A segunda temporada de The Last of Us trouxe um episódio polêmico e tocante, que dividiu opiniões entre os fãs. O terceiro episódio, que aborda a morte de Joel (interpretado por Pedro Pascal), tem gerado discussões sobre como a série tratou o luto do personagem, especialmente em comparação com o ritmo mais acelerado do jogo, The Last of Us Part 2 (2020).

Uma morte com mais tempo e atenção

No jogo original, a morte de Joel é um evento chocante, mas a mecânica de ação de The Last of Us Part 2 dá pouco espaço para um luto profundo, com a trama seguindo rapidamente para o próximo estágio. No entanto, Neil Druckmann, co-showrunner da série e diretor do jogo, explicou que a série teve a oportunidade de abordar esse luto de maneira mais contemplativa. “Eu adoro o terceiro episódio”, disse Druckmann no aftershow do episódio, Inside Episode 3. “Ele faz algo que simplesmente não conseguimos fazer no jogo.”

A série teve a liberdade de expandir essa experiência emocional, dedicando quase um episódio inteiro para realmente explorar o impacto da morte de Joel, permitindo que os espectadores se conectassem com a dor da perda. “Esta cena realmente linda em que Tommy precisa entrar e limpar o corpo do irmão” foi uma das que mais tocou o diretor, mostrando a intensidade do momento e a profundidade emocional que a série pôde alcançar.

A morte de Joel e o efeito sobre a comunidade

Embora o terceiro episódio siga algumas das mesmas direções do jogo — como Ellie (Bella Ramsey) vasculhando os pertences de Joel — a série se foca, principalmente, no trauma deixado pela morte de Joel sobre a comunidade de Jackson. O cocriador da série, Craig Mazin, acrescentou: “Toda a cidade de Jackson sofreu”, ressaltando a maneira como o impacto da perda de Joel reverbera para além dos personagens principais. Mazin também comentou sobre como ele se sentia ao ver séries em que, após a morte de um personagem importante, as outras perdas são frequentemente minimizadas: “Essas pessoas também importam.”

A diferença no tratamento do luto entre o jogo e a série

A adaptação da morte de Joel na segunda temporada de The Last of Us traz uma abordagem mais humana e empática, permitindo que a dor e o vazio gerados por sua partida sejam mais bem explorados, sem a necessidade de apressar o processo. A série, ao dar espaço para o luto, tenta oferecer uma perspectiva mais profunda sobre o impacto de uma perda tão significativa para todos ao redor, algo que não poderia ser capturado da mesma forma em um jogo com foco em ação.

A segunda temporada de The Last of Us já está disponível para streaming, e com ela, o tratamento mais reflexivo e emocional da morte de um dos personagens mais amados da franquia.

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