A IO Interactive, o aclamado estúdio dinamarquês por trás da moderna trilogia “Hitman”, enfrenta um desafio monumental com seu próximo projeto, “007: First Light”: como traduzir sua maestria em furtividade social e assassinatos criativos para o universo mais explosivo e voltado para a ação de James Bond? Em uma nova entrevista ao GamesRadar+, o diretor da franquia 007 no estúdio, Jonathan Lacaille, detalhou como a equipe está equilibrando seu DNA com as expectativas de uma aventura do espião mais famoso do mundo.

A herança de “Hitman” em um mundo de espionagem

Os jogos da série “Hitman” são famosos por suas fases abertas que funcionam como “caixas de areia”, onde o sucesso depende de observação, disfarces e planejamento, e o combate direto é frequentemente visto como um sinal de fracasso. Muitos fãs se perguntavam se “007: First Light” seguiria essa mesma linha. Lacaille confirmou que o estúdio não abandonará suas raízes.

“A IOI tem um legado, e isso se encaixa muito bem na propriedade intelectual [de Bond], então estamos nos inclinando para isso, é claro”, afirmou o diretor. “Mas isso não contaria toda a história de quem Bond é.” Ele reconhece que, embora James Bond, assim como o Agente 47, seja um espião, ele também é um homem de ação, que não hesita em se envolver em perseguições de carro e tiroteios cinematográficos.

Novas habilidades para o estúdio: carros e combate direto

Para entregar a “experiência completa de Bond”, a IO Interactive precisou aprender novos truques. “Tivemos que criar muitas coisas novas que a IOI teve que aprender e reiterar”, disse Lacaille, dando um exemplo claro: “Por exemplo, dirigir, nunca tínhamos feito isso antes, e estamos fazendo agora.” A introdução de veículos é um passo fundamental para capturar a essência das perseguições espetaculares que são uma marca registrada dos filmes de 007.

Outra grande mudança está na abordagem do combate. “Atirar geralmente era uma condição de falha em Hitman, e aqui é uma parte importante do jogo”, explicou Lacaille. No entanto, ele garante que o objetivo não é criar um simples jogo de tiro. “Não queremos que o jogo seja apenas atirar, atirar e atirar. Então, queremos dar ao jogador muitas ferramentas para se sentir tão inteligente quanto Bond no jogo.”

A promessa de um espião inteligente

A solução para esse equilíbrio, segundo o diretor, está na variedade de abordagens. Lacaille mencionou que os jogadores terão acesso a dispositivos e gadgets que permitirão estratégias “meio variadas e dispersas”, uma filosofia que remete à liberdade criativa de “Hitman”. A ideia é que o jogador possa escolher entre a ação direta, a furtividade ou o uso inteligente de tecnologia para superar os desafios, sentindo-se no controle da situação, assim como o próprio James Bond.

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