Novo livro revela bastidores do processo de seleção para Família Soprano e dúvidas iniciais sobre a escolha de Gandolfini.

Primeiras impressões e dúvidas de David Chase

Antes de se tornar um dos personagens mais icônicos da história da televisão, James Gandolfini quase perdeu a chance de interpretar Tony Soprano. Segundo o novo livro Gandolfini: Jim, Tony, and the Life of a Legend, de Jason Bailey, o criador da série, David Chase, inicialmente hesitou quanto à escalação do ator.

Apesar de achar Gandolfini “brilhante”, Chase questionava se o ator conseguiria transmitir a ameaça necessária para o mafioso que lideraria Família Soprano. “Tenho uma preocupação: ele é ameaçador o suficiente?”, teria dito Chase a Nancy Sanders, empresária de Gandolfini.

Sanders rapidamente defendeu seu cliente: “Se a sua única preocupação é se ele é ameaçador o suficiente, pode ficar tranquilo. Este é o seu cara.”

A insegurança do próprio Gandolfini

Curiosamente, Gandolfini também não tinha muita fé em conseguir o papel. Segundo o livro, ele chegou a dizer que poderia “dar um chute na bunda” de Chase, mas acreditava que nunca seria escolhido. “Achei que eles contratariam um desses bonitões de TV, com cara de irlandês”, brincou o ator, lembrando de suas expectativas na época.

No entanto, uma leitura mais descontraída e autêntica acabou convencendo Chase de que Gandolfini era, de fato, o Tony Soprano que ele procurava. “Quando ele finalmente se acalmou e fez uma leitura de verdade, ficou óbvio”, recordou o criador da série.

A disputa final pelo papel

Apesar da convicção crescente, a produção seguiu testando outros nomes até a escolha definitiva. Além de Gandolfini, Mike Rispoli (de The Alto Knights) e Steven Van Zandt (que posteriormente interpretaria Silvio Dante na série) chegaram a ser considerados para o papel principal.

No final, a decisão de apostar em Gandolfini não apenas moldou Família Soprano como também redefiniu os padrões da televisão dramática para sempre.

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