A busca pela brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que estava desaparecida desde a última sexta-feira (20) na Indonésia, teve um desfecho trágico. Na manhã desta terça-feira (24), a família da jovem confirmou que ela foi encontrada sem vida pela equipe de resgate no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, local onde sofreu uma queda durante uma trilha. A notícia encerra quatro dias de angústia e de uma intensa mobilização nas redes sociais que comoveu o Brasil.

“Hoje a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu”, comunicou a família em um perfil criado para centralizar as informações sobre o caso. A jovem estava desamparada e ferida há mais de 70 horas em uma área de difícil acesso.

A mobilização que comoveu o Brasil

O caso de Juliana ganhou repercussão nacional durante o fim de semana. Após cair de uma altura de aproximadamente 300 metros, a brasileira ficou presa em um penhasco, e sua situação se agravava com o passar do tempo, com relatos de que ela estaria escorregando em direção a um precipício. A família iniciou uma campanha desesperada por ajuda, pressionando autoridades locais e brasileiras por um resgate mais ágil e especializado.

A comoção foi amplificada por diversas celebridades, que usaram sua influência para dar visibilidade ao caso. A apresentadora Eliana postou um apelo, destacando que Juliana aguardava socorro há mais de 50 horas. A atriz Tatá Werneck pediu aos seguidores que fizessem “barulho” para acelerar a operação. A cobrança sobre as autoridades também foi forte. “O governo brasileiro precisa agir com urgência. O Itamaraty precisa cumprir seu dever”, reforçou o ator Babu Santana. “O tempo está passando e o perigo é real”, completou o também ator Douglas Silva.

Um resgate difícil e as condições adversas

As operações de busca foram extremamente complicadas desde o início. Na segunda-feira (23), o perfil oficial do Parque Nacional do Monte Rinjani havia informado que os socorristas tinham conseguido avistar a brasileira, mas a uma profundidade de 500 metros penhasco abaixo. O mau tempo, com forte neblina, dificultou o avanço das equipes e atrasou o resgate.

A família chegou a relatar a frustração com a lentidão dos trabalhos, que eram interrompidos ao entardecer. A confirmação da morte de Juliana nesta terça-feira encerra a angustiante espera, mas dá início ao luto de uma família que mobilizou um país na esperança de um final feliz que, infelizmente, não aconteceu. O Itamaraty deve agora auxiliar nos trâmites para o translado do corpo ao Brasil.

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