A justiça da Espanha decidiu anular a condenação por estupro do ex-jogador Daniel Alves, que havia sido sentenciado a quatro anos e seis meses de prisão. O caso remonta a um episódio ocorrido em dezembro de 2022, quando uma mulher o acusou de abuso sexual em uma boate em Barcelona. Desde março de 2024, Alves cumpria liberdade condicional após pagar uma fiança milionária.
Decisão unânime do Tribunal Superior da Catalunha
A revogação da sentença foi anunciada nesta sexta-feira (28) e teve o apoio unânime dos magistrados do Tribunal Superior da Catalunha. A corte apontou inconsistências no depoimento da vítima, afirmando que trechos do relato “não correspondem à realidade”. Os juízes ressaltaram que algumas das alegações apresentadas foram contraditas por registros de vídeo analisados durante o processo.
Argumentos para a anulação da condenação
No parecer, a justiça espanhola destacou que a falta de confiabilidade em partes do depoimento levou à revisão da condenação. Segundo os magistrados, a sentença anterior já levantava dúvidas sobre a coerência das provas. No entanto, o tribunal fez questão de ressaltar que a decisão “não significa que a versão da defesa seja necessariamente a verdadeira”.
Daniel Alves segue em liberdade condicional
Desde março deste ano, Daniel Alves está em liberdade condicional após pagar uma fiança no valor de 1 milhão de euros (aproximadamente R$ 6,5 milhões). Com a revogação da sentença, a justiça espanhola precisará decidir se haverá um novo julgamento ou se o caso será arquivado definitivamente.
Expectativa por novos pronunciamentos
Até o momento, nem a defesa de Daniel Alves nem a da vítima emitiram comentários sobre a decisão do tribunal. O desdobramento do caso segue sendo acompanhado de perto pela opinião pública e pela imprensa internacional, enquanto a justiça espanhola define os próximos passos do processo.