A investigação sobre a trágica morte do ator Matthew Perry, o eterno Chandler da série “Friends”, teve uma reviravolta decisiva. O médico Salvador Plasencia, um dos cinco acusados no caso, declarou-se culpado de quatro acusações de distribuição de cetamina, a droga que levou o ator à morte em outubro de 2023. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 17 de junho, pelo site norte-americano TMZ.
A confissão e a pena de até 40 anos
Segundo a publicação, promotores federais esperam que o Dr. Plasencia apresente formalmente sua confissão nas próximas semanas. Caso a declaração de culpa seja aceita pela justiça, ele pode enfrentar uma pena de até 40 anos de prisão.
Plasencia foi acusado de ser uma peça-chave no esquema, fornecendo os frascos de cetamina diretamente para Kenneth Iwamasa, o assistente pessoal de Perry. Além de fornecer a droga, o médico também teria ensinado o assistente a administrar as doses no ator.
A morte que chocou o mundo e a investigação criminal
Matthew Perry, de 54 anos, foi encontrado morto na banheira de hidromassagem de sua casa, em Los Angeles, em outubro de 2023. O laudo da autópsia concluiu que a causa da morte foi “efeitos agudos da cetamina”. O ator estava em terapia de infusão de cetamina para tratar a depressão e a ansiedade, mas o relatório foi categórico ao afirmar que “a droga em seu organismo no momento da morte não poderia ser proveniente da terapia de infusão”, indicando que ele havia recebido doses extras por outros meios.
A morte do astro desencadeou uma ampla investigação criminal que resultou na acusação formal de cinco pessoas: dois médicos (incluindo Plasencia), o assistente Kenneth Iwamasa, a ex-esposa de Iwamasa e uma suposta traficante conhecida como a “Rainha da Cetamina”.
Documentário revela detalhes chocantes
Novos e chocantes detalhes sobre os últimos dias do ator vieram à tona no recente documentário “Matthew Perry: A Hollywood Tragedy” (“Matthew Perry: Uma Tragédia de Hollywood”, em tradução livre). Na produção, o procurador dos Estados Unidos que liderou a investigação, Martin Estrada, revela que Perry teria recebido 27 doses de cetamina nos três dias que antecederam sua morte.
Estrada descreve os responsáveis como mais do que apenas profissionais de saúde negligentes. Segundo ele, eram “oportunistas que sabiam o que estavam fazendo”, explorando a vulnerabilidade de um homem que lutou publicamente por décadas contra o vício em álcool e opióides.