Nesta quinta-feira (8), a Igreja Católica iniciou um novo capítulo com a eleição do cardeal Robert Francis Prevost como Papa Leão XIV, sucessor do Papa Francisco, falecido em 21 de abril. O Conclave, realizado no Vaticano após o luto oficial, concluiu com a escolha do primeiro papa nascido nos Estados Unidos, um marco histórico para a Igreja.

Quem é o novo Papa?

Nascido em Chicago, em 1955, Robert Francis Prevost tem 69 anos e era até então prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina, cargos de peso na Cúria Romana. Sua trajetória se destaca pelo trabalho missionário de duas décadas no Peru, onde cultivou uma imagem próxima à dos mais humildes — traço semelhante ao de seu antecessor.

Prevost foi ordenado sacerdote em 1982 e possui doutorado em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino, em Roma. Seu lema pastoral sempre girou em torno da humildade e da proximidade com os marginalizados, especialmente migrantes e pobres.

Acusações e desafios

Apesar da reputação sólida, o novo Papa já enfrentou polêmicas. Ele foi citado em um caso envolvendo acusações de acobertamento de abusos sexuais cometidos por padres no Peru. O caso segue em investigação no Vaticano. Prevost, à época, encaminhou uma denúncia em 2020, o que resultou no afastamento de um dos clérigos. A diocese peruana nega qualquer irregularidade por parte dele.

Morte do Papa Francisco

O Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, faleceu aos 88 anos, vítima de um acidente vascular cerebral seguido de ataque cardíaco na madrugada do dia 21 de abril de 2025. A morte foi confirmada oficialmente pelo Dr. Andrea Arcangeli, chefe do departamento médico do Vaticano. O pontífice argentino também enfrentava problemas como insuficiência respiratória, pneumonia, diabetes tipo 2 e hipertensão.

Um novo ciclo

Com a eleição do Papa Leão XIV, a Igreja se prepara para um novo ciclo, em meio a desafios internos e externos. Sua escolha representa uma continuidade na busca por uma Igreja mais inclusiva, com foco social e diálogo com as periferias, mas também aponta para a necessidade urgente de transparência e justiça frente aos escândalos que abalam a credibilidade institucional.

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