A mais recente inovação da OpenAI na geração de imagens tem gerado grande repercussão online, com usuários compartilhando imagens transformadas no estilo do icônico Studio Ghibli. O novo modelo, integrado ao GPT-4o, promete saídas mais precisas e fotorrealistas, mas também abre margem para polêmicas sobre direitos autorais e o impacto da IA na indústria criativa.
Principais destaques da notícia:
- OpenAI lançou seu mais avançado gerador de imagens dentro do GPT-4o.
- Modelo impressiona por replicar o estilo do Studio Ghibli com alta precisão.
- Sam Altman, CEO da OpenAI, entrou na tendência ao compartilhar sua própria versão no estilo Ghibli.
- Hayao Miyazaki, cofundador do Studio Ghibli, já expressou forte rejeição à anímica gerada por IA.
- Hollywood e artistas criticam o uso de obras protegidas para treinar inteligências artificiais.
- New York Times e outros grupos de imprensa receberam permissão judicial para processar OpenAI e Microsoft por questões de direitos autorais.
Tecnologia e a viralização nas redes sociais
O lançamento do gerador de imagens atualizado do GPT-4o atraiu atenção imediata por sua capacidade de criar imagens detalhadas e realistas. Entre os estilos que ganharam destaque, o visual característico do Studio Ghibli se tornou uma febre nas redes sociais, com usuários gerando versões de si mesmos no formato de animação japonesa.
Sam Altman, CEO da OpenAI, também aderiu à tendência e compartilhou no X (antigo Twitter) uma versão sua transformada pelo gerador de imagens. O sucesso da tecnologia, porém, reacende debates sobre direitos autorais e o impacto da IA na produção artística tradicional.
Studio Ghibli e a rejeição de Miyazaki
Embora a novidade tenha sido bem recebida pelo público, Hayao Miyazaki, lendário cofundador do Studio Ghibli, tem uma visão crítica sobre o uso de IA na animação. Em 2016, ao ser apresentado a uma tecnologia semelhante, Miyazaki expressou descontentamento e classificou a iniciativa como um “insulto à própria vida”. Essa posição reforça o embate entre a inovação tecnológica e a preservação da expressão artística tradicional.
Hollywood e a batalha contra a IA
A crescente influência da inteligência artificial na criação de conteúdo também tem sido motivo de preocupação para a indústria cinematográfica e musical. Mais de 400 artistas, incluindo cineastas e atores, assinaram um documento pedindo que o governo dos EUA não conceda permissão para que grandes empresas de IA usem conteúdo protegido por direitos autorais sem restrições.
Disputa judicial contra OpenAI e Microsoft
A discussão chegou aos tribunais, com o New York Times e outros grupos de imprensa obtendo permissão para processar a OpenAI e a Microsoft por usarem conteúdo jornalístico em treinamentos de IA. As empresas alegam que seus modelos são baseados em informações disponíveis publicamente e que respeitam os princípios do “uso justo”. No entanto, essa defesa não convence os envolvidos no processo, que buscam maior regulamentação sobre a utilização de dados protegidos.
O futuro da IA na arte e na indústria criativa
A expansão das capacidades da inteligência artificial promete transformar diversas áreas, incluindo o entretenimento e a comunicação visual. No entanto, os desafios legais e éticos continuam a crescer, exigindo um equilíbrio entre inovação tecnológica e proteção dos criadores de conteúdo. Com a popularização de ferramentas como a da OpenAI, a discussão sobre os limites da IA na arte está longe de acabar.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
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