter essa voz na minha cabeça dizendo que, se eu não pisasse em determinadas pedras do caminho até a casa dos meus pais, algo terrível aconteceria com eles.”

Na época, ele via essa compulsão como algo ligado à imaginação infantil, mas depois percebeu que fazia parte do transtorno.

“Era apenas essa voz na minha cabeça, essa figura que rotulei como um personagem negativo na minha vida. Só muito tempo depois do diagnóstico olhei para trás e percebi: ‘Ah, era isso que estava acontecendo’.”

A importância da terapia

Poulter destacou que teve a sorte de conseguir acesso à terapia ainda na adolescência, o que fez toda a diferença em seu tratamento.

“Eu tinha provavelmente 14 anos quando comecei a ter pensamentos obsessivos e intrusivos. Até que fui diagnosticado e recebi terapia, achava que estava totalmente sozinho com essa condição.”

O ator ressaltou que um dos aspectos mais cruéis do TOC é como ele distorce a realidade, tornando difícil distinguir fatos de sentimentos.

“A distinção entre fato e sentimento é enorme — e um dos aspectos mais cruéis do TOC é que ele distorce completamente essa diferença.”

Apesar das dificuldades, Will Poulter reforçou que buscar tratamento foi essencial para sua melhora e espera que sua história ajude outras pessoas a entenderem que não estão sozinhas.