Norman Reedus, o astro de “The Walking Dead” e o rosto por trás do protagonista Sam Porter Bridges na franquia “Death Stranding”, ofereceu um vislumbre hilário e fascinante sobre como é trabalhar com o lendário e enigmático desenvolvedor de jogos, Hideo Kojima. Em uma nova entrevista ao BAFTA, Reedus descreveu o processo de captura de movimento como uma experiência surreal, guiada por instruções muitas vezes incompreensíveis, mas sempre geniais, do diretor.

“Não sei o que isso significa, mas confio em você”

Promovendo seu novo filme “Bailarina”, Reedus relembrou os bastidores da produção de “Death Stranding” e sua sequência, “On the Beach”. Ele explicou o quão estranho é o processo de captura de movimento, onde os atores usam um macacão de lycra coberto por bolinhas e precisam simular cenas intensas em um ambiente de estúdio. “Você deveria estar se agarrando com Léa Seydoux e batendo testas diante das câmeras. O mesmo com Mads [Mikkelsen]”, contou.

É nesse cenário que a genialidade excêntrica de Kojima entra em ação. Reedus relembrou uma das instruções que recebeu: “E então Hideo diz: ‘Ok, pegue a boneca e chore'”, disse o ator, imitando a voz do diretor. “E você fica tipo: ‘E daí?’. E ele responde: ‘E você chora por causa do fio do vira-lata.'”

A reação de Reedus na época foi de completa confusão, mas também de total confiança no diretor. “Não sei o que isso significa, sinto muito. Confio em você, mas não sei o que isso significa”, lembrou ele ter dito a Kojima.

Um gênio com ideias de tirar o fôlego

Apesar da natureza bizarra das instruções, Reedus foi enfático ao elogiar o diretor japonês. “Hideo é uma das pessoas mais brilhantes com quem já trabalhei”, afirmou. “É incrível trabalhar para ele… Ele é ótimo. Eu adoro o Hideo. Ele tem ideias realmente únicas sobre o que ele acha que o mundo dos jogos vai fazer a seguir. Elas são de tirar o fôlego.”

O sentimento de não entender completamente a mente de Kojima não é exclusivo de Reedus. O próprio Hideo Kojima já admitiu que “Death Stranding” é um jogo “estranho”, e sua narrativa complexa, que mistura ficção científica, horror corporal e temas sobre conexão e solidão, é a prova disso. O primeiro jogo, lançado em 2019, foi aclamado por sua originalidade e ambição, mesmo que sua jogabilidade focada em entregas tenha dividido opiniões.

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