Processo marca novo capítulo em um dos crimes mais midiáticos da década
Teve início nesta segunda-feira (28/4), em Paris, o aguardado julgamento dos dez acusados de envolvimento no violento assalto a Kim Kardashian, ocorrido durante a Semana de Moda de 2016. Entre os réus estão nove homens e uma mulher, acusados de roubo e sequestro da empresária e do concierge do hotel onde ela estava hospedada.
O processo, conduzido por três magistrados e um júri popular, é reservado na França para crimes de extrema gravidade. Dois dos acusados admitiram parcialmente sua participação no crime, enquanto os demais negam envolvimento.
Kim Kardashian vai depor em maio
De acordo com seus advogados, Kim Kardashian prestará depoimento pessoalmente no tribunal no dia 23 de maio, reservando todos os detalhes para o júri. Em declarações anteriores, como no programa de David Letterman em 2020, a estrela relembrou o terror que viveu, achando que seria estuprada e morta pelos invasores armados.
Os criminosos fugiram do local levando milhões de dólares em joias, incluindo um anel avaliado em mais de US$ 6 milhões. Até hoje, apenas uma peça foi recuperada: uma cruz de diamantes perdida durante a fuga.
“Ladrões do Vovô”: uma quadrilha experiente
Apelidado pela imprensa francesa como “Os Ladrões do Vovô”, o grupo é composto por criminosos veteranos, a maioria com extensos históricos de roubos e assaltos a bancos. Aomar Aït Khedache, conhecido como “Velho Omar”, é apontado como líder da ação e teve seu DNA encontrado na fita usada para amordaçar Kardashian. Por ser surdo, ele responderá às perguntas do tribunal por escrito.
Outros acusados alegam ter tido papéis secundários no crime, como vigia ou motorista. Um deles, Yunice Abbas, chegou a escrever um livro relatando sua versão dos fatos. Ainda há suspeitas de que parte da quadrilha tenha ajudado na venda das joias roubadas na Antuérpia, na Bélgica.
Crime com repercussão global
O assalto, que chocou o mundo na época, revelou falhas de segurança e gerou debates sobre a exposição de celebridades nas redes sociais. A expectativa é de que o julgamento, que ainda pode se estender por semanas, esclareça todos os detalhes da noite de terror vivida por Kim Kardashian em Paris.
