“Dying Light: The Beast” pode não ter um “3” no nome, mas, para a desenvolvedora Techland, a nova aventura independente é tão robusta e completa que poderia ser considerada uma sequência completa. Em uma entrevista reveladora, o diretor da franquia, Tymon Smektała, admitiu as falhas do segundo jogo e explicou como “The Beast” é um retorno direto às raízes de terror e sobrevivência que consagraram o título original.

Uma resposta direta às críticas sobre “Dying Light 2”

Desde que “Dying Light: The Beast” foi anunciado no Summer Game Fest com data de lançamento para 22 de agosto de 2025, a maior surpresa foi o retorno do protagonista do primeiro jogo, Kyle Crane. Agora, em uma conversa com o site PC Gamer, Smektała foi sincero sobre o motivo dessa decisão: uma resposta direta ao feedback da comunidade sobre “Dying Light 2”.

“Dying Light 1 foi um jogo para a nossa comunidade principal. Foi um survival horror hardcore”, disse ele. “Com Dying Light 2 […] os jogadores que deveriam ser nossos mais próximos disseram que meio que perdemos a vantagem, perdemos a ameaça, perdemos o horror, perdemos a tensão.” Essa admissão franca de que o segundo jogo, embora um sucesso comercial, se afastou do que os fãs mais amavam, é a base para a criação de “The Beast”, que, segundo o diretor, usou o jogo original como principal modelo.

Mais que um DLC: uma campanha de quase 40 horas

O novo jogo começou seu desenvolvimento como uma expansão para “Dying Light 2”, o que levou alguns fãs a acreditarem que seria uma experiência menor. Smektała fez questão de desfazer essa impressão, revelando a verdadeira escala do projeto. Ele contou que, em sua última jogatina de teste, levou cerca de 37 horas para terminar a campanha, um tempo de jogo comparável a muitos títulos AAA completos.

“Para nós, é realmente Dying Light 3”, declarou o diretor. Ele explicou que a única razão pela qual o jogo não recebeu o número “3” em seu título é porque ele “não traz aquele novo recurso revolucionário e espetacular que talvez se esperasse do próximo título numerado da série”, mesmo sendo “um jogo AAA muito decente” e “muito robusto”. “The Beast” apresentará um cenário, personagens e uma história totalmente novos.

A vingança de Kyle Crane

A trama de “Dying Light: The Beast” marca o retorno triunfal de Kyle Crane, o herói do jogo de 2015. Livre do cativeiro, Crane agora busca vingança contra o Barão, um cientista que realizou experimentos nele, concedendo-lhe novos e misteriosos poderes sobrenaturais. Essa premissa não só resgata um personagem querido, mas também o coloca em uma nova jornada, misturando a sobrevivência clássica com habilidades inéditas.

A sinceridade da Techland e seu compromisso em ouvir o feedback da comunidade posicionam “Dying Light: The Beast” como um dos lançamentos mais aguardados de 2025. Para os fãs que sentiram falta da tensão e do horror do primeiro jogo, a promessa de um “Dying Light 3” em tudo, exceto no nome, é a melhor notícia que poderiam receber. O jogo chega em 22 de agosto para PS5, PS4, Xbox Series X|S, Xbox One e PC.

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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