O diretor narrativo do próximo jogo da saga The Witcher, Philipp Weber, deu uma declaração que deve tranquilizar e, ao mesmo tempo, animar os fãs ansiosos pela sequência. Em uma nova entrevista ao portal GamesRadar+, ele garantiu que a equipe da CD Projekt Red está ciente do legado de The Witcher 3: Wild Hunt e que a prioridade máxima no desenvolvimento do novo game é não “quebrar” a fórmula que consagrou o título anterior como uma obra-prima.
Weber explicou que, embora o estúdio queira fazer “coisas novas, legais, ambiciosas e inovadoras”, eles têm uma consciência muito clara do que os jogadores esperam de um jogo da franquia. “Sabemos as coisas em que The Witcher 3 era bom. […] Não podemos quebrar isso. O que queremos de um jogo The Witcher, o que as pessoas querem de um jogo The Witcher, não podemos quebrar. Temos que fazer isso”, afirmou de forma enfática.
As lições de ‘The Witcher 3’ e a filosofia de design
Segundo o diretor, as “boas lições” aprendidas com o desenvolvimento de The Witcher 3 estão sendo aplicadas diretamente na nova produção. Ele revelou que as regras de design de missões e as diretrizes narrativas criadas para o jogo de 2015 continuam sendo a base para o treinamento de novos membros da equipe que trabalham em The Witcher 4.
“Muitas das lições narrativas de The Witcher 3, nós as usamos exatamente da mesma maneira. […] Às vezes, temos novidades para novos recursos, mas o essencial é a mesma filosofia que queríamos”, explicou, indicando que a qualidade e a profundidade das missões continuarão sendo um pilar da experiência.
A regra de “proibir missões de busca”
Um dos pontos mais elogiados em The Witcher 3 foi a qualidade de suas missões secundárias, que raramente caíam na armadilha das “fetch quests” — tarefas repetitivas de buscar um item e levar a outro lugar. Weber reiterou que essa filosofia de “proibir missões de busca” que não agregam à narrativa ou ao mundo do jogo continuará sendo uma regra de ouro no novo título.
Essa abordagem garante aos jogadores que cada atividade no mapa terá um propósito, uma história ou uma consequência interessante, um dos diferenciais que transformou o jogo anterior em um marco para o gênero de RPG.
Olhando para o futuro da saga
O novo jogo marcará o início de uma nova saga no universo de The Witcher, o que naturalmente gera expectativas e apreensão sobre as mudanças. As declarações de Philipp Weber, no entanto, servem como uma mensagem clara para a comunidade: a CD Projekt Red entende perfeitamente o que tornou sua franquia amada em todo o mundo.
A promessa do estúdio é de equilibrar a inovação com o respeito ao legado, construindo uma nova aventura que se sinta, ao mesmo tempo, fresca e familiar. Para os milhões de fãs que aguardam o retorno ao Continente, a notícia de que a “alma” de The Witcher será preservada é, sem dúvida, o melhor tipo de spoiler que poderiam receber.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
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